O que você faria caso em um dia toda a sua vida fosse posta de cabeça para baixo e, em um piscar de olhos, tudo que você tinha se resumiu a nada? Ou o que você faria caso aquilo que mais te aflige passe a conviver sob o seu mesmo teto?
Essas duas qu...
Olá meus querides, fiquem com mais um capítulo de Príncipe da Máfia! Não esqueçam de votar e comentar muito, isso me motiva a continuar escrevendo.
Leiam as notas finais, por favor.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Viver...
Viver é algo que requer muita coragem e determinação para tal, já que o simples ato de respirar em alguns momentos chega a ser tão difícil quanto sobreviver à deriva no oceano por dias a fio, sem comida, sem água e sobretudo, sem ninguém com quem partilhar sua tormenta.
Nada mais justo seria comparar nossa vida com o mar ou o oceano. Somos inseridos em uma imensidão de água a nossa volta, com o único intuito de sobreviver.
"Mas não seria viver?", vocês perguntam.
Não... Desde o momento em que abrimos nossos olhos pela primeira vez, desde que o oxigênio passa a circular em nossos pulmões, nos é mostrado a como sobreviver, jamais a como viver.
Entretanto, como poderiam nos ensinar a viver? Como poderiam nos preparar para enxergar a beleza enquanto tentamos nadar no oceano, onde nos vemos gritando e lutando para sermos vistos, mas que em muitas vezes parecemos estar sozinhos em um vasto deserto?
Park Jimin tentava sobreviver. Dia após dia o ômega se deixava ser guiado pelas ondas, sem jamais questionar ou resistir à corrente, seu corpo era carregado aonde quer que fosse seguro estar.
Mas o oceano não é brando, sempre há tempestades gloriosas e assustadoras que sacodem os mantos azulados das águas e principalmente os corpos que batalham ali. E é nesse ponto que entra o medo...
Nosso sentimento mais primitivo e primário de nossa existência. O medo de acabar tomando um caminho errado e se arrepender depois é um dos grandes fatores que nos prendem em um lugar ou em um relacionamento.
O lupino de fios alvos sempre se deixou levar e agir por esse sentimento, mesmo que inconscientemente, ele estava lá para guia-lo na direção que julgava ser mais confortável e segura, uma direção que o impedisse de sofrer ou de se machucar profundamente.
Jimin agia pelo medo.
Sempre que começava uma saraivada de raios e trovões a serpentearem pelo céu sobre o oceano, o ômega se encolhia, afundava para o fundo das águas ao ponto de quase se afogar, pois dentre encarar os sons e clarões estrondosos dos trovões, ele preferia a falsa calmaria que a escuridão das profundezas lhe proporcionava.
Mesmo que seus pulmões ardessem como chamas; mesmo que seu corpo mudasse ao ponto de não ser mais reconhecido por si mesmo; mesmo que a água lhe puxasse ainda mais profundamente; mesmo que um alfa lhe destruísse...
Park Jimin não conseguia encarar a tempestade na superfície.
