twenty-eight

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Ashe estava se esforçando

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Ashe estava se esforçando. O pai dela precisava dela, ele era um dependente químico passando por crises mentais. E apesar de ter batido nela, ele não tinha ninguém. E estava disposto a se recuperar. Paul estava bem. O surto significava que boas mudanças viriam e no auge dele, ele não recaiu. Paul tentou se manter sóbrio, mesmo fugindo para uma casa do interior.

Se ele foi capaz de consertar a situação grave, Ashe acreditava que ela poderia se esforçar também mesmo que o hematoma a lembrasse o tempo todo da crise e a trouxesse medo.

-Minha família está vindo para o Natal. -Ashe conta feliz ao pai dela.

A garota entrou em contato com a família dela italiana materna, quem era responsável legal pela herança, e conseguiu convencer eles a fazerem uma nota a escola dela anunciando a não presença dela na escola por motivos de viagem. A escola aceitou o pedido, devido ao bom histórico dela e boas notas.

E na ligação com a tia dela, um dos poucos números que Paul tinha salvo, eles anunciaram que estariam em Nova York para o Natal e queriam ela presente. Ashe disse que somente iria se o pai dela também fosse. A família Palermo, da Chiara, não gostavam de Paul. Mas eles fariam tudo pela sobrinha deles.

-Ah legal. -o pai dela finge claramente ao responder enquanto assistia a televisão.

-Eu disse a ele que vamos. Eles vão comprar as passagens para a gente ir nesse domingo. -ela fala cuidadosa recebendo um olhar assustado de Paul.

Era uma quarta feira. Fez estava perdendo a cabeça ao ter que dividir ela entre planejar a invasão casa do fornecedor de Mouse para pegar dinheiro e criar teorias sobre o que tinha acontecido com Ashe. Nenhuma estava dando certo. Eu até tentei ajudar, porque tenho ótimos planos, mas ele e muito menos Ashtray queriam minha ajuda.

-Eu e a família da Chiara? Você está ficando doida... -ironiza ele. -Eles me odeiam. Sem condições.

-Pai. Voce disse que íamos passar por isso juntos. E depois disso aqui -ela aponta para o machucado no próprio rosto que ele causou. -Você não tem muita escolha. E eles não te odeiam.

Paul suspira revirando os olhos. Passar o Natal com a família Palermo era algo que não fazia há 20 anos e seria assustador enfrentar isso no momento. No entanto, realmente ele não podia ficar longe da filha que era quem estava dando o maior suporte a ele.

-Eles não me odeiam? Claro, tenho certeza que Chiara vivia falando de mim. -ainda ironizando continua.

Ashe o olha. Era a primeira vez que mencionava o nome da mãe dela sem xingar, ofender ou soar irritado. Era um grande avanço e ela estava feliz com isso.

-Na verdade pai, ela não falava. Procurava evitar sempre para não estragar sua imagem. -confessa a menina assistindo o olhar de seu pai abaixar aí escutar algo inédito a ele.

Era verdade. A mãe dela evitava a todo custo falar de Paul, por isso que Ashe cresceu com a figura paterna como um total estranho a ela. Ela conhecia muito pouco dele até ter que se mudar para East Highland. E ela estava animada para Nova York com a família da mãe, eles eram bem divertidos.

-Tudo bem então... -se convence ele ainda ficado na televisão.

-Ah vai ser incrível. Duas semanas em Nova York, neve, frio, Natal. -comemorou ela. Natal era sua época favorita do ano.

-Calma. Duas semanas em Nova York? Eu não posso ficar duas semanas em Nova York. -balançou a cabeça já negando a proposta. -É muito tempo. Eu prometo ir para o Natal, mas preciso voltar. Combinamos de vender o carro, você se lembra? Preciso estar aqui para isso.

Ashe suspira. Ele estava certo. Duas semanas seria tempo demais. E assim que as aulas voltassem, ela completaria 18 anos e o pai poderia ser internado. Mas ela ainda queria ficar duas semanas em Nova York, não queria passar as férias de inverno em East Highland justamente para poder ter um tempo para si mesma.

-Seria arriscado eu ficar duas semanas em Nova York? -pergunta ela um pouco recuada.

Paul abaixa o volume da televisão e apoia a cabeça no braço se virando para olhar a filha. Ele queria que ela se divertisse e não precisasse de ser babá dele, como está sendo agora.

-Não vejo tanto. Até lá serão quase 4 semanas de abstinência, eu vou ficar bem. Avaliamos como vai ser essa semana aqui, mas eu te garanto que estou me sentindo ótimo graças a você. -Paulo abre um sorriso fofo e confortante a filha. -Você também precisa cuidar da sua vida, beijar uns garotos já que não posso falar de você beijar gente aqui.

-Pai... Você estragou o momento. -Ashe dá um tapa leve em sua própria testa.

-Se eu fosse como você, bonita como o seu pai, jovem, com bom gosto musical, eu já teria beijado a cidade inteira. Foi o que eu não fiz no meu ensino médio. Ainda mais em Nova York, dá pra beijar 15 caras por dia e depois nunca mais precisar vê-los.

-Para, pai.

Assim que eu descobri que a família italiana de Ashe emitiu uma nota solicitando a ausência dela na escola para uma viagem, eu fui correndo contar a Fezco.

-Ela deve estar bem. A família dela não ia fazer um pedido desse atoa...

-Eu não sei, Rue. Como você descobriu isso? -Fezco sopra a fumaça do baseado.

-Pode ser que eu tenha achado a cópia nos arquivos da secretaria da escola, escondido... -a morena diz com medo de ser julgado porque era exatamente o que tinha jeito. -Ela está por aí. E você não me parece feliz com isso.

Fezco estava visivelmente exausto. E preocupado até o pescoço. Ele não conseguia dormir bem, pensando em todas as formas possíveis de como Paul poderia ter agredido Ashe. E ele se sentia ingênuo de ter confiado na mudança do pai dela e de a ter deixado sozinha com ele. Ainda mais puto com Mouse, porque se não fosse a batida da polícia, ele teria atendido das ligações.

-E porque ela não me atenderia? Ou olharia o Instagram? Você sabe como ela adora redes sociais. -questiona ele com poucas esperanças.

-Um retiro espiritual! -Rue estala o dedo andando de um lado para o outro em frente a Milk, -É isso. Ela foi com o pai dela para um fuckin' retiro. Lá não pode usar celular ou telefone. Ashe me parece ser uma menina que iria em retiro.

-Com aquele tanto de energia que ela tem, ela jamais iria num fucking' retiro Rue. E sem me avisar antes? -Fez questiona novamente sem colocar fé na teoria da amiga.

-Vocês não estavam brigados? Desculpa a sinceridade, talvez ela esteja fugindo de você... -Rue tenta abrir um sorriso animador. -Ela deve voltar sexta. O baile de inverno é sexta feira. E não acho que ela perderia esse momento. De qualquer forma, se ela aparecer lá ou se eu tiver mais notícias eu vou te aviso.

-Ok. Chega de teorias loucas por hoje.

Fez apaga o baseado não querendo mais escutar as teorias de Rue. E sim, ele e Ashe haviam brigado. Ele sabia como ela era orgulhosa, mas ela seria ao ponto de viajar e não avisa-lo? Será que ela sentia tanta raiva dele assim?

vocês devem ter percebido que eu estou usando gifs da Kristine Froseth. sei que ela não é nem um pouco parecida com a Brooke Shields, mas a linda da Brooke não tem gifs suficientes. então tive que pegar de outra atriz!

𝐀𝐃𝐃𝐈𝐂𝐓𝐄𝐃 | fezcoOnde histórias criam vida. Descubra agora