Unexpected Love - Wantasha.

16+1- Nós Fomos Pegas

Wanda POV.

Enquanto eu realizava alguns ajustes em uma das peças de roupas que eu estava produzindo, sentia o olhar de Natasha em mim. Um olhar ansioso, de quem só estava esperando eu terminar para que pudéssemos começar o verdadeiro trabalho.

Já se passava da meia noite e Natasha estava em casa, mais especificamente, no meu quarto. Enquanto eu estava ocupada na mesa de trabalho que havia ali, ela estava sob os lençóis macios e com as costas meio apoiadas na cabeceira, em uma posição desengonçada.

Dois meses se passaram desde que Kate descobriu sobre nosso caso e com isso, três meses eram contabilizados de que Natasha e eu estávamos saindo casualmente. Três meses e algumas semanas tendo Natasha em minha cama por várias madrugadas.

-O que acha de pedirmos uma pizza depois? - Natasha perguntou e eu apenas murmurei em confirmação.

Era algo comum entre nós isso de pedirmos em algum fast food depois de saciarmos o nosso desejo carnal. Conversas casuais também era algo costumeiro. As coisas fluíram entre nós, pouco a pouco. Hoje, eu considerava Natasha Romanoff um amiga. Uma amiga com benefícios.

-Você vai demorar? - ela murmurou da cama depois de alguns minutos em silêncio.

-Romanoff, se acalme! - eu a repreendi, necessitando de um certo silêncio para me concentrar no trabalho. - Você se adiantou porque quis.

-Acho que vou te dar um aumento. - ela murmurou baixinho. - Trabalhando até fora do horário de expediente.

Foi impossível não rir da sua implicância. Natasha, em muitas vezes, parecia mais uma criança birrenta.

-Eu concordo com isso. - me levantei apenas para ir até minha penteadeira, onde meu tablet do trabalho estava. - Por que veio mais cedo? - a questionei, parada em pé e com minha atenção na tela em minhas mãos.

-Ivan saiu essa noite. - ela bufou.

Durante muitas madrugadas, Natasha não conseguia ir até meu apartamento. Mas não por falta de vontade dela, e sim porque Ivan a sobrecarregava e ela precisava trabalhar durante a noite.

O que Ivan fazia com ela era um tanto quanto abusivo. Todos que a conheciam sabiam disso, até ela mesma, mas, por algum motivo, ela ignorava e fazia exatamente a vontade do pai.

-Uh, seu pai curtindo a noite? - brinquei, assistindo Natasha revirar os olhos.

-Com aquele mal humor dele? - ela riu em ironia pura. - Não transa a meses.

-Você tá rabugenta igual. - eu ri porque Natasha estava extremamente chata e impaciente durante aquela noite.

-Nós estamos a uma semana sem transar, Wanda. - ela disse como se fosse óbvio o motivo da sua irritação.

-E a culpa é toda sua.

-Eu sei. - ela murmurou baixinho. - Ei. - ela me chamou para que minha atenção saísse da tela e fosse para seu rosto. - Vem cá.

Eu revirei os olhos para a sua insistência, mas a verdade é que eu estava tão desesperada quanto ela. Depois de me acostumar a transar com Natasha durante quase todas as madrugadas da semana, ficar uma semana inteira sem a sentir, era difícil.

Então apenas me rendi a sua mão esticada em minha direção e a segurei, cedendo quando Natasha me puxou.

-Nat... - suspirei sentindo beijos de Natasha por meu pescoço. Ela queria me fazer ceder e sabia que ali seria meu ponto fraco. - Eu já estou terminando.

Resisti ao desejo avassalador que meu corpo sentia de apenas sentar no colo de Natasha e sentir como seus lábios carnudos deixava beijos e mordidas por meu corpo. Ceder a vontade de ter meu corpo sob o seu e ceder aos seus beijos, significava atrasar meu trabalho.