Capítulo XXVII - Finais Mentem

264 36 28
                                    

Jeremiah era um Ghoul, para minha surpresa

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Jeremiah era um Ghoul, para minha surpresa. De algum modo eu só esperava vampiro. Lena tirou minha mãe do banco de trás, a fita ainda tampando a sua boca, e a entregou de volta pra mim assim que ela fez as apresentações. Jeremiah nem piscou o olho. Ele deve ter se acostumado à pessoas aparecendo em sua casa amarradas e amordaçadas.

Eu coloquei minha mãe em seus próprios pés e apertei a mão de Jeremiah da melhor forma possível enquanto mantinha ela longe de fugir.

- Eu odeio me impor desse jeito, Jeremiah, mas aonde é o banheiro?

- Não é uma imposição, é à esquerda. - Ele disse com um sorriso.

Eu a levei junto comigo.

- Eu volto em um minuto, Lena. Eu quero dar uma limpeza e uma palavrinha com ela.

- Leve o tempo que precisar, amor.

Eu tranquei a porta atrás de nós e imediatamente comecei a encher a banheira. Ao longo do caminho, eu tinha traçado um plano, mas agora eu tinha minha mãe pra jogar comigo. Ela fez grunhidos furiosos através da mordaça e eu suspirei. Mesmo com a água correndo, Lena poderia ouvir a gente.

Eu dei ao espelho do banheiro um olhar cauteloso e então girei a torneira ao máximo pro lado quente. Logo o cômodo ficou cercado por vapor. Bingo.

Eu usei meu dedo para escrever no espelho embaçado: "Iremos embora amanhã, não fale, ela irá ouvir você".

Seus olhos se esbugalharam.

- Ela matou o homem que assassinou o vovô Joe e a vovó, mãe. - Eu disse num tom de voz claro. - Ela não vai me machucar nem machucar você.

Ela escreveu três palavras perto das minhas: "Indo sem ela?"

Eu balancei minha cabeça afirmativamente, mesmo querendo vomitar.

- Eu sei que você odeia vampiros e que isso vai ser difícil, mas você vai ter que me dar ouvidos por um tempo.

"Ela não sabe, ela pode tentar nos impedir"

- Só dê pra mim um pouco de tempo. Você vai ter que confiar em mim. Nossas vidas dependem disso.

Jogar sozinha não importa o que acontecer

- Nós vamos ficar aqui essa noite e então amanhã nós vamos deixar o país. É o único jeito.

Eu continuei repetindo isso pra mim mesma. Esse é o único jeito. Isso simplesmente machucou mais do que eu podia aguentar.

- E então? Você vai ser razoável? Posso tirar a mordaça?

Ela me deu uma encarada severa e escreveu novamente no espelho:

"Indo sem ela, me prometa"

Meio Caminho da Sepultura - 1ª Temporada SUPERCORPOnde histórias criam vida. Descubra agora