A Festa de Casamento: Parte 2

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Fernando respirou fundo já tinha visto aqueles mesmos olhos antes e tudo que restou foi um nada. Após aquele momento de ciúmes, automaticamente as lembranças de Mickelly vieram a sua mente. Fernando estava evitando há anos lembrar-se daquele dia, mas foi inevitável. A briga que teve com ela, a ida para o trabalho irritado com o que ela lhe disse e segundos depois a notícia trágica de sua morte. Bastou aquilo para seu humor mudar, só de lembrar dela já se sentia um traidor. Ele prometeu em seu túmulo, sem cadáver que jamais colocaria outra em seu lugar. Mas olhando para Maiara, sempre um doce e terna com todos, era inevitável não se apegar a ela.

Filomena: Fernando. – a mãe chamou pela terceira vez.

Fernando: Oi mãe. – Saiu de seu transe momentâneo.

Filomena: Está na hora da dança dos noivos, filho. – Sorriu o olhando. – Está tudo bem?

Fernando: Sim mãe, está sim. – mentiu.

Fernando olhou para Maiara que falava com a mãe algo e seus olhos se cruzaram. Ele caminhou graciosamente em sua direção e estendeu a mão.

Fernando: Hora da dança, querida.

Ele a segurou pela mão e juntos caminharam para o centro do palco montado para a valsa. Fernando a trouxe para rente ao seu corpo, envolveu a mão em torno da cintura dela, e com a outra segurou junto de seu peito. A música logo se iniciou e o casal começou a se mover pelo lugar dançando graciosamente, um clima tão romântico olhos nos olhos e sorrisos brotando em seus rostos. Todos fascinados com a desenvoltura do casal.

Maiara: Porque tratou p Gustavo daquela forma Zor, você não pode tratar meus amigos assim sabia? – Ela bufou enquanto girava nos braços dele e se chocava com seu peito delicadamente.

Fernando: Não sabia que dançava tão bem. – Elogiou a olhando.

Maiara: Eu fiz balé por muitos anos, acho que isso ajudou muito. E você como aprendeu a dançar assim tão bem? – Explicou. – E você não respondeu minha pergunta Zor? – O encarou.

Fernando: Ah, não sabia que mentia. – Riu. – Eu estou apenas seguindo você. É a senhora quem está no comando. Pra falar a verdade não sei o que estou fazendo aqui nesta dança. – Ele ignorou sua pergunta.

Maiara: Imagina, você está se saindo muito bem. – Sorriu com mais um giro dele. – Zor? – O olhou com olhos brilhantes querendo sua resposta a qualquer custo.

Fernando: Gentileza a sua. – Sorriu. – E ele gosta de você. – Disse calmamente.

Maiara: O quê? – Olhou intrigada.

Fernando: Seu amigo, ele gosta de você mais que uma amiga. – Sussurrou em seu ouvido.

Maiara: Gustavo, só é um amigo gentil. – Explicou apavorada com a ideia.

Fernando: Não, ele gosta de você sim. Olha como ele nos olha, com um olhar de desgosto e de tristeza. – Olhou em direção ao Gustavo que os olhava triste.

Maiara ficou entristecida de nunca ter visto as intenções do amigo com ela. Ela nunca foi boa quando se tratava de percepção das coisas em sua volta. Seu pior defeito, nunca enxergar a maldade de certas pessoas e muito menos ver quem gosta dela de verdade.

Maiara: Eu nunca imaginei isso. – Olhou para Fernando que sorriu. – Que foi?

Fernando: Nada, apenas olhando. – Ele a encarou com um rosto indecifrável.

A música seguia perfeitamente e todos os convidados de olhos vidrados nos dois que eram só sorrisos e olhares apaixonados. Com o fim da valsa todos aplaudiram e ovacionou, Sorocaba puxou o coro para um beijo entre eles.

Fernando logo a viu corar e isso que ele gostava. Ela parecia muito doce e pura. Mas seus olhar era de uma mulher fatal que conseguia tudo apenas com o olhar certo e uma lambida nos lábios.

Aproximou-se de seus lábios e logo o reivindicou, suas mãos grandes espalmando suas costas e a trazendo para mais junto de seu corpo, sua língua invadindo a sua boca e lutando consigo mesmo para não a possuir ali naquele chão.

Sua mente vagava por tantos lugares enquanto a beijava e logo parou com ela nua sobre a cama enquanto ele a olhava detalhadamente segurando-se para não a possuir antes da hora.

Banindo isso, ele finalizou o beijo e a viu ofegante de lábios vermelhos e molhados.

Fernando: Eu acho melhor irmos. – Cortou o clima.

Maiara apenas concordou com a cabeça. Estava extasiada demais para falar.

Fernando a segurou pela mão e fora rumo à mãe dela e a sua.

Fernando: Mãe, Almira. Temos que ir, o jato já está nos esperando.

Almira: Ah, já vai levar a minha pequena, Fernando? – protestou abraçando a filha como um urso de pelúcia. – Se cuide, meu anjo. Qualquer coisa liga pra mamãe, filha. –Ela sorriu e Maiara já sabia sobre o que ela se referia.

Maiara: Pode deixar, mãe. Mas não irei ligar para isso. – Cochichou.

Almira: Tá bom. Mas qualquer coisa estou aqui. – Cochichou de volta.

Fernando se despediu das duas e segurou a mão dela e foram se despedir dos convidados.

Almira: Filha, espera. Faltou jogar o buquê. – surgiu indo rumo a Maiara que o segurava, enquanto era abraçada por amigos de Fernando.

Almira a segurou pelo braço e se dirigiu onde estava à banda, eles pararam de tocar e ela subiu no palco.

Almira: Senhoritas, a noiva irá lançar o buquê. Então, quem quiser casar este ano ainda venham para o centro do salão. – Sorriu vendo o monte de mulher se amontoando uma sobre a outra no centro do salão.

Maiara sorriu segurou firme o buquê e fechou os olhos virando de costas para o bando de louca que se aglomerava empurrando umas as outras.

Os homens todos apavorados quando as viras em frenesi buscando o buquê.

Maiara: Lá vai, no três viu gente. – Fez menção de lançar. – Um, dois, três... – o jogou pelo ar que saiu girando e caiu no colo de Rose que arregalou os olhos surpresa.

Algumas animadas e outras com cara de desgosto por não ter conseguido pegar. Ela olhou e viu Fernando olhando no relógio. Já estava impaciente, ele a olhou e bateu com o dedo sobre o vidro de seu Rolex mostrando que já estava na hora de partir.

Ela desceu do palco caminhou em passos lentos rumo a ele, Fernando estava rodeado de seguranças e seu motorista que já estava pronto o esperando.

Ela olhou para trás e viu sua mãe orgulhosa acenando enquanto seu pai abraçava a esposa e mandava beijo para ela. Logo foi tomada de supetão pelas mãos dele que a puxaram para fora indo para a limusine parada na saída, escrito atrás "recém-casados".

Fernando olhou aquilo e revirou os olhos, Paloni mantinha a porta aberta, primeiro Maiara entrou em seguida Fernando deslizou ao seu lado.

Agora era oficial não tinha para onde correr sua vida mudaria radicalmente dali para frente. Maiara era uma romântica incurável e tudo que menos queria era sentir algum tipo de sentimento por ele, iria manter-se imparcial dali por diante.

OIIII Boa Noite Pessoal!!!!

iai???? como vocês estão????

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