Fim do Relacionamento

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Paloni estacionou o carro no prédio em que Fernando morava, era o coração de Vila Olímpia, mas de trinta andares sendo que cinco era apenas de Fernando. Abriu a porta e o chefe saiu enquanto ajeitava seu terno.

Paloni: Até amanhã, Senhor Zor. – faz uma reverência quase imperceptível e segue para outro lado.

Fernando caminhou em passos lentos para o elevador, entra, digita seus códigos e as portas se fecham. Ele odiava aquele síndico. Como que alguém coloca uma porcaria de música que dá vontade de vomitar, não que tivesse ligando, mas era igual as de companhia telefônica, irritante. As portas se abrem, dando deslumbre ao limpo e cheiroso apartamento dele. Era tão lindo. Todo bem decorado com cores clín. branco e azul escuro predominava alguns lugares. Era bem masculino não havia sinal algum sobre mulher. Ele sentou na poltrona, com o bico de um sapato ele apertou o calcanhar tirando um pé e o mesmo procedimento com o outro. Jogando a cabeça para trás ele passou as mãos em seu rosto. Queria arrancar aquela dor de seu peito, mas era como se todo dia a maldita culpa viesse o lembrar que ele era um filho da mãe desgraçado.

Fernando: Sim eu sou um puto, filho da mãe. – Sussurrou para sua consciência.

Nete: Disse algo, Senhor? – surgiu brotando do nada.

Fernando: Pelo amor de Deus mulher, faz algum barulho. – saltou da poltrona pulando de pé igual a um gato.

Afinal ele era um gato. Com seus quase quarenta, ele derrubava muito pirralho de vinte. O homem era puro charme, olhos castanhos escuros, rosto bem modelado e uma carranca que qualquer calcinha já ficava encharcada, ele sabia seduzir quando queria. Bastava apenas arquear a sobrancelha que aquilo já deixava qualquer mulher louca.

Fernando não ligava para isso. Em sua vida, ele queria apenas uma mulher a sua Mikelly Zor, a qual ele deu seu coração e sua alma, mas sua estupidez a tirou de si e isso ele não aceitava. Tentou uma vez se relacionar com uma renomada médica doutora Carla Dias, mas não deu muito certo ele enfiou os pês pelas mãos, a chamando de Mikelly diversas vezes e isso a magoou. Então decidiu sair de cena, não ia se envolver com um maluco problemático que até na hora do sexo chamava outra, já tinha os seus próprios problemas. Ela o amava e amava muito só que além de amá-lo ela se amava, decidiu terminar por carta não conseguiria acabar aquilo olhando em seus olhos.

Fernando achou aquilo ridículo. Como que o dispensou por uma maldita carta? Quem aquela doutorazinha achava que era? Ele era Fernando Zor, o homem mais poderoso daquela porcaria. Mas depois de ler umas dez vezes ele viu que ela tinha razão, ele era um problema e isso ela não tinha obrigação de aturar.

Pegando o controle de seu home, ele pôs a sua música favorita para aqueles dias difíceis, ou seja, todos " Naked - James Arthur" por incrível que pareça o deixava um pouco mais calmo, apenas fechava os olhos e deixava a letra invadir sua mente, como ele queria estar velhinho e junto dela, mas isso era impossível.

Nete: Sua comida está pronta, Senhor.

Fernando: Eu não quero nada, pode ir dormir. – Levantou-se retirando o paletó e seguindo para seu frio e vazio quarto

Maiara havia acabado de chegar ao trabalho e sua secretária a avisou que Mateus estava a sua espera. Com um imenso sorriso, ela pegou alguns documentos e seguiu para o escritório, onde encontrou o namorado à sua espera.

Maiara: Oi Amor. Está tudo bem? - perguntou fechando a porta.

Mateus: Nós precisamos conversar, Maiara. - a olhou.

Maiara: Sobre o quê? - confusa

Mateus: Sobre nós. O que mais poderia ser? - riu com deboche.

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