nine

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(olha esse gif que levei 3 horas pra fazer🥲tudo isso porque é um capítulo especial)

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(olha esse gif que levei 3 horas pra fazer🥲
tudo isso porque é um capítulo especial)

Começou a chover forte. Ashe patinava rapidamente indo em direção ao Milk sentindo a chuva cair em todo seu corpo. Era o karma por ter fugido de casa?

Um alívio surge ao ver o lugar ainda iluminado, mas as luzes prestes a se apagarem por Fezco que fechava a loja. Ele escuta o barulho de algo arranhando na rua e se vira em direção ao som encontrando Ashe completamente molhada e com o rosto visivelmente abalado. Ele segurava uma lanterna e jogou a luz nela para se certificar que era a garota mesmo.

-Preciso beber alguma coisa. -diz ela se aproximando rápido dele e tampando a luz dos olhos dela.

Ashe para bem próximo dele, arrancando os patins dos pés dela em uma urgência que ele não entendia o porque. Ela estava ao menos aliviada de estar em um lugar seguro e com alguém que ela confiava ao lado.

-O que houve Chi? -questiona o ruivo reabrindo a porta de sua loja.

A garota dá de ombros tirando o casaco molhado que vestia, a água escorria pelo corpo dela. Ela entra no local e abre a primeira geladeira de cerveja. Frost nunca bebe cerveja, mas se era o que tinha. Ela ia beber.

-Você não bebe, Chi. -relembra o ruivo a observando atentamente girando os rótulos da cerveja.

-Preciso esquecer o dia de hoje.

Ashe sente o celular vibrando. Não era só a ligação do pai dela que a caçava por todo lugar que a assustava depois de ter quase a agredido. Era principalmente o horário. Fezco percebe a expressão dela perdida ao encarar o horário.

22:30

Quase dois meses da morte da mãe dela. Eu entendo Ashe. Um vazio consome a gente quando perdemos a pessoa que significa tudo no mundo. E nosso corpo age rapidamente tentando preencher esse espaço. É uma merda de sensação que eu lido há um tempo, mas ela era nova nisso.

-Não faça isso, Chi. -ele pede encostando a mão no braço dela.

A pele dela estava gelada. E o toque dele foi quente e macio como um choque que percorre todo seu corpo. Ela o olha rápido suspirando. Não sabia se queria falar disso. Não sabia se devia jogar o medo que estava sentindo de voltar para casa. O medo que sentia da única pessoa que era responsável por ela no momento.

-Meu pai, Fez... -Ashe fecha a porta da geladeira e se senta no balcão da loja colocando o celular longe para a livrar dos pensamentos ruins.

Ele sabia o que tinha acontecido. Fez não precisou questionar muito. Ele lidava com viciados todos os dias e conhecia bem o pai dela. Para piorar, o bom dinheiro que eles tinham feito acabou de vir de Paul, que esteve lá minutos antes. A culpa assumiu o corpo dele ao ver o tom pesado em sua voz.

𝐀𝐃𝐃𝐈𝐂𝐓𝐄𝐃 | fezcoOnde histórias criam vida. Descubra agora