Capítulo VII - Passado

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Lena era muito mais rápida em lidar com um corpo do que eu era

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Lena era muito mais rápida em lidar com um corpo do que eu era. Ela tinha Sergio embrulhado em um plástico e escondido dentro do porta-malas em alguns minutos, assobiando para si mesma o tempo todo.

Enquanto isso, eu sentei com as minhas costas contra o carro aplicando pressão no meu pulso. Ela agachou-se perto de mim depois de fechar a mala com um estrondo.

- Deixe-me ver. - Ela disse, estendendo a mão para mim.

- Está tudo bem... - Tensão e dor fez minha voz ficar aguda.

Lena ignorou isso e tirou os meus dedos de cima da ferida, desfazendo o meu curativo improvisado.

- Mordida feia, arrancou a carne em torno da veia. Você vai precisar de sangue para isso.

Ela puxou um canivete do bolso e começou a pressionar a ponta contra a palma da sua mão.

- Não. Eu disse que está tudo bem...

Ela só me deu um olhar irritado e traçou a lâmina ao longo da palma. O sangue jorrou de uma só vez e ela pressionou contra o meu resistente antebraço.

- Não seja irracional. Quanto ele tomou?

Meu pulso realmente vibrou assim que o seu sangue misturou com o meu. A magia da cura, em tempo real.

De alguma forma isso parecia quase tão íntimo como quando eu tinha que lamber o sangue dos seus dedos.

- Cerca de quatro bons goles, eu acho. Esfaqueei-o no pescoço o mais rápido que pude para conseguir distraí-lo. Onde você estava, afinal? Eu não vi nenhum carro atrás de nós - .

- Essa era a ideia. Eu dirigi a minha moto, mas me mantive longe o suficiente para que Sergio não soubesse que estava sendo seguido. A moto está a mais ou menos um quilômetro daqui à estrada. - Lena acenou em direção às árvores mais próximas. - Eu corri essa última parte através do bosque assim haveria menos barulho.

Nossas cabeças estavam a apenas alguns centímetros distante e os seus joelhos estavam pressionados contra os meus.

Me sentindo desconfortável, eu tentei me afastar, mas a porta do carro me deixou sem nenhum lugar para ir.

- Acho que o carro está arruinado. A porta traseira está em pedaços...

De fato, estava. Sergio a havia massacrado inacreditavelmente. Uma bola de demolição teria feito danos semelhantes.

- Por que ele foi para o seu pulso, se vocês dois estavam no banco de trás? Não conseguiu chegar no seu pescoço?

- Não. - Interiormente, eu xinguei com a memória. - Ele começou a ficar animado no banco da frente e tentou passar a mão em mim, graças a você e a ideia de sem calcinhas. Eu não ia deixar isso acontecer, então eu pulei para o banco de trás e coloquei meus braços ao redor dele por trás para que ele não suspeitasse de nada. Fui estúpida, eu sei agora, mas eu nem mesmo pensei nos meus pulsos. Todos os outros vampiros tinham ido sempre para o meu pescoço.

Meio Caminho da Sepultura - 1ª Temporada SUPERCORPOnde histórias criam vida. Descubra agora