Capítulo 5

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HARPER FLOYDSicília - Itália

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HARPER FLOYD
Sicília - Itália.

— Nervosa? – minha mãe pergunta, mas não me viro para encará-la.

— Um pouco. – confesso, após um longo suspiro e finalmente todo coragem para me virar. – Não é todo dia que me caso.

— Tem razão – ela se aproxima, tocando levemente em meu braço por cima da manga transparente do vestido de noiva – Você está linda, tenho certeza que seu noivo irá amar.

— Assim eu espero – abro um sorriso somente para acalmá-la.

Hoje é o dia mais esperado pelas duas famílias, irei me casar com Sebastian daqui alguns minutos e isso está me aterrorizando. Talvez, seria um pouco mais fácil de lidar com isso, se eu não tivesse ouvindo uma conversa totalmente desagradável dele com minha irmã.

Sei que ouvir a conversa dos outros é totalmente deselegante e falta de respeito, mas não pude me conter. Acabei descobrindo coisas nada agradáveis, que somente me deram vontade de deixá-lo plantado no altar.

— Querida – minha sogra entra no quarto onde estou, sua filha, Beattrice, vem logo atrás com um vestido tubinho na cor vinho.

Ela se aproxima e sorri graciosamente pra mim, percebo que ela segura uma caixa em suas mãos e logo abre revelando um colar com um pingente azul na ponta. Eu já vi ele nas fotos dos antigos casamentos das primeiras-damas, principalmente de Zamara e Analese, que está diante à mim.

— É muito lindo – sinto meus olhos marejados – Eu.. eu estou emocionada.

— Eu te entendo, querida. – ela pega o colar, colocando a caixinha de lado e logo vai para trás de mim e põe o colar sem dificuldade. – Ficou lindo em você..

Dou um sorriso de agradecimento e logo elas saíram do quarto, dizendo que eu deveria descer em dois minutos. Nesse tempo eu tentei ao máximo não ficar tensa ou surtar com tudo isso. O guarda que estava do lado de fora do meu quarto, veio me chamar e logo tratei de me acalmar.

Peguei o meu buquê que é todo de lótus e algumas orquídeas, desci a escada com calma e no final estava dona Analese e sua sobrinha Giana à minha espera e logo a mesma sorriu pra mim e estendeu sua mão.

— Pronta? – perguntou, me avaliando com seus olhos incrívelmente verdes

— Talvez

Dito isso, continuamos nosso percurso até o local que aconteceria a cerimônia. Um lugar grande e com cores lindas, o noivo já tinha entrado e em seguida os padrinhos, por fim sobrou à noiva.

Meu coração não está cabendo no peito, a ansiedade e o medo estão tomando conta de mim por inteira. Ao sentir a mão do meu pai tocando minha pele, e encontrar seu sorriso acolhedor meu coração se acalmou.

— Não precisa ficar com medo. – me garantiu – Vai ficar tudo bem

— Sentirei saudades – assumi, já com os olhos cheios de lágrimas contidas. Ele não disse nada, somente agarrou-me em um abraço acolhedor e paternal. – Eu amo você.

— Eu também te amo, minha menina – deposita um beijo na minha testa e logo se ajeita, estendendo seu braço e sorrindo pra mim.

Se passaram longos e tortuosos minutos, até que a marcha nupcial começou à ser tocada por uma lira, o que fez eu olhar desacreditada para o meu pai que somente sorriu e olhou para frente quando a porta foi aberta, revelando um lugar grande e abarrotado de pessoas.

Começamos a caminhar devagar e com atenção, todos estavam em pé e não desviavam sua atenção de mim. Sinto olhares de muitas pessoas sob mim, eles estão me avaliando e pelas expressão até julgando.

— Não ligue pra eles. Curta o momento, você é incrível. – meu pai disse, tirando um leve sorriso meu, que se desfaz quando percebo que estou no pé do altar.

Sebastian está lindo e elegante com esse terno de três peças na cor azul marinho e com uma gravata rosa bebê, o cabelo parece ter sido arrumado e bagunçado por uma mão, seu brinco está a mostra junto com uma tatuagem ao lado da orelha.

Ele arquea suas sobrancelhas loiras quando percebe que o encaro demais. Sem jeito, viro-me para o meu pai e sorrio logo recebendo um beijo na testa.

— Cuida bem dela.

— Com a minha vida, se for necessário. – prometeu, e isso fez eu me acalmar um pouco.

Meu noivo estende sua mão e eu meio trêmula acabo pegando e sinto o calor de sua pele, ele sorri quando sente como estou nervosa e suando frio. Sebastian me ajuda a subir no único degrau do altar, me levando até o padre e logo soltando minha mão.

— Precisa se acalmar – sussurra, enquanto o padre não para de falar.

— Não dá, estou apavorada – respondo sussurrando, ele dá um leve sorriso.

— Respire fundo, segure por três segundos e solte. – faço o que ele pede, na terceira vez já sinto-me melhor.

— Obrigada – sussuro, pelo quanto do olho vejo ele focado no padre e eu decido fazer o mesmo.

Posso estar sendo bem precipitada, mas isso mostrou que ele realmente tem a intenção de cuidar de mim. Não estou sonhando em ter um casamento de contos de fada, só quero ser respeitada. Sei que é difícil algum homem ser fiel dentro dessa organização, só ele não fazendo isso na minha cara eu já agradeço.

Terei meus filhos, lhe darei um herdeiro pra isso tudo e serei a Primeira-Dama que todos sonham. Não prometer que serei incrível como essas mulheres são, mas usarei o que sei de melhor para ajudar e cuidar das pessoas.

 Não prometer que serei incrível como essas mulheres são, mas usarei o que sei de melhor para ajudar e cuidar das pessoas

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MIA DOLCE, HARPER! - 3Onde histórias criam vida. Descubra agora