fifty six

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A ausência do caos é o vazio

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A ausência do caos é o vazio.

A rua de Fezco já estava cercada pela polícia, que impedia a circulação de pessoas. A mídia já estava presente. E os vizinhos se aglomeravam tentando entender o que tinha acontecido. As ambulâncias já estavam com os corpos dentro e esperando a autorização para a retirada final.

As pernas de Ashe correram como nunca. Assim que ela recebeu a mensagem de Ashtray num tom de despedida, ela sentiu que o pior já tinha acontecido. Ou a polícia havia invadido, ou alguma outra gangue que veio se vingar por Mouse. Os olhos dela captam a aglomeração e as luzes. A medida que o corpo dela formigava sabendo que o pior tinha acontecido, as pernas dela ficavam mais fortes. Ela aproxima das pessoas, passando por algumas delas.

A ambulância é a que chama mais sua atenção, além da porta com marcas de tiro. Ela recua para trás, sentindo a visão ficar turva com as lágrimas que queimavam. A respiração começava a falhar e ficar pesada. Ela não queria acreditar.

-Me deixe entrar agora. Eu sou a namorada dele. Morei nessa casa! -ela grita para um policial que se aproximava claramente desesperada.

-Senhorita, a casa está isolada. É cena de homicídio. -o policial falou com cuidado vendo que ela começou a balançar a cabeça negando.

-Não... Não!

Ashe não queria acreditar. Conseguia sentir a dor invadir no seu peito que se movia com força para fornecer oxigênio. Ela olha para as pessoa sem volta curiosas.

Ela sabia que Fez não perderia a peça. Ela sabia que ele não iria magoar ela de novo. Ela sabia que ele tentou de tudo para recuperar nela esses dias. E ela ignorou. Agora tudo o que Ashe queria, era pelo menos uma mensagem dele, qualquer sinal dele.

A garota não ficaria ali esperando. O corpo dela gritava a mais. Ela coloca a mão sobre a barreira de mental temporária colocada pela polícia, e salta pela mesma. Os gritos por ela ecoavam pelo seu ouvido, e os pés dela agiam mais rápido que tudo a levando para dentro da casa. Na qual ela empurra o resto de porta que tinha.

Fez que estava na parte de trás da viatura, reconhece os cabelos longos e escuros de Chi desviando dos policiais. Ele queria gritar para ela, mas estava trancado dentro do carro.

Ashe nunca tinha visto a casa daquele jeito, nunca quis e nunca imaginou que veria. Tudo estava destruído, a parede repleta de furos, vasos e fotos quebrados. Para piorar: o tapete com manchas de sangue.

-Hey! Para fora! -um policial que estava na cozinha grita para ela ao ver a silhueta da garota.

O pouco que ela enxerga dos segundos que ela ficou ali foram as rosas vermelhas no chão e uma carta branca com o nome "Chi" escrito de caneta preta, agora manchado de vermelho que ela nem sabia de quem. Ele ia fazer uma surpresa para ela, estava se preparando.

𝐀𝐃𝐃𝐈𝐂𝐓𝐄𝐃 | fezcoOnde histórias criam vida. Descubra agora