Ashe Frost está de volta a East Highland, depois da morte da mãe. Seu pai Paul ainda está tentando lidar com a volta da filha e que é exatamente a cara da mulher que o abandonou. Ela só não imaginava que o maior perigo estava em casa e sua proteção...
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Ashe acordou e pisou fora do quarto se sentindo horrível. Ela saiu devagar com medo da reação negativa que teria que escutar hoje. Eu sei exatamente como é.
Se isso era o que as pessoas usavam para se aliviar, Ashe se sentia horrível no dia seguinte o suficiente para nunca mais repetir aquilo. A pior parte eram os pensamentos ruins que se intensificaram ainda mais.
Ela escutou a voz grossa de Fez ao andar pelo corredor e notou um tom irritado na mesma, coisa que raramente acontecia. Ao aproximar um pouco mais da sala, ainda cuidadosa e se escondendo na parede, percebeu que ele falava alguma coisa séria com Faye. Só pelo o olhar saltado que ela tinha e a cabeça concordando com tudo que ele falava sem parar. E se ela estava fudida, sendo que se drogava sempre, Ashe estaria ainda mais.
-Nunca mais faça isso. Não com ela. -pediu sério e percebeu que o olhar da loira se fixou para algo atrás dele.
Fez gira o corpo e encontra Ashe no corredor parada. O cabelo bagunçado, olhos cansados e a boca seca. Ela estava encolhida. É um silêncio se forma quando ele lança uma expressão de decepcionado a ela. E Ashe não queria se sentir pior do que já estava. A garota dá alguns passos para trás e entra no banheiro batendo a porta para tomar um banho e ter mais 10 minutos para tentar se sentir melhor. Ela achava pelo menos.
Não demorou alguns segundos e Fez bate na porta. Ashe ignora porque não queria sentir a decepção sobre ela, aquilo era doloroso demais. E começa a se despir ligando a água do chuveiro. Mas ele entra mesmo assim com ela pronta para entrar no box.
-Eu não estou bem para ouvir sermão, Fez. -diz ríspida encarando seus olhos.
-Então você não deveria ter se drogado ontem. -ele fecha a porta atrás dele encostando as costas na madeira. -Você foi contra tudo que lutou a favor do seu pai ontem ao injetar aquela merda. Todos os esforços, todas as conversas...
Era exatamente o que ela não precisava escutar. A ficha caiu ainda mais para ela e Ashe prendeu a respiração enquanto o olhar decepcionado dele ia aumentando sobre ela. Ele estava certo e ela sabia.
-Eu estou me sentindo uma merda já. Mil vezes pior do que ontem, e olha que ontem eu estava vivendo um pesadelo. -Ashe fala visivelmente dolorida abraçando o próprio corpo.
Fez une as sobrancelhas sem entender o que quis dizer. E assim que ele viu o corpo dela tremendo e as mãos dela indo em direção ao rosto, escondendo que ela ia chorar, ele percebeu que era bem mais sério. O ruivo se aproxima da garota, com o coração quebrado por ela ter feito isso. Ele passa o braço pelo ombro dela e a acolhe sentindo sua pele fria contra as roupas dele.
-O que houve ontem?
-A droga do meu pai... Disse que não sabia se queria mais ser internado. Depois de tudo que conversamos. Sendo que é a coisa mais certa a se fazer. -fala próxima ao ouvido dele parando para respirar fundo, sentia que até os movimentos vitais estavam difíceis. -E eu queria entender a sensação. E parar de sofrer por isso. Mas só piorou tudo.
