Todos nós temos os fantasmas da nossa vida. Ashe achou que sua mãe seria um. Mas no momento atual, o pai dela tinha virado a grande assombração.
A garota começou a ter pesadelos intensos que o pai dela sempre morria de formas diferentes: tortura, atropelamento, queimado, overdose, brigando. Ela tentava salvar ele em todos os sonhos e era impedida por alguma força maior. Fezco acordava com ela se mexendo na cama de diversas formas e as vezes levantando rápido assustada.
Ashe começou a ter medo de dormir. Tentou mudar para o sofá da sala não querendo incomodar o ruivo, porém ele não a deixaria sozinha. Assim que ela se levantava ele a seguia pela casa deitando ao lado dela de novo e a abraçando forte acariciando suas costas. Ele sabia que ela não dormiria de novo, mas só de estar ao lado dele já a deixava melhor. Durante a semana ela ia para casa exausta e voltava mais exausta ainda, dormindo a tarde e sendo interrompida de novo pelos pesadelos. Mas a madrugada era a pior hora.
-Oh my god. -ela se senta no chão do banheiro quatro horas da manhã abraçando a perna e tremendo.
O coração dela batia tão rápido. Os sonhos eram muito reais. Ela podia sentir o calor do fogo ou ouvir o barulho do carro se aproximando ou o gosto do sangue.
-Chi... -o ruivo suspira agachando ao lado dela.
Fezco queria poder dizer a ela que o pai dela estava bem. Porque ele sabia onde Paul estava. Ele se endividou com outros traficantes da zona norte da cidade e o ruivo estava pagando as dividas dele porque queriam o matar. Se ela soubesse que Paul estava assim, ela não aguentaria. E principalmente, ele teria que contar a ela que também era traficante.
E que vendia drogas ao pai dela.
-E se eu tomar algum remédio da sua... -ela se lembra dos medicamentos da Marie que era no quarto bem ao lado.
-Não. -ele corta a ideia dela negando a cabeça. -Aquilo é viciante. Você disse que na sua família tem histórico de vício.
Ashe levanta o olhar para ele triste pelo fato dele estar certo. Fez estende a mão a levando para a sala e coloca algo qualquer baixinho na televisão que no final só ele estava assistindo. Ela estava deitada em cima do corpo dele, com a queixo apoiado na mão e viajando na fumaça densa que ele soprava do baseado que ele fumava, as sardas espalhadas pelo rosto, os verdes dos olhos. Ashe podia passar o dia observando aquilo. O ruivo percebia que ela o observava atentamente, mas ignorou os olhos atentos dela sobre ele.
-Você não precisa ficar acordado por mim. -diz a garota suspirando por Fez ter se tornado uma rocha a ela. Literalmente, todas as forças que vinham dela grande parte era por causa do suporte dele.
Fezco gira a cabeça para vê-la, os olhos grandes e azuis e aqueles lábios vermelhos. Ele não ligava nem um pouco de ficar acordado por ela, jamais que ele a deixaria sozinha agoniada. Se antes já tinha todo cuidado com ela, agora que eram reais, ele se dedicaria totalmente.
-Olha Chi. Eu me preocupo com você. Eu amo você. -ele sopra a fumaça de novo no mesmo tom calmo e sereno de sempre.
Eu amo você.
O sorriso de Ashe aos poucos vai se alargando e Fezco também sorri por ter se declarado de forma tão leve e natural. Ele nem mesmo havia percebido o que saia da sua boca até a falar alto. Tinha um tempo que ele nutria aquilo por ela e sua cabeça já estava acostumada com a ideia que ele a amava. A garota sentiu borboletas no estômago.
-Você disse... -ela tenta repetir a informação.
-Eu te amo? -ele repete sorrindo e as bochechas dele coram sem graça desviando os olhos rapidamente. -Yeah, eu disse.
-Eu te amo, Fez. -Ashe também diz.
A garota não tinha dúvidas também. O ruivo a abraça forte a esmagando em seu peito e ela resmunga em baixo. Ele estragou o momento romântico que ela sempre sonhou. Era o primeiro eu te amo que ela escutou e falou para alguém que estava apaixonada. Mas tudo bem, era o jeito deles.
Fezco sorria, sempre. Quantas vezes vemos ele sorrindo? Isso é amor. Estar aptos a amar, mudar e evoluir.
-Você viu? Eu disse primeiro. Estamos evoluindo. -o ruivo se vangloria.
Ashe sente orgulho por ele. A garota pega o baseado que ele fumava de sua mão, sente o olhar dele atento sobre o que ela ia fazer ainda confuso, e dá um trago. Não que ela gostasse de maconha, já tinha fumado muito e no momento seu corpo somente quis sentir a onda que ele estava. E Fez não queria falar isso alto, mas ela ficou ainda mais gostosa tragando aquilo na sua frente. As duas mãos dela tocam o rosto dele e com os lábios ela passa a fumaça para dentro de sua boca. Ao se separar ele solta a fumaça e o corpo dele formiga. Qualquer coisa que ela fazia o deixava excitado.
Ele coloca a blunt em cima do cinzeiro da mesa erguendo o corpo indo para cima dela. A língua dos dois se conectam na mesma sincronia e Fez a faz deitar de costas no sofá, apertando a cintura dela com força. A barba dele fazia cócegas em seu rosto e ela passa a mão pela sua cabeça o envolvendo ainda mais. Os dedos dela alcançam o zíper da bermuda dele abrindo rápido e ela o toca lá em baixo o sentido duro por ela. Ashe o aberta e ele geme seu apelido. Dessa vez ela fica por cima, e desce com o corpo até alcançar seu membro com a boca.
-Fucking Ashe... -murmura ele puxando o cabelo dela.
A boca dela se preenche por ele fazendo movimentos com a língua para o deixar perdendo a cabeça. Fezco tinha certeza que estava viciado em Ashe, ela causava a maior das ondas que ele já sentiu. E ainda por cima ela passava as unhas pela extensão de sua barriga o fazendo delirar ainda mais. Os gemidos dele só param porque ele queria atingir o ápice dentro dela e ao mesmo tempo que ela. E ele não podia mais esperar.
Ashe arranca as roupas dela rápido tão sedenta e eufórica quanto ele. Se ele já a queria, o desejo dela só aumentava a cada gemido que ele soltava. Ela apoia os dois antebraços no encosto do sofá, curvando bem a coluna e empinando bem a bunda para Fez. Ao ver aquilo, o corpo dele lateja ainda mais. Ele entra dela sem nem ao menos avisar, puxando o cabelo dela de lado e beijando seu pescoço por trás no lado vazio.
-Oh, Fez... -geme alto com todo o prazer que acontecia dentro dela.
A testa dela começava a suar a cada enterrada funda que ele dava. Mas os ouvidos do rapaz atento escuta a chave da porta do quarto de Ashtray girar e num salto ele a puxa, a escondendo atrás do sofá. O mais novo sai do quarto coçando os olhos com a claridade.
-Está tudo bem? Escutei alguma coisa... -ele pergunta vendo metade do corpo do irmão para fora do sofá.
-Tudo chill, bro. -Fez responde dando sinal com os olhos para ele sair dali.
Ashtray espreme os olhos, não questionando mais e volta para o quarto. Fez sabia que iria lidar com ele depois e o fato de terem feito barulho demais. Ashe abafa o riso com a mão na boca deitava e escondida. Ela olha para o ruivo.
-Vamos para o quarto. -define ela saindo na frente rápido.
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𝐀𝐃𝐃𝐈𝐂𝐓𝐄𝐃 | fezco
أدب الهواةAshe Frost está de volta a East Highland, depois da morte da mãe. Seu pai Paul ainda está tentando lidar com a volta da filha e que é exatamente a cara da mulher que o abandonou. Ela só não imaginava que o maior perigo estava em casa e sua proteção...