Capítulo 25

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*Japão – 03 de agosto de 2005*

Todos olhavam espantados por Hanma ter parado o chute de Mikey, menos eu, a pessoa que tinha ensinado ele a fazer isso. De certa forma estava orgulhosa e por debaixo da máscara um sorriso estampava meus lábios.

Hanma: Está apressadinho? Nosso objetivo é esmagar a Toman.

Sentia que essa era minha deixa para entrar de vez no personagem.

- E a maneira mais fácil era criando uma briga interna. – Disse com desdém e com tom de superioridade.

Hanma: Mas isso não importa agora... Estamos com cem homens e eles são quatro, um caído e um moleque com uma camiseta escrito “Paz e amor”. – Rimos e comecei reparar no loirinho.

Não o conhecia, ele realmente estava muito confuso e enquanto pensava nisso comecei escutar barulho de motos.

Mit: Ainda bem que deu tempo.

A Toman estava reunida por completo e isso me deixa bem menos aflita pelos meninos não precisarem lutar sozinhos.

Muto: Vou te contar que brigas internas não são a minha praia...

Smiley: Mas já que é com a Moebius a gente pode meter a porrada, não é não!?

Baji: Parece que hoje vai rolar uma porradaria das boas.

Kazu: A gangue Manji de Tokyo está todinha aqui seus arrombados!

Eu e Hanma nos encaramos e invés de nos intimidarmos estávamos sentindo a adrenalina em nossos corpos. Para a minha surpresa enquanto amarrava meu cabelo Baji fazia o mesmo e eu reparei em como o cabelo dele estava grande.

- A coisa vai ficar divertida!

Mikey: Antes quero saber que é você. – Disse apontando para mim.

- Angel, a comandante da Valhalla e encarregada pela Moebius.

Ao contar meu cargo pude escutar cochichos da parte da Toman. E meu tom arrogante em todas as falas era para que todos criassem ódio por mim, assim seria mais fácil lutar com eles.

Mit: Você sabe o que sua gangue fez com uma garota que não tinha nada a ver com as gangues?

- Sei muito bem.

Mit: Me impressiona uma mulher permitir algo assim.

- Mitsuya, vocês encontraram algum dos caras que participaram daquilo?

Mit: Não.

- Talvez porque fiz eles estarem a sete palmos do chão agora. Não me julgue, acabou de me conhecer.

Se antes já havia burburinhos sobre mim, agora tinha mais ainda.

Sabia que a luta iria começar de vez então tirei a jaqueta para ter mais mobilidade e me alonguei enquanto olhava com um olhar assassino para os membros da Tokyo Manji.

Draken: Nós não batemos em mulheres. – Falava enquanto se levantava.

- Que pena porquê eu bato em homens... – Minha risada se juntou com a de alguns membros da Moebius e a podia ver a raiva da Toman sobre mim.

Com todos preparados a luta tinha começado, era incrível ver meus amigos lutando, um pouco chato estar como vilã, mas era necessário para o momento.

Não queria entrar de vez na briga para não ser injusto, mesmo sabendo que boa parte dos meninos não iria me bater. Fiquei analisando tudo e mais uma vez o loirinho me chamava atenção.

Acho que olhei demais porque ele acabou caindo de cara em uma poça de água. Não faria mal ir ver qual era a dele, entrei no amontoado de pessoas e me desviando daqueles que tentava me acertar cheguei a ele.

Se assustou um pouco com a minha aproximação repentina e o ajudei a levantar, ele não entendeu e achou que eu iria bater nele.

XXX: O que!?

- Qual foi? Tá perdido?

XXX: N-Não...

- Qual o teu nome?

XXX: Hanagaki Takemichi.

- Saquei. Você sabe que tá no meio de uma luta, certo?

Take: Sei, mas eu preciso salvar ele.

- Ele quem?

Take: O Draken! Eles querem matar o Draken. – Agora ele tinha minha atenção de verdade.

- Quem quer matar o Ken?

Take: Kiyomasa.

- Ok, vamos procurar ele.

Take: Mas você é nossa inimiga...

- Foda-se?

O garoto agora estava mais perdido do que antes e tínhamos que achar o fudido do Kiyomasa, não é de hoje que conheço esse nome. Ele é um merdinha e aparentemente pior que antes.

O melhor jeito de impedir que ele chegue perto do seu alvo era me mantendo perto do Draken, fui em direção a ele e achei alguns oponentes para fingir não estar com a atenção direta no loiro de tranças.

Me distrai por alguns segundos com um cara tentando me acertar um soco e quando tirei ele do meu campo de visão vi Kiyomasa desferindo uma facada na barriga de Draken.

- Droga! – Fui em direção aos dois correndo. – Kiyomasa! – fiz com que ele olhasse para mim e lhe dei o chute que os Sanos usam.

Enquanto ele estava no chão peguei pela gola da camisa dele e fiz com que ele ficasse de joelhos.

- Usando armas? E contra o vice comandante da própria gangue!

Ele olhava em meus olhos e a minha raiva era tanta, mas eu não podia sair do personagem.

- Ei Mikey! – Como já tinha muita gente caída aqueles poucos que estavam de pé olharam para nós. – A Toman está uma bagunça mesmo... Estão matando seus iguais.

Segurando a cabeça de Kiyomasa pelos cabelos fiz um movimento com o joelho levando a cara dele ao encontro da minha perna e ele desmaiou.

Deixei ele apagado no chão, peguei a faca e fui em direção a Manjiro. Entreguei o objeto cortante a ele.

- Vou deixar você mesmo cuidar disso, até porque é realmente questão de problema interno.

Eu já estava cansada dessa briguinha e me decidi, vou acabar com isso de vez.

- A partir de hoje a Moebius está dissolvida e todos os membros agora fazem parte da Valhalla. – Fui clara para que os idiotas entendessem.

Virei as costas a todos eles, peguei o telefone em meu bolso e liguei para a emergência para solicitar uma ambulância para um jovem esfaqueado.

Estava tentando manter a tranquilidade, mas por dentro eu estava surtando, tinha acontecido coisa demais, eu queria poder ir até Draken e tentar estancar o sangue. Não sei o que faria se ele morresse, sei sim, me culparia por ter deixado isso acontecer.

Precisava sair dalí o mais rápido possível, ninguém podia me ver chorando.

*Pov. Keisuke Baji*

Ainda não estava entendendo qual era a dessa garota, era difícil de entender o que ela iria fazer. Quando ela foi em direção ao Kiyomasa deu um chute como a S/n fazia, foi estranho, parecia que conhecia ela de algum lugar.

Ela tinha ajudado o Draken? Defendeu ele do Kiyomasa, chamou a ambulância e ainda acabou com a luta. Tinha algo muito estranho nisso tudo.

Kazu: Não era ela que estava com o Wakasa na lanchonete?

Era isso, era ela, mas ainda não explica o resto das perguntas que eu tinha.

- Acho que é ela. Será que foi por isso que parecia que ela estava nos evitando aquele dia?

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Oioi<3

Quase me perdi escrevendo essa capítulo kkkkkk

Palavras: 1151

𝐓𝐨𝐤𝐲𝐨 𝐚𝐨 𝐀𝐭𝐚𝐪𝐮𝐞 - 𝑷𝒆𝒓𝒎𝒂𝒏𝒆𝒄̧𝒂 𝒇𝒐𝒓𝒕𝒆Onde histórias criam vida. Descubra agora