O que você faria caso em um dia toda a sua vida fosse posta de cabeça para baixo e, em um piscar de olhos, tudo que você tinha se resumiu a nada? Ou o que você faria caso aquilo que mais te aflige passe a conviver sob o seu mesmo teto?
Essas duas qu...
Olá meus querides, fiquem com mais um capítulo de Príncipe da Máfia! Não esqueçam de votar e comentar muito, isso me motiva a continuar escrevendo.
Leiam as notas finais, por favor.
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No dia seguinte ao sábado, Park Jimin passou todas as horas possíveis daquele domingo pacato pensando se deveria escrever um currículo para trabalhar na cafeteria que visitou com Jungkook, e este último parecia conseguir ler seus pensamentos já que em quase todas essas horas ele lhe incentivava a dar voz àquele pensamento.
Seria bom para ele ter um emprego de verdade após tanto tempo enclausurado dentro de casa, ainda conseguia se lembrar da época em que trabalhou na biblioteca perto de sua casa e no quão agradável era estar naquele ambiente, sentia falta daquilo. Mesmo no início para se estabelecer na mansão e não deixar que o Jeon lhe colocasse de volta na rua ele tivesse aceitado cozinhar como um certo tipo de emprego, na verdade não considerava aquilo como um trabalho de fato, pois nunca aceitou ou aceitaria receber qualquer tipo de pagamento por isso.
Para ele o fato de morar na mansão e usufruir de tudo que há nela já bastava como pagamento.
Então passar quatro horas em uma mini biblioteca e receber uma pequena quantia já estava de bom tamanho, afinal, não era muito, mas ainda era alguma coisa. Ele se sentiria um pouco mais independente dessa forma.
No fundo ainda sentia as lembranças e sentimentos de dependência que tinha com Ettore lhe assombrando e empurrando-o para aceitar a oportunidade pelo simples medo de acabar repetindo a história com Jungkook. Não gostava de assimilar a imagem do Jeon com a de Ettore, era injusto com o puro e seus sentimentos que demonstrava agora.
Jungkook não era Ettore e jamais poderia vir a ser.
Entretanto, não queria mais viver a mercê de alguém, não queria ser arremessado ao desconhecido quando essa pessoa se fosse, ele havia aprendido com o passado e não precisava de mais um tapa em sua cara dado pelo destino, ele ainda conseguia sentir a dor do primeiro e tinha as marcas para comprovar. Não sabia de onde havia vindo essa força de vontade para mudar, mas não demorou a compreender que nada mais era do que o trauma vindo de tudo o que passou.
Não contou e nem contaria ao alfa sobre sua motivação para pedir-lhe ajuda para fazer um currículo naquela tarde, não queria vê-lo magoado ou com o semblante endurecido. Aos poucos percebia que o Jeon não era o monstro que julgou que fosse nos primeiros dias que passou na mansão, na verdade, já estava começando a perceber que o alfa sentia bem mais do que mostrava e prestava bastante atenção em cada detalhe.
Ainda não sabia o que tinha levado aquele homem a reagir com austeridade com qualquer ômega, conter tanto o lobo que possuía e se fechar para o exterior com tanta avidez. A cena do mais velho tendo um pesadelo angustiante não havia sido esquecida por si, nem mesmo se ele quisesse conseguiria, pois se parasse pelo menos alguns segundos se lembrando do ocorrido e do quanto seu lobo se machucou com aquilo já sentia todos os seus músculos se tensionarem e os pelos da nuca arrepiarem.
