O Noivado

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Maiara fez todas as exigências de o que não queria no contrato de casamento, e por fim depois de ver que estava do seu jeito assinou, a partir dali estava comprometida com aquele "negócio" seriam dois anos torturantes junto a Fernando Zor, aturando aquele gênio forte e suas excentricidades, aguentando aquele homem insuportável e chato. Caso ela saísse antes de acabar teria que pagar uma multa de dez milhões de reais e também os vinte milhões que seu pai devia. Um negócio muito ruim para ela, mas ótimo pra Fernando.

Fernando: Agora que somos NOIVOS. – Debochou com ênfase na última palavra a olhando, retirou do bolso de seu terno uma caixinha preta de veludo..._ Não quero ninguém falando que sou um noivo pão duro e quero que achem que isso é real. – Disse abrindo a caixa que continha um solitário de diamante enorme em forma de coração. Um anel em prata todo trabalhado em pequenos diamantes em sua volta e uma pedra enorme no centro que contra a luz ficava rosada..._ Se me permite. – Olhou para sua mão.

Maiara revirou os olhos e entendeu a mesma para ele que segurou suas finas e delicadas mãos, quando pele tocou pele uma corrente elétrica passou por todo seu corpo a fazendo arrepiar e o estomago contrair, junto de um arrepio momentâneo de sua pele.

"O que foi aquilo, porque aquele simples toque a deixou daquele jeito, de boca seca e coração pulsante e um frio na barriga que parecia brincar com a comida que acabou de comer? Porque aquele homem fazia seu corpo esquentar e sentir coisas que jamais havia sentindo antes, era como se ele tivesse o dom de mexer com casamento, com o pedido, com o noivo perfeito, com o vestido branco todo trabalhado a festa e tudo mais que uma noiva deseja quando está apaixonada pelo homem ideal. Só que tudo tem um "MAS" e aquilo tudo era uma farsa, um casamento forçado para que ela pudesse livrar a cara de seu pai da cadeia. Seus olhos logo embaçaram tudo que tinha que sacrificar para salvá-lo. Sua liberdade lhe foi tirada por dois amargos anos.

Depois de Fernando por o anel, ela encarou sua mão com aquele exagero de brilho, agora mais que nunca não iria esquecer seu acordo, aquele anel jamais iria deixar isso acontecer. Ela viu o sorriso de vitória estampado na cara de Fernando, como ela queria arrancar aquilo com uns tabefes. Ela já tinha ouvido falar dele, sua empresa e uma grande concorrente dele nos negócios. E tudo que ouvira parece ser verdade, um homem sem coração que faz o jogo mais baixo possível para ter o que quer, e agora teve a prova, ele era um ser medíocre e sem coração que jogava tão baixo que podia rolar na lama com os porcos que seriam seus demais.

Maiara: Acabou com o showzinho de amor? Porque se não se importa eu estou casada e quero dormir. – Mentiu, pois aquela noite seria como as outras sem pregar os olhos ou com pesadelos.

Fernando: Claro querida. – Sorriu cínico enquanto pedia a conta e recebeu um olhar mortífero dela.

Maiara revirou os olhos e recolheu suas coisas que estavam sobre a cadeira ao lado.

Fernando pagou a conta em seguida levantou-se junto dela, ele lhe deu espaço e saiu atrás tendo o belo vislumbre de seu quadril perfeito girando de um lado para o outro. Coisas indecentes vieram a sua mente, como seria ela apenas de lingerie, para ele beijar e morder cada parte de seu corpo. Enquanto a fazia gemer e gritar seu nome e lhe torturava com carícias quentes. Aquilo já estava virando sua cabeça, ele não podia tocar nela, mas sonhar não custava nada.

Ele entregou o numero para o manobrista que segundos depois surgiu com sua BMW branca, Fernando abriu a porta e Maiara deslizou pelo banco de couro macio e confortável do carro. Ele deu a volta entrou e deu partida seguindo para casa dela.

Fernando: Seus pais já sabem sobre isso? – Encerrou o silencio.

Maiara: Meu pai sim, você sabe disso. Mas minha mãe não, não quero ela com mais este desgosto do meu pai, por suas burradas. Não quero ser o motivo da separação deles. – Seu semblante ficou nublado e entristecido.

Fernando: Sei lá você quer que eu banque o noivo apaixonado. Va lá na sua casa, e peça a sua mão?

Maiara o encarou incrédula.

Maiara: Isso é algum tipo de piada? – Brava.

Fernando: Não. Eu já disse a você quero que isso pareça real, não quero as pessoas falando da minha vida. E acho que nem você quer que fique cotada como a mulher que casou por dinheiro quer?

Maiara: Tanto faz Zor. Minha vida não é minha mais por dois anos mesmo. Eu não ligo para o que pensam mais de mim. – virou para o lado vendo os carros passando.

Fernando suspirou e seguiu rumo a casa dela, naquele silêncio desconfortável, aquilo estava o deixando louco, há dias atrás disse a si mesmo que não iria se casar com ninguém e agora lá estava ele, prestes a se unir à uma mulher que ele nem sabe quantos anos ao certo tem e muito menos no que ela trabalha. Ou se tinha ou têm namorado, aquelas perguntas estavam o deixando com dor de cabeça, mas nada que um belo copo de vodca não desse jeito e um bom banho quente.

Ele adentrou ao condomínio luxuoso que era bem vigiado por seguranças e muitas câmeras e parou na frente da casa, Maiara de longe viu sua mãe na janela a olhando surpresa. Seu carro já estava na frente da casa junto do motorista que estava escorado no mesmo e veio abrir a porta para ela sair.

Paloni: Senhorita. – sorriu abrindo sua porta.

Maiara: Obrigada. – Sorriu tímida.

Paloni: Aqui sua chave. – Maiara encarou Fernando, pois não sabia como ele havia encontrado sua chave.

Fernando saiu do carro e Paloni deu a volta assumindo o cargo de motorista.

Almira estava na janela olhando tudo atentamente cada movimento dos dois.

Fernando: Está entregue senhorita, sem nenhum pedaço faltando. – A encarou com seus olhar mais intenso. - irônico

Maiara: Ha, ha, ha. – Soou com deboche o encarando..._ Não sabia deste seu jeito engraçado Senhor Zor. – Bufou.

Fernando: Fernando, me chame de Fernando ou Feh. Maiarinha. – A olhou.

Maiara piscou algumas vezes quando ele a chamou assim e respirou profundamente.

Maiara: Por favor, não me chame de Maiarinha. Eu odeio este apelido. – Sentiu o nó na garganta. Apenas Mateus a chamava assim, e depois do que ele a fez ficou com nojo daquele apelido.

Fernando: Tudo bem, Mai está melhor para você? Porque agora somos um casal de pombinhos apaixonados eu não posso chamar você de Maiara ou de Senhora Pereira. – Explicou a sua frente estava a milímetro de seu corpo.

Maiara: Sim está. Mas, por favor, nunca mais me chame de Maiarinha. – Pediu sinceramente, Fernando pode ver dor em seus olhos com aquele pedido.

Fernando: Tá bom, Mai. - Sorriu, foi a primeira vez em anos que Fernando sorriu e aquilo foi como iluminar o mundo, com certeza o céu ganhou mais uma estrela. Porque aquilo era lindo, aquele homem todo sério com um lindo e belo sorriso.

Maiara: Tenho que te chamar apenas de Fernando ou por um apelido em você? Ursinho, tigrão, bebezinho, cachorrão ou algo do tipo? – Ela debochou encarando ele que logo desfez o sorriso.

Fernando a olhou assustado.

Fernando: Pelo amor de Deus não, me chame apenas de Fernando, por favor.

Maiara segurou o riso e concordou. Estava relaxando o corpo com a presença dele, mas logo viu ele deslizar para dentro do carro a deixando sozinha.

Fernando: Cachorrão? – A olhou chocado para ela que sorriu..._ O que se passa na cabeça destas mulheres para darem estes apelidos aos seus homens, meu Deus. – Resmungou e Maiara riu baixinho, havia o chocado mesmo.

Ele lhe deu mais uma olhada, fez uma reverência com a cabeça e fechou a porta do carro.

Maiara respirou fundo e olhou para o céu estrelado e seguiu para casa, sua mãe estava a esperando queria respostas queria detalhes. 

Parte 3/7 da Maratona...

A Maiara quando quer sabe brincar kkkk

Amor ImprovávelOnde histórias criam vida. Descubra agora