𝚄𝚖𝚊 𝚂𝚞𝚋 𝙿𝚎𝚛𝚒𝚐𝚘𝚜𝚊 - 𝐌𝐞𝐝𝐝𝐢𝐬𝐨𝐧

Part 24

A semana passou tão rápido. Tudo se movia tão rapidamente, mas sugava a energia da meretíssima. Não estar perto de Meredith a maior parte do tempo a fez perceber, em sua quietude, o quanto ela gostava e sentia falta de sua companhia. Ela percebeu que o apego era profundo e o sentimento deixou a mulher com muitas perguntas sem respostas em sua mente.

Durante os primeiros dias, Addison estava preocupada que a jovem causasse um tumulto no escritório, mas com seus telefonemas discretos para Kate, ela soube que a garota estava cumprindo as regras que ela estabeleceu, ela até fez suas tarefas sem reclamar. Meredith até cumpriu o toque de recolher que a mulher estabeleceu. Não era para limitar suas atividades, mas para garantir que ela não saísse tarde da noite arriscando sua vida quando a mulher não estava ao seu lado. No final, Addison percebeu o quão bem a garota estava se formando. Os resultados foram sutis, mas ela viu o quanto Meredith era capaz.

O próximo passo foi fazê-la se abrir sobre as coisas que aconteceram em sua vida.

No último dia marcado para o julgamento, Madelyn e Henry, os filhos de Addison decidiram que queriam passar pela casa  de seus pais para jantar com os mesmos e você pode imaginar a surpresa da mulher quando os meninos apareceram. Henry, o mais velho trouxe sua filha Chloe junto com ele e Addison ficou mais do que feliz, ver seu netinho sempre a fazia se sentir melhor mesmo que ela não estivesse de mau humor. A noite inteira, a mulher brincou com a criança, beijando seu rostinho e sendo a babá fofa e brincalhona da garotinha. Passar tempo com a família, principalmente com os filhos e a neta, era a coisa favorita da juíza, mas naquela noite foi diferente. Ela não estava infeliz, mas sentou-se entre eles sentindo como se uma parte dela estivesse faltando. Continuamente, ela se perguntava sobre Meredith. Cada momento que sua mente estava vazia era usada como uma oportunidade para pensar nela. Addison queria saber o que ela estava fazendo, como ela se sentia, se ela estava bem e tão óbvia quanto ela estava certa de que estava, ninguém parecia notar na mesa de jantar, nem mesmo Derek. Ele estava profundamente engajado na conversa em curso com seus filhos, ela sentiu pena dele.

Derek era sem dúvida um bom homem, mas era um péssimo marido. Todas as coisas que ele fez ao longo dos anos, as mentiras, as trapaças, o encobrimento, os escândalos, tudo isso deixou a mulher ressentida com ele.

Não era porque ela se achava perfeita que ela tinha o direito, Addison não era a fodida, felizmente, e ela se ressentia dele pelas mentiras casuais.

Uma vez que o jantar terminou e os meninos foram para suas casas novamente, a mulher sentiu falta da presença de Meredith o suficiente para querer vê-la. Lavando a louça após a refeição e certificando-se de que a cozinha estava limpa, Addison decidiu sair.

-Você está saindo? - Derek perguntou quando a viu colocando sua jaqueta e ela parou para olhar para ele. - Sim, estou indo tomar uns drinks com alguns amigos - ela disse calmamente e ele assentiu.

-Você quer que eu espere por você?

-Não, está tudo bem. Além disso, se eu estiver muito cansada para voltar, posso passar a noite com a Callie - Ela respondeu sem remorso ou culpa. Houve um lampejo de tristeza por trás dos olhos do homem e ela o ignorou; a mesa tinha virado ela pensou apressando-se para sair.

-Não fique acordado até tarde, querido - ela mencionou sem olhar para trás. Ela já estava lá fora.

A viagem até o apartamento foi um pouco monótona, nada de incomum aconteceu ao longo do caminho até que Addison percebeu que ela estava sendo seguida. Essa epifania ocorreu cerca de quinze minutos na unidade. A estrada estava bastante movimentada, mas aquele carro em particular fazia todas as curvas e paradas que ela fazia e isso a assustava. Seus nervos começaram a tomar conta dela, ela entrou em pânico eventualmente ligando para o Mark. Ela lhe contou o que estava acontecendo e ele garantiu que a encontraria, tudo o que ela precisava fazer era continuar dirigindo e ficar no telefone.