O que você faria caso em um dia toda a sua vida fosse posta de cabeça para baixo e, em um piscar de olhos, tudo que você tinha se resumiu a nada? Ou o que você faria caso aquilo que mais te aflige passe a conviver sob o seu mesmo teto?
Essas duas qu...
Olá meus querides, fiquem com mais um capítulo de Príncipe da Máfia! Não esqueçam de votar e comentar muito, isso me motiva a continuar escrevendo.
Leiam as notas finais, por favor.
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Nossos instintos são uma força indômita presente em nosso interior, guardada sobre a redoma de racionalidade que possuímos e aprimoramos ao longos dos séculos de evolução. Entretanto, tão frágil como uma película de vidro se torna essa redoma quando o impacto violento de sensações se choca contra ela, libertando uma fera que todos tentam controlar e aprisionar.
Os instintos ajudaram os lupinos a sobreviverem e a conviverem em harmonia com seus respectivos lobos e anseios, fundando a sociedade atual. Park Jimin possuía um relacionamento quase perfeito com seu lado lupino, sendo ambos uma parte vital para que continuassem a buscar pela força que acreditavam ter sido tirada deles no momento em que um monstro fez-se presente em suas vidas.
Mas por ser um ômega, e possuir ainda um filhote nesta somatória, Jimin e seu lobo deixavam-se cegar-se pela sede de proteção para com a pequena vida que gerou por longos meses, ignorando completamente as crenças que os inferiorizavam por grande parte de suas vidas. Park Atlas era seu bem mais precioso, o primeiro ser que amou sem ao menos conhecer, porque ele era uma parte dele que possuía vida fora de seu corpo.
E havia algo que era sabido por todos e respeitado na mesma intensidade: Nunca ameasse o filhote de um ômega.
Quando a voz de Jungkook emergiu usando o doloroso timbre de alfa puro, Jimin e sua cria sentiram como se seus corações fossem rasgados de dentro para fora por garras afiadas. O timbre de um alfa possuía o poder de dobrar os joelhos dos ômegas pois causava uma dor excruciante neles com o forte som que entristecia seus lobos que buscam agradar aqueles com aquela classificação. Entretanto, esse efeito agoniante só acontece quando o alfa usa deste artifício com o intuito de ferir e subjulgar um lupino para mostrar sua dominância, pois quando usado em seu momento de intimidade com um ômega o efeito causado neste último é o completo oposto de doloroso.
O Jeon havia usado sua voz de comando ao ser cegado pela fúria, ferindo a todos os presentes naquela biblioteca, espalhando seu feromônio marcante e sufocante por todos os lados.
O ômega mais velho sentiu a agonia de tudo aquilo e mais uma que veio por outro motivo. Jimin sentia as garras de seu lobo o abrir de dentro para fora quando o choro estridente de seu filhote ecoou pelo cômodo, cedendo sua forma humana assim como sua consciência para a de seu lado lupino, permitindo que a parte mais forte de si os protegesse.
Atlas estava encolhido no chão com as mãozinhas apertando suas próprias orelhas com força, com o vermelho tomando conta de seu rosto e tremores de seu corpo. O garotinho só sabia sentir dor e medo, assim como o pequeno lobo confuso e fragilizado presente dentro de si que grunhia e uivava esganiçado.
O jovem ômega só ousou abrir seus lumes quando sentiu o aroma calmante e protetor de sua mãe envolve-lo e apenas para ele, como se fosse uma bolha que o protegia do mundo exterior. A pobre criança grunhia ainda aflita, erguendo os bracinhos para o enorme lobo branco que lambia sua lágrimas, subindo em suas costas quando o animal se abaixou.
