Capítulo 15

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*Japão – 25 de julho de 2005*

Então era isso? Voltar e salvar todos? Eu me encontrava no terraço de um prédio no centro de Tokyo e me arriscava ficar em pé em seu parapeito, fazia menção de cair ao olhar para baixo, mas não caia. O vento batia em meus cabelos e me sentia a rainha do mundo, alí em cima, nada além de mim e de minha mente, porém uma mente perturbada e frágil, uma mente que já a muito tempo não se encontrava sã.

- Eu realmente os matei? E por que eu fiz isso? Por que eu faria isso? – Falava em um tom em que apenas eu escutaria.

Estava retomando minha consciência e com isso me vinha desespero. Lembrava de flash backs de coisas que eu tinha feito, coisas nada boas. Perdi o equilíbrio das pernas e acabei caindo no chão frio e áspero do terraço, as lagrimas eram recorrentes e eu tinha vontade de gritar, uma vontade enorme.

Ao me levantar pude ver a cor de meus cabelos, castanhos? Mas eles não estavam dessa cor da ultima vez em que me vi no espelho. Tinha sido mais um flash de memória?

Eu ainda não entendia, por que eu matei o Mikey? Por que vinha em minha mente as cenas de morte dos meninos? Eu não poderia ter feito isso... Eu matei o Baji? Logo pude ver outra imagem, era o Mit e o Kazu e lá no fundo eu poderia ver outras pessoas... Quando finalmente vi os rostos eram Draken e Emma. Cadê o Pah? Eu também o matei?

Sim, eu matei todos. Eu salvei todos e o sangue podia ser visto em minhas mãos.

Minhas lagrimas desciam como cascatas, essa era eu? Oque eu fiz? Eu não poderia ter feito isso, mas eu tinha feito. Meu coração estava partido, quebrado, estraçalhado e minha mente me matava, tinham vozes, vozes falando para me matar. “- É só pular... Pule!”

Me levantei com a pouca força que me restava, subi novamente naquele parapeito, me virei para cair de costas e enquanto senti a gravidade puxar meu corpo para baixo vi um garoto de cabelos escuros correr para tentar me salvar, mas naquele momento já era tarde.

Enquanto caia vi minha vida toda passar e quando eu finalmente iria chegar ao chão acordei bruscamente, eu estava em minha cama, molhada de lagrimas e suor, respiração descompensada e logo vi Fox entrar correndo pelo quarto até chegar ao meu lado.

Fox: Meu Deus! Você está encharcada! – Falava enquanto colocava a mão em minha testa para conferir se eu estava com febre. – Mais um de seus pesadelos?

- Sim, mas esse estava extremamente realista. Foi horrível!

Fox: Vem! Levanta que eu vou encher a banheira pra você tomar um banho. – Falou já entrando no banheiro me deixando no quarto ainda em estado de choque.

*Quebra de tempo*

Já fazia um tempo que tinha acordado, passava das nove da manhã e tinha marcado de almoçar com Fox e Hattori. Iriamos falar sobre como contaria para Izana e Shini que eu estava viva, os outros teriam seu momento para saber, mas não agora.

Yui também seria uma importante chave para meus planos e nesse almoço iriamos nos encontrar, ele ainda não sabia que estava viva. Hattori teria convidado ele para almoçar com uma pessoa importante e Yui logo concordou e agora eu estava os esperando.

Não demorou muito para que a porta fosse aberta por Tori, ele tinha a chave do apartamento onde eu e Fox estávamos ficando, então poderia entrar por conta própria. Antes de chegar na sala pude escutar a voz de Yui indagar.

Yui: Com quem vamos almoçar mesmo?

Tori: Com os mortos. – Brincou o mais velho.

Yui: É sério. Com quem vamos almoçar?

Antes de Hattori responder entrei na sala e Yui não teve reação apenas caiu sobre o carpete cinza. De joelhos no chão e tossindo me olhou perplexo.

Yui: Mas que porra é essa? Como caralhos isso é possível? Hattori, você também está vendo?

Tori: Claro que tô seu idiota!

- Você está bem? – Perguntei preocupada me aproximando dele.

Yui: Eu estou ótimo, a questão é se VOCÊ está bem. Tipo, você tinha morrido!

Eu e Hattori começamos a rir muito e Yui ainda se encontrava no chão com cara de bobo nos olhando.

*Quebra de tempo*

Já tínhamos almoçado e contei toda a história para Yui, ele não entendeu tudo, mas estava acompanhando.

Yui: Foi tudo uma farsa? – assenti – Você não é mais a comandante da Boikitã, perdeu contato com o pessoal do Brasil, tá atrás do Trajano e acha que ele está em Tokyo.

Fox: E também teve o ocorrido do natal... – Olhei brava para Fox para que ele parasse, era muita coisa de uma só vez.

Yui: Quando vai contar para os outros?

- Não vou contar, eles vão descobrir quando eu aparecer. Menos Izana e Shini, quero encontrar eles de forma decente. – Olhei para os três e me levantei da mesa. – Tenho que ir, vou me encontrar com um velho amigo.

*Quebra de tempo*

XXX: Finalmente está de volta! Achei que já tinha morrido de verdade.

- Bom te ver Kisaki... Como estão as coisas? – Perguntei me aproximando do garoto de óculos.

Kisaki: Como planejávamos, tudo de acordo com o plano. Hanma está chagando, logo iremos discutir nossos próximos passos.

Depois de esperar um pouco Hanma chegou e o galpão onde estávamos ganhou o cheiro de cigarros que o mais alto sempre carregava consigo.

Hanma: S/n! Estava com saudades! – Falou com um sorriso enquanto se aproximava. – Adorei oque fez no cabelo... E olha essa tatuagem!

- Não é a única, depois te mostro as outras. Vamos primeiro resolver o que temos que resolver.

Depois de longas conversas finalmente tínhamos acabado e Kisaki foi embora, agora sobrando apenas eu e Hanma no galpão.

Hanma: Continua linda como sempre! – Sua voz tinha mudado o tom e eu tinha entendido. - Você me deixou curioso sobre as outras tatuagens...

Ele se aproximava e rapidamente chegou onde queria, na minha frente me prensando entre os caixotes onde eu estava sentada. Suas mãos percorreram minhas coxas nuas por estar usando um short.

Levantou seu olhar para os meus olhos e levou sua mão esquerda para minha bochecha enquanto a direita ainda estava presente entre minhas pernas.

- Você não muda... Continua o mesmo de sempre.

Hanma: Eu realmente senti sua falta e odiava pensar que poderia nunca voltar. – Me olhava nos olhos e sua seriedade era notada, algo bem raro.

- Como ele andou durante meu tempo fora?

Hanma: Insuportável. Se deixarmos ele vai matar todos por poder, é melhor nosso plano dar certo... – Seus olhos procuravam um canto do local para se fixarem. – Sabe que na cabeça dele somos apenas degraus da escada dele, né?

- Sei muito bem disso, mas teremos que fazer tudo exatamente como falei.

Hanma: Ele não se importa se os outros morrerem para o seu triunfo.

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Oioi<3

Estava com saudades de escrever algo de qualidade.
Tenho um leve crush no Hanma e ele vai ser muito importante aqui.
Bjs...

1157 palavras.

𝐓𝐨𝐤𝐲𝐨 𝐚𝐨 𝐀𝐭𝐚𝐪𝐮𝐞 - 𝑷𝒆𝒓𝒎𝒂𝒏𝒆𝒄̧𝒂 𝒇𝒐𝒓𝒕𝒆Onde histórias criam vida. Descubra agora