A Lua-de-Mel: Parte 03

488 47 19
                                    

Fernando respirou e contou até dez.

Fernando: Eu não quero a privar de nada. Só acho que você devia ter pelo menos levado alguém com você para sua segurança. Estas ruas são perigosas demais para uma mulher como você. – Bufou.

Maiara arcou a sobrancelha e o encarou, já estava irritada com todo aquele sermão.

Maiara: Como eu o que? O que você quer dizer com isso em?

Fernando: Só estou dizendo que você não conhece bem o lugar. Já imaginou se por acaso se perde por aí?

O queixo dela caiu mais ainda depois deste infeliz comentários.

Maiara: Você falando assim, eu fico me sentindo uma completa estúpida sabia? Eu pareço idiota por acaso?

Fenando: Não foi isso que quis dizer, você já está levando para outro caminho. – retrucou mordendo os lábios que começou a sangrar pela força.

Maiara o ignorou bufando e saiu rumo ao banheiro.

Fernando: Ah meu Deus, você vai me deixar louco, mulher incompreensiva. Eu vou ter um ataque cardíaco assim. – Passou as mãos nos cabelos.

Maiara: Não tem como eu deixar você louco, Zor. Pois você já é louco. – Vociferou do banheiro.

Fernando bufou irritado, além de sumir ainda quer fazer gracinha com sua cara é isso?

Ele saiu do quarto e foi para onde estavam os seguranças todos morrendo de medo do sermão.

Fernando: O que vocês estavam fazendo que não a viram sair deste quarto? Eu estou os pagando para quê? – Encarou os quatro homens parrudos, de ternos escuros e óculos de sol.

XX: Perdão senhor, isso é minha culpa. Eu devia ter sido mais firme quanto a isso. – Fabio lamentou.

Fernando: O que houve com você, eu confio minha vida e minha esposa para você proteger e falha comigo, Fabio? E assim que quer ser meu segurança chefe?

XX: Perdão Senhor Zor, isso não irá se repetir. – Baixou a cabeça envergonhado.

Fernando: Desta vez passa, por ter sido seu primeiro erro. Mas desejo que seja o último. Você mais que ninguém sabe que odeio quem erra comigo.

Fabio fez um aceno de cabeça e saiu junto dos outros.

Fernando entrou no quarto novamente e caminhou rumo as bebidas, serviu um copo generoso de uísque e bebeu de uma vez, encheu o copo e seguiu para a varanda do quarto onde sentou-se em uma das cadeiras de treliças que por lá estavam e sugou ar para os pulmões desfez o nó de sua gravata e bufou. Não queria ter gritado com ela, mas ficou tão preocupado que não soube agir normal, ela mexia com seu lado mais sóbrio e selvagem.

Após um belo banho para tirar o cheiro da bebida, Fernando estava pronto. Teria um jantar de negócios com uns espanhóis e já estava quase na hora.

Fernando: Vamos, não quero me atrasar. – A chamou pegando o celular e verificando e-mails.

Maiara: Eu tenho mesmo que ir?

Fernando: Deixe-me ver. – pensou sarcástico. – Claro que sim, você é minha esposa. Eu quero você lá. Será rápido eu prometo.

Maiara bufou e saiu do banheiro.

Fernando quase engasgou com o conhaque que bebeu.

Sua silhueta se adaptou perfeitamente ao vestido azul marinho, seus cabelos em uma bagunça só, mas só a deixava mais linda, uma leve maquiagem.

Amor ImprovávelOnde histórias criam vida. Descubra agora