*Japão – 19 de agosto de 2005*
Não haveria reunião alguma, eu só precisava dar um jeito nessa bagunça e os membros da Valhalla não poderiam ver. Quando o lugar já estava vazio como durante as madrugadas poderia sair minimamente do personagem.
- Hanma, veja se realmente não tem ninguém aqui. – Ele fazia o que eu mandava e fui na sala que ficávamos e peguei um kit de primeiros socorros para ajudar o garoto que estava no chão. Cheguei perto dele com cuidado, não queria que ele fizesse movimentos bruscos. – Ei! Está me escutando?
Chifuyu: S...sim. – Ele está consciente, isso é bom.
- Vou tentar limpar seus machucados. Vai doer um pouco, mas qualquer coisa fazemos uma pausa. Ok? – Concordou com a cabeça e comecei a ver o que eu poderia fazer.
Baji: Por que está ajudando ele?
- Porque no fundo da existência do meu ser ainda existe um pouco de humanidade.
Baji: Então por que me mandou bater nele?
Hanma: Não foi por ela. – Terminou sua ronda e veio para perto de nós - O pessoal da Valhalla tem que acreditar em você e te ver batendo em alguém que você confia é uma prova de que realmente está disposto a entrar para a gangue.
- E eu não mandei você fazer nada. – Olhei nos olhos dele – Fez porque achou necessário e porque quis. – Voltei minha atenção a Chifuyu. Tinha limpado boa parte do sangue e sua aparência já estava melhor.
Take: Ainda não entendi qual é a sua. – Se referiu ao o que eu estava fazendo. – Não entendo qual o seu lado.
- Atualmente sou como um anti-herói. Estou fazendo o que acho certo.
Hanma: Acho que você está falando demais... – Tirou um cigarro do bolso e pós a acende-lo.
Terminei de limpar os machucados de Matsuno e agora teria que fazer os curativos. Ele ainda estava deitado e isso iria dificultar um pouco, mas eu iria dar um jeito.
- Chifuyu, vou começar os curativos e a forma como está deitado pode atrapalhar.
O ajudei a sentar e vi que ele estava muito dolorido. Isso que eu estava fazendo não iria fazer muita diferença. Terei que leva-lo para o hospital, teria que fazer um raio-x e ver se algum osso quebrou.
Baji: Você falou pra pegar leve com ele. Deveria ter sido menos agressivo.
- Como se eu não tivesse percebido você recuar. Já vi suas lutas, sei como é. – Senti o olhar de Hanma em minhas costas e percebi o que tinha falado.
Baji: Já me viu lutar? – Mais um vacilo e eu realmente me jogo de uma ponte.
- Vai ter que ir para o hospital. – Mudei o assunto o mais rápido possível – Vou te levar, só precisa esperar o carro chegar. – Me levante de onde estava e peguei me celular, rapidamente encontrei o número de Fox e liguei.
Fox: Oi. Pode falar. – Atendeu o telefone.
- Preciso que traga um carro, preciso o mais rápido possível.
Fox: Ok. Qual deles?
- O Outlander, a chave não está na gaveta de chave da garagem, está na cozinha.
Fox: E onde você tá?
- Esconderijo da Valhalla. Lembra da máscara.
Fox: Já tô indo. – Desligou e voltei a atenção ao que estava acontecendo aqui.
- Hanma, depois você busca minha moto na frente da Mizo?
Hanma: A escola? – Perguntou arqueando a sombracelha.
- Sim. Busquei o Take lá...
Ficamos esperando Fox chegar, o tempo foi passando e ficamos maior parte do tempo em silêncio. Não deixei Takemichi ir embora sozinho, queria que ele fosse para casa com segurança. Baji ficou para acompanhar o amigo no hospital e Hanma estava esperando irmos para ir buscar minha moto.
Finalmente Fox entrou pela porta e me entregou as chaves do carro. Se certificou que eu estava bem e dava pra ver que ele tinha muitas perguntas.
- Ajuda a colocar o Matsuno no carro, depois te conto tudo. – Fox concordou com a cabeça e foi em direção ao garoto que estava no chão.
Fox e Baji passaram os braços de Chifuyu pelos ombros deles, um de cada lado e eu fui na frente para abrir a porta do fliperama e a do carro. Takemichi vinha atrás de nós e Hanma nos deu cobertura para ver se ninguém iria nos ver.
Enquanto Matsuno era carregado grunhia de dor e reclamava. Conseguiram coloca-lo no banco de trás e eu fechei a porta. Baji deu a volta no carro e entrou para ficar o apoiando, para que ficasse confortável, Takemichi foi receoso de ir do lado de Keisuke, mas foi. Fox veio no lugar do copiloto e Hanma se despediu e foi embora.
Chegamos no hospital e parei o mais perto possível da porta para que os enfermeiros pudessem tirar o garoto debilitado com facilidade. Expliquei o que tinha acontecido, porém omitindo alguns fatos. Não precisávamos da polícia na nossa cola.
*Quebra de tempo*
Já tinham feitos os exames e ele realmente tinha quebrado alguns ossos, colocaria gesso e em algum tempo estaria melhor.
Kei estava assistindo tudo sentado em uma cadeira de espera no corredor. Em sua feição pude ver que tinha um pouco de tristeza. Me sentei ao lado dele para ver se eu conseguiria deixa-lo mais animado.
- Sinto muito... – Ele respirou fundo e não disse nada. – Eu queria que tivesse outro jeito, mas esse era o que faria o pessoal confiar em você.
Baji: Sinceramente, não te entendo. – Virou seu rosto para mim e olho nos meus olhos – E eu ainda não confio em você. Se faz de anjo ajudando os outros e depois quase faz com que eu mate meus amigos.
- Nunca quis me fazer de anjo, eu já disse, faço o que acho que é certo.
Baji: Não sei porquê salvou o Draken na luta do festival, não sei porquê está ajudando o Chifuyu, mas sei que isso me deixa bravo. Nunca sei o que vai fazer e estou igual o retardado do Hanagaki, não sei de qual lado você está.
- Kei, eu também não sei por que você saiu da Toman, não faria isso nem obrigado. E eu também não sei o que vou fazer.
Baji: Kei.
- Que?
Baji: Você me chamou de Kei.
- Posso?
Baji: Não sei. Tá tudo muito confuso.
- Vem. Vamos lá fora pra tomar um ar. – Me levantei e o chamei, achei que iria recusar, mas veio.
Fomos andando lado a lado até fora, fui conduzindo os passos até o jardim que tinha ao lado de um dos prédios do hospital. Quando já estávamos longe o bastante de todos me virei bruscamente e abracei Keisuke com todas as minhas forças e comecei a chorar. Ele estava mais confuso ainda, não se afastou ou tentou me soltar do abraço.
- Queria ter feito isso desde o dia que vi você na lanchonete.
Baji: Como assim? – Ele já estava me achando uma louca e agora tinha certeza de que eu realmente era.
Parei de abraça-lo, limpei algumas lagrimas e olhei para ele. Era agora ou nunca, tinha que contar.
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Oioi<3
O coitado do Baji já é meio burrinho aí ainda tem que ficar tentando entender enigma KKKKKKKKKKK
Não se esqueçam de votar. Bjs...
Palavras: 1184
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𝐓𝐨𝐤𝐲𝐨 𝐚𝐨 𝐀𝐭𝐚𝐪𝐮𝐞 - 𝑷𝒆𝒓𝒎𝒂𝒏𝒆𝒄̧𝒂 𝒇𝒐𝒓𝒕𝒆
FanfictionA única certeza que temos na vida é a morte, certo? •Conteúdo sensível •Os personagens serão menores de idade •Conteúdo +18 •Armas, Drogas, Sexo, Violência, Assédio e coisas relacionadas ⚠️Em hiatus⚠️