Em meio ao caos

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Dante


Seguíamos caminhando para fora da floresta em direção à via principal da estrada. Eu e meu irmão caminhávamos lentamente e atentos a todos os lados, devíamos redobrar a atenção após o sumiço das Flubells — não apenas por conta das criaturas, mas sim para vermos se achávamos qualquer pista de onde as meninas tinham ido parar ou o que acontecera com elas.

Estava bastante intrigado com esse acontecimento, tanto que não conseguia parar de pensar nisso. Sinto meu celular vibrar dentro do meu bolso e pego ele para ver o que poderia ser. Era apenas uma notícia idiota no grupo de um game que eu jogava. Era incrível como ainda havia sinal e os dados móveis funcionavam, e mais ainda como alguém poderia ainda fazer piada da situação atual na internet. Talvez o humor fosse a rota de fuga dessa pessoa, mas para mim era algo imprudente de se fazer.

Suspiro fundo e começo a pensar no que sabia até então. "Tem algo estranho nesse desaparecimento delas. Primeira opção: se elas tivessem ido embora sem nos comunicar como uma fuga, elas teriam deixado pegadas e com minhas habilidades para rastrear iria encontrá-las. Caso tenha sido essa opção, como elas cobririam suas pegadas? E para isso levaria bem mais de que trinta minutos. A segunda opção seria elas terem sido levadas por andarilhos ou andrignos, o que me parece muito improvável, pois elas sabem lutar e gritariam; fora que veríamos o movimento grande das criaturas e elas viriam a nos atacar também. A terceira opção seria elas terem sido levadas por guardas. Mas não havia sinais de que alguém tinha passado por ali.

Droga, isso é pior do que pensei. Estamos em uma procura sem nenhuma pista ou sinal que nos guie. Apenas um ursinho com mensagem de ajuda."

Estava a caminhar, pensativo e com um olhar analítico e feroz, atrás de sinais. O que foi em vão, porque, até o momento que saímos da floresta, nenhum vestígio foi encontrado.

Atravessamos a avenida expressa de modo calmo e sem pressa. O que antes era movimentado e arriscado de se passar, agora era algo calmo e com carros quebrados e abandonados.

O dia começou ensolarado, mas antes mesmo do meio-dia o sol começou a se esconder entre as nuvens, deixando o céu antes azul agora em um tom cinzento. O que era de grande agrado para mim. O tempo daquele jeito me despertava uma calma sem tamanho.

Olho para Dan, que estava meio cabisbaixo por não ter encontrado mais nada das garotas. Mesmo nós passando apenas duas semanas com elas, era como se elas fossem ficar mais tempo conosco, e cá entre nós, não era de todo mal ter a companhia delas, digamos que estava começando a me acostumar com o jeito estranho que nosso pequeno grupo levava.

Estava até me acostumando um pouco com o jeito descontraído de Sue, o jeito chato de Snow, fora que é sempre bom ter alguém além de nós dois em meio a esse mundo caótico.

Com as mãos nos bolsos de meu casaco cinza não muito novo, olho para Dan enquanto andamos em meio aos carros na avenida. Olhava para dentro dos carros atento à procura de algumas armas e carro que funcionasse. Noto que meu irmão estava calado e pensativo, preocupado com o sumiço repentino delas.

— Relaxa cara, vamos achar elas.

"Espero que elas aguentem firme, seja lá onde estiverem."

– Penso aflito, levemente inseguro do que possa está rolando a nossa volta.

Ele olha para mim, parando próximo a um carro de modo calmo, tentando demonstrar que não estava pensando muito no que aconteceu; não encarava meus olhos e rosto, ficava com o olhar focado em tudo, pois sabia o quão bom eu era em ler sua mente.

O que não precisava muito, já que eu era seu irmão e lá não havia muita coisa ou algo misterioso. Era tipo um mundo aberto a todos que sorrissem e quisesse fazer uma amizade leal com ele.

A saga irmãos Hawks: Ponto de partida - Livro 01Onde histórias criam vida. Descubra agora