Capítulo 1

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*Brasil – 21 de novembro de 1990*

Hoje faz um mês em que Helena se foi, uma grande mulher, com certeza incrível. Mãe, esposa, filha, tia, chefe, poderosa, ah sim... Bem poderosa. Poucas pessoas sabiam como ela poderia ser ou era. E umas dessas pessoas era Hayato, um homem completamente apaixonado, até onde sabiam. Os dois tiveram uma filha na qual hoje também completa um mês, S/n, uma garotinha adorável, por ora. Helena não morreu no parto como poderíamos imaginar, um homicídio foi cometido, um antigo amigo da família foi o culpado e Hayato se encontra chorando em seu escritório, culpa, remorso, dor, angústia e raiva o tomam, como ele deixou que algo assim acontecesse? Porque ele se permitiu logo agora estragar as coisas? E sua filha? Ele com certeza iria cuidar e amar aquela criança como um pai e protetor.

*Japão – 14 de março de 2001*

Kenjiro: Então Hayato, como vai a pequena? Espero que esteja cuidando bem da minha afilhada. – Solta um riso anasalado ao se lembrar da garotinha que adorava se meter em encrenca.

Hayato: Aquela pestinha puxou tanto da mãe, mas ainda consigo me ver nela, deixei ela no Brasil dessa vez, com a escola fica difícil trazer ela nas viagens. Agora ela inventou de montar uma gangue, acredita? Aos dez anos já com essas ideias. – Kenjiro achava graça nas falas do amigo, até porque os dois fundaram a primeira gangue aos doze anos.

Kenjiro: Do jeito que ela é vai se tornar a melhor lutadora em pouco tempo, cuidado cara... Daqui a pouco ela vai estar roubando o seu lugar – Os dois começaram rir ao imaginar uma menininha como ela sendo uma gângster mafiosa.

*Brasil – 12 de fevereiro de 2003*

- Anda logo Fox! Tenho que entrar no avião em uma hora, se você me enrolar mais um pouco vou chegar no Japão daqui uma semana – falava com seu melhor amigo depois que seus amigos da gangue falaram que tinham uma surpresa para você.

Fox: Calma gata! Já estamos chegando e aposto que você vai gostar do que fizemos. – Ele á levava para uma parte do QG da Boikitã, a gangue mais temida do Brasil, mas para vocês isso pouco importava até porque eram os fundadores da tal.

Estava com os olhos vendados e sendo guiada por Fox, quando chegaram ao lugar ele tirou sua venda e pode ver que estava tudo enfeitado e podia ser visto uma faixa escrito "Partiu Tokyo" Você não sabia o que fazer, aquele momento era algo triste e seus amigos estavam tentando alegra-la, sabiam o quanto poderia ser difícil para a jovem que agora estava com doze anos. Havia perdido o pai a menos de um mês após um "acidente" de carro no qual também levou alguns dos homens mais confiáveis da família. Estava indo para Tokyo conviver com parte da família de seu pai, teria que dizer tchau para seus primos do Brasil, seus amigos e sua gangue. Continuaria sendo a líder, mas a deixaria nas mãos de seu vice, o garoto de cabelos vermelhos que adotou o apelido de Fox.

Bruna: Espero que não se esqueça de nós, não quero imaginar a Boikitã sem você. – Dizia com ar de piada a morena de cabelos encaracolados. Sabia que a amiga nunca faria tal coisa.

Anna: Deixa disso Bru! Ela não faria isso, mais fácil ela fugir de Tokyo e voltar para o Brasil correndo. – Anna ria de imaginar a cena e os outros acompanharam nas risadas.

No canto podiam ver Snake, administrador da Boikitã, era bem calado e não demonstrava muito bem o quão preocupado estava com tudo, sempre tentando proteger seus amigos. Ele queria saber como tranquilizar a amiga, pois sabia o quanto estava apreensiva com a viagem. Além dele estavam ali os seu tio e seu primo, Matthew e Lucca. Logo sentiu falta de um de seus amigos.

-  Gente, cadê o Wolf? Não vi ele até agora, ele está bravo comigo por estar indo embora? – Sabia que o amigo não aceitou muito bem a despedida da líder. Mas logo ele entrou pela porta com um lindo bolo.

Wolf: Você achou que eu te deixaria ir para o outro lado do mundo sem comer o seu bolo favorito!? – Ele sabia muito bem o seu gosto para comida e adorava te ver feliz quando acertava o que queria.

- Desse jeito não vou conseguir ir, vocês estão tentando me fazer ficar? – Você dizia rindo vendo seus amigos dando o melhor de si para te deixar bem com tudo isso.

Lucca: Não exatamente, mas se estiver funcionando não vamos reclamar.

Matthew: Nada disso! Você vai sim. Seus primos estão te esperando lá. E não quero saber de se fazer de ingrata e ficar falando que quer voltar.

Seu tio sabia muito bem como você ficava quando algo não era do seu jeito, ele alertou seus outros parentes como poderia ser e mesmo assim eles estavam ansiosos para te ver. Já fazia muito tempo desde a ultima vez que se viram e ainda escondendo seus planos você estava querendo saber um pouco mais da vida do seu pai no Japão.

Fox: Sei que a comida está boa, principalmente estes pães que a tia Vilma fez, mas a S/n tem que ir em meia hora. Vamos nos despedir e ir para a pista logo.

Você já tinha se despedido de todos os outros membros da gangue e principalmente de seus empregados, tinha deixado em sua bolsa alguns pãezinhos que sua cozinheira tinha feito, sentirá falta dela, ela ajudou te criar e está trabalhando em sua casa desde que se entende por gente. Não será diferente com os outros empregados, ainda mais porque não sabe se terá que se virar sozinha em Tokyo.

Agora era só entrar dentro do avião e fazer uma nova vida. Será? Foi isso que você fez, sem mãe, sem pai, longe de seus amigos, em um lugar que não conhece, com pessoas estranhas e uma nova história de vida. Porque não apagar tudo e ter uma nova personalidade, novos amigos, uma vida dupla nem é tão ruim assim, né?

Oi amores! Esse foi o cap. de hoje beijinhos <3

-1006 palavras

𝐓𝐨𝐤𝐲𝐨 𝐚𝐨 𝐀𝐭𝐚𝐪𝐮𝐞 - 𝑷𝒆𝒓𝒎𝒂𝒏𝒆𝒄̧𝒂 𝒇𝒐𝒓𝒕𝒆Onde histórias criam vida. Descubra agora