thirty two

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Eu fui arrastada a força para dentro de uma casa

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Eu fui arrastada a força para dentro de uma casa. Por um momento eu achei que morreria sequestrada. Mas era só a consequência de ter um traficante como um amigo e o acompanhar nos negócios.

Rue é jogava contra a parede na cozinha de uma casa, junto com Fezco, Ashtray, uma menina louca viciada em heroína e cercado de caras esquisitos e perigosos. O que ela se surpreendeu mesmo foi ver Paul Frost também contra a parede e visivelmente assustado.

-Se não bastasse esse maluco viciado. -um dos caras carecas e tatuados aponta para Paul e depois pega Mitch apertando seu nariz quebrado. -Você surge com uma criança de 12 anos, duas vadias viciadas e um cara que eu não conheço. Você perdeu a cabeça?

Eles escutam mais um barulho de alguém que tinha os gritos abafados e é jogado para dentro do apartamento. Ashe cai no chão no meio da sala, vestindo uma touca, blusa longa e calça jeans rasgada. Um dos traficantes a pega pelo braço a jogando contra parede, fazendo sua cabeça bater forte. Ela geme alto de dor sentindo toda a cabeça formigar.

-Mano, não precisa disso. -Fezco pede tentando manter a voz calma.

Assim que ele viu Paul, ele temeu por Ashe já que não sabia o que se passava entre os dois nas duas semanas que estavam fora. Mas ele viu nas redes sociais que eles estavam bem. Então algo muito maior rolou nesses últimos dias para chegar ao ponto dele estar na casa de grandes fornecedores.

Holly shit. Era pior do que imaginei.

Rue olhou para Fezco, que olhou para Ashe e depois olhou puto para o pai dela. Ele estava angustiado em ver ela ali. E então ela abriu os olhos com dificuldade percebendo a presença dele, do Ashtray e da Rue. Fez lança o olhar de quem tentava ler a alma dela, foram duas semanas sem ter nenhum contato com ele.

-O que você está fazendo aqui, Ashe? -o pai dela pergunta bastante irritado.

-Cala a boca! -o careca pede. -E agora a Miss Drogas. -suspira irônico juntando as mãos. -Nós não estamos envolvidos em atividades ilegais. A gente não se mete com gente envolvida. E Laurie ali? Não merece essa merda. -ele fala praticamente cuspindo.

O olhar de Ashe encontra o de Fezco que ficou bem mais preocupado por ela estar ali. Ele queria entender o que se passava. E ela também estava surpresa, até porque ele sempre a protegeu de tudo e no momento até ele estava contra a parede. A traficante chama o homem para conversar numa sala e ele volta ligando uma música na rádio.

-Olha aqui. Todo mundo pelado nessa porra. Todo mundo tirando a porra da roupa, agora. -ele ordena.

Ashe estremece com a ordem rígida, ela apertava forte a mão atrás do corpo sem saber o que estava acontecendo e onde estava. E rapidamente ela olha para o pai, estava tão decepcionada por estar ali por ele que era difícil de o encarar. Ashtray é o primeiro a tirar a roupa e o careca o manda o colocar dentro de um armário, por ser uma criança. Ela estremece de novo, porque geralmente o pequeno era o mais agressivo e forte deles e ele foi arrancado dali.

-Qual é, cara. Ninguém tem grampo aqui. -Fezco se preocupa com o irmão sendo levado a força.

-Então prove essa merda, eu não sei quem é você.

A menina próxima a Fezco, extremamente magra e com grandes lábios, reclama dizendo que era óbvio que ela não tinha grampo. Mas o homem pega a cabeça dela e a bate contra a parede, ainda mais forte do que fizeram com Ashe. Mitch tenta pedir calma, e fazem a mesma coisa com ele.

Ashe engole seco se encolhendo ainda mais no canto dela. Ela olha para Rue que escutava tudo calada, apenas observando.

Eu estava muito drogada para entender o quão grave era essa merda.

-Vamos lá. Todos pelados. Anda, gente, vamos. -o careca grita apressado e começa a dançar animado no ritmo da música que tocava.

Paul começa a tirar a roupa, assim como Fezco e a menina loira. Mas Ashe não mexia um dedo. Ela sentia muito medo e ódio por estar passando por isso, porque havia confiado no pai dela esse tempo todo e agora ele tinha recaído. Ela não fazia ideia qual era o envolvimento dele com esses caras. E quando ela viu que um dos traficantes lançou um olhar sério para ela e Fez praticamente implorava com os olhos para ela tirar a roupa pelo bem dela, Ashe tocou a barra da blusa a puxando para cima e ficando com o sutiã de renda preto. Depois disso, ela não tinha mais forças para continuar, acreditando que aquilo era suficiente.

-Vocês não ouviram porra? -o careca se aproxima dela e de Rue praticamente cuspindo.

-Eu não vou ficar pelada na frente do meu pai e de um tanto de gente que eu não conheço. Eu e ela estamos no ensino médio... -Ashe responde firme, lançando um último olhar raivoso ao pai.

Ela nem consegue terminar de falar o careca com força no braço dela a puxando com força para algum lugar dentro da casa. Ashe tenta relutar, mas ele era mil vezes mais forte.

-Hey, hey, não encostem nela... -ele tenta peita-los, mas todos apontam a arma na direção do rosto dele.

Fezco desiste torcendo para que ela ficasse bem já que não podia fazer muita coisa. O careca pega Ashe que arfava sem saber o que acontecia com ela. Ele a pega pelo pescoço e a joga dentro do box do banheiro, ligando a água fria sobre ela. A garota dá um pequeno grito agudo quando a água bate sobre o corpo dela, molhando parte do cabelo. Logo em seguida, Rue é arrastada por outro cara é jogada ao lado da garota, embaixo da água.

-Eu nunca vi putas viciadas terem medo de tirarem a roupa. -fala alto.

-Eu prometo não dizer nada! -Rue fala tremendo parando para respirar pesado.

-Por favor, não faça nada com a gente. -Ashe temia ser estuprada, assassinada ou qualquer outra coisa.

O homem olha para ela como s dela tivesse dito um absurdo e aproxima o rosto mais ainda do dela cuspindo em sua cara:

-Nós não praticamos atividades ilegais. Agora tirem a porra da roupa!

Ashe e Rue fazem o que ele ordenava. E depois são guiadas de volta a cozinha. A pele da garota estava arrepiada de frio e envergonhada pelo o que passou, mesmo que ela estivesse quase toda vestida. A primeira coisa que ela faz é vestir a blusa que estava no chão, abraçando o próprio corpo. Ela não conseguia levantar o olhar de tão furiosa estava com o pai. Ela se segurava para não chorar ali mesmo, porque sentia medo da situação que ele tinha se metido.

Ela escuta Fez ser apresentado e depois pedindo para conversar com a traficante a sós. Passa um tempo e a menina loira pede para se vestir, e eles deixam. Era exatamente o que Ashe imaginou, Paul estava metido com traficantes perigosos assim como Fezco. Ashtray volta e entrega um bloco de dinheiro a traficante que mostra a eles uma mala. Era previsível o que se passava ali.

E quando foi a vez de Paul para conversar com a mulher, ele virou ela e disse:

-Podem tirar minha filha? Eu não confio nela.

Ashe que até então estava cabisbaixa levanta a cabeça vendo que um dos traficantes se aproximava dela e de novo ela era puxada a força, só que dessa vez para fora do apartamento. Mesmo ela se debatendo e Fezco pedindo para pararem. Ele passa a mão no pescoço visivelmente nervoso com a possibilidade dela ter se machucado. Ou de fazerem algo com ela. Algo que o próprio pai dela não parecia ligar.

-Yo, não precisamos disso! -ele resmunga.

-Ok. Pedem para serem gentis com a garota dele. -a traficante ordena, num tom de voz ainda mais calmo que o do ruivo.

Ashe é jogada no chão pelo o cara, as mãos dela apoiam o corpo para não bater com o resto do rosto no asfalto. Ela escuta a porta bater atrás dela, a garota encolhe novamente com medo e levanta o rosto percebendo dois pés parados no chão da sua frente. Ao levantar o rosto encontra Fezco estendendo a mão para levantá-la.

𝐀𝐃𝐃𝐈𝐂𝐓𝐄𝐃 | fezcoOnde histórias criam vida. Descubra agora