Capítulo 4 Embates

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Juntas elas caminharam de volta para a cabana, mas na metade do caminho e onde começava a barreira da miko, encontraram um hanyou furioso.

- Porque demoram tanto? Não era só um banho?

Kagome revirou os olhos.

- Paramos para conversar, não precisa de tanto drama assim.

- Vocês estavam demorando, claro que é motivo para preocupação, algo poderia acontecer.

Kagome seguiu em frente.

- Não estávamos indefesas para correr qualquer risco.

- Keh, não seja louca sua bruxa, você não tem mais seu arco, eu o vi sendo quebrado e a Sango deixou o Hiraikotsu na cabana da velha.

Kagome sorrio por cima do ombro, enquanto olhava para o hanyou que ficava para trás.

- Eu não preciso de um arco físico.

- Keh, não seja absurda Kagome, suas barreiras não aguentam uma brisa, quem dirá um ataque direto.

- Se você acha.

A morena simplesmente deu de ombros e partiu.

- Mas.... O que....

Sango tocou no ombro do hanyou embasbacado.

- Kagome mudou, por isso sugiro que você também mude Inu, ou então, não sei se você sobreviverá até o fim.

Kagome caminhava tranquilamente, quando mais à frente uma versão sua do período Edo apareceu, só que está não estava nada feliz e muito menos tranquila, na verdade está parecia bem infeliz.

- Fique longe do meu Inu.

A jovem do futuro quase rio, mas conseguiu se segurar.

- Olha, por mim eu até ficaria longe dele só para evitar problemas como esse, porem eu não controlo o InuYasha, e se ele quiser, ele vai correr atrás de mim da mesma forma que fazia com você.

- Ele já me tem, não precisa de você.

Kagome pressionou os lábios e eles se curvaram levemente para baixo, enquanto ela maneava a cabeça em concordância.

- Realmente ele não precisa de mim, agora que tem a você, porem ele quer a nós duas e parece que ele não percebe que as duas ele não pode ter.

- Eu fui a escolha dele, então pare de dar mole para ele.

A sacerdotisa do futuro revirou os olhos e passou ao lado da sua eu do passado.

- Acredite Kikyou, seu eu quisesse dar mole para ele isso não seria a única coisa que eu daria, mas não é o caso e eu prefiro que assim o seja, afinal eu conheço parceiros melhores que ele.

Choque não descreveria o que a miko morta sentirá, ela simplesmente congelara diante a fala da sacerdotisa do futuro, imaginando ao que ela se referia. Enquanto que a mesma seguia em frente, de volta para a cabana da velha sacerdotisa do vilarejo, queria dormir, sentia seu corpo pesado e um sono avassalador, também, pudera, passara o dia treinando e ainda tivera a conversa com seus amigos, tudo o que mais queria era um futon quentinho e uma boa noite de sono. Por isso, assim que adentrou a cabana nem parou perto do fogo, fora direto deitar e dormir, teria o sono dos justos e ninguém lhe atrapalharia nisso.

A jovem que dormia profundamente acordara de supetão no meio da madrugada, seu corpo fervia, sua respiração estava alterada, o sonho mais quente da sua vida havia lhe despertado na melhor parte. Sentada ela voltou a se deitar, nem notara que havia sentado ao acordar.

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