Unexpected Love - Wantasha.

12- Por Diversão

Natasha POV.

Desde que retornei a América, eu havia entrado em um acordo comigo mesma. Meu foco não seria o amor ou qualquer coisa relacionada ao sentimento que me destruiu por duas vezes. Eu focaria na minha carreira, assim como meu pai orientava.

Então qual o problema em ter algo casual com Wanda?

Nenhum. Desde que ninguém soubesse, não teria problema nenhum. Era diversão e apenas isso.

-Isso é arriscado, Natasha! - Yelena dizia do outro lado da ligação, enquanto eu dirigia rumo a empresa.

-Que seja! - murmurei, com a atenção no trânsito enquanto o aparelho estava no suporte do painel. - Eu só quero transar com ela, Lena. Você sabe que romance não é o meu foco. Estou satisfeita em apenas levá-la para a cama dela.

-Você é a pior, Natasha. - Yelena riu. - Mas isso continua sendo arriscado por tantos motivos...

-Não é arriscado! Eu sei me controlar. E outra... transamos a uma semana e ela sequer me liga.

-Que pena, irmãzinha. - minha irmã soava debochada. - Parece que nem todas caem aos seus pés depois de uma foda.

-Eu já te disse que você é uma babaca? - revirei os olhos. - Quero te trazer para a América o quanto antes.

-Por que a pressa?

-Quero te apresentar a alguém. - sorri de leve, mesmo que minha irmã não pudesse ver.

-NÃO! - ela praticamente gritou do outro lado da linha. - Não viaja. Você só me coloca em furada.

Verdade. Todas as vezes que arrumei alguns casos para Yelena, as coisas não terminaram tão bem. Minha irmã era uma mulher complicada e não tinha um "tipo" específico, era basicamente impossível arranjar alguém que a agradasse.

Mas eu tinha alguém em mente que, pelo pouco que conversei, teria uma boa relação com Yelena Belova.

-Relaxa. Estou confiante quanto a essa.

-Não quero, Natasha! Pelo amor...

-Você não tem escolha. - disse, colocando um ponto final naquela discussão. - Cheguei na empresa. Até mais.

-EU NÃO QUERO, NA...

Antes que minha irmã pudesse responder, eu encerrei a chamada com um sorriso de lado nos lábios.

Yelena sempre foi minha melhor amiga. Não éramos boas em demonstrar o carinho uma pela outra, mas ainda assim, eu daria minha vida pela pirralha. Doía como o inferno a ter a milhares de quilômetros de distância, eu a queria por perto. Eu queria o meu porto seguro de volta. Mas as coisas aconteciam no tempo de Ivan e ele dizia que eu precisava me adaptar primeiro, para depois dar o devido suporte a minha irmã.

A verdade é que Ivan não era o maior fã de Yelena.

A personalidade forte e cínica de Yelena, o incomodava. Minha irmã disfarçava suas falas verdadeiras em "piadas" e depois dizia que era brincadeira.

"Ivan esse terno está ridículo... estou brincando."

"Você está escravizando minha irmã... brincadeira."

"Você não gosta do meu pai só porque perdeu a mamãe para ele, não é? Antes que responda... Isso é só uma pegadinha."

Então para ele, não era sacrifício nenhum manter minha irmãzinha ardilosa em outro Continente.