MIA DOLCE, HARPER! - 3

Capítulo 14

HARPER SAVÓIA

— Solta essa arma agora, Naoly!

— Ora.. se não é minha irmãzinha, que me roubou tudo! A minha atenção, a minha boa vida e meu.. – ela move o olhar até Sebastian, que está logo atrás de mim. – O meu esposo, o homem que eu teria em meus braços para o resto da vida!

— Deixa de ser louca! – Sebastian toma a frente, escondendo meu corpo atrás do seu. – Eu nunca fui seu, e nunca serei. Você é uma louca que precisa se tratar urgentemente, eu só sinto pena de você, Naoly.

— Não, não! Não fale uma coisa dessas meu amor. – ela dá passos na nossa direção, abaixando a arma e olhando de forma assustadoramente apaixonada – Você e eu teremos um belo futuro pela frente..

— O seu futuro será dentro de uma clínica de reabilitação — meu marido resmunga, o que fez Naoly fazer uma careta e apontar sua arma para nós dois.

Um pouco mais perto de nós está Armando e Donatto, irmãos do meu marido, apontando armas na direção da minha irmã. Ela está irreconhecível, os olhos estão profundos com olheiras, está usando uma calça preta e uma blusa branca com furos. Eu soube que nosso pai havia tirado Naoly de casa, mas não à deixado desamparada. Essa não é a menina vaidosa que eu sempre conheci e tentava imitar.

Respiro fundo, dando passos para frente. O foco de Naoly agora está em mim, passo por Sebastian que me olha confuso e segura o meu braço, tentando me impedir de prosseguir. Seu olhar demonstra que está preocupado comigo, não é para menos, já que minha irmã está nitidamente alucinada.

— Não faça isso.

— Eu ficarei bem. – dou-lhe um sorriso cúmplice – Sei como lidar com Naoly, acalma-se.

Volto minha atenção à Naoly, me aproximando dela de cabeça erguida. Os olhos azuis da minha irmã estão com um tom avermelhado, suas mãos tremem ao segurar à arma. Com a visão periférica, posso vê Sebastian dá à ordem para os seus irmãos se aproximarem com cautela de Naoly.

— Se afaste, queridinha. Não irei exitar em atirar! – dá um passo pra trás.

— Abaixe essa arma, eu sei que você só quer chamar atenção. Pronto, estamos todos aqui, lhe dando a atenção que tanto desejou.

— Cala-boca!

— Estou mentindo? Anda, responda! – dou mais um passo – Foi esse o intuito não, é? Por isso se deitou com meu marido e os irmãos dele antes do encontro, você queria chamar atenção, ter o mínimo de possibilidade de tê-lo.

— Eu o tive primeiro que você, irmã – abre um sorriso, dando um passo na minha direção – Sebastian me amou primeiro, me usou e pronunciou as melhores palavras de prazer! Ele já fez isso com você, ou apenas meteu e saiu como se fosse uma puta qualquer?

— Puta qualquer é você! Que aceitou ser de três ao mesmo tempo, e olhe pra você agora, está parecendo uma louca para chamar atenção deles – saco a minha arma, que estava escondida no cós da minha calça jens preta – Mas a única coisa que consigiu é que eles sentissem pena, pena por você ser uma pobre coitada que não se valoriza.

— Infeliz!! – esbranja, apontando a arma para o céu e atirando várias vezes.

Aproveito esse momento e destravou a arma, o barulho faz com que minha irmã me olhe rapidamente. Aponto a arma na sua parte e atiro, ouvido seu grito de agonia e seu corpo indo ao chão. Sua arma não sai da sua mão, mas agora os meninos correm até ela e a seguram. Naoly se debate nos braços de Armando, enquanto Donatto arranca a arma da sua mão.

— Você será enviada à um manicômio! Espero que lá você tenha bastante tempo para aprender à se valorizar. – falo, ao vê os meninos passarem com Naoly ao meu lado.

— Não ache que ficará assim, Harper! Você vai me pagar caro por tudo isso, ouça o que eu digo, você será uma mulher morta – esbranja, quando os soldados já estão à retirando da mansão.

Fecho imediatamente meus olhos, sentindo a carga de ansiedade passar pelo meu corpo após o ocorrido. Minhas mãos tremem, sinto minha cabeça rodar e meu estômago embrulhar. Os braços de Sebastian se entrelaçam na minha cintura, me trazendo um pouco de conforto nesse momento.

— Acabou, meu amor.

— Não! Eu sei como Naoly pode ser vingativa, teremos que ficar de olho nela. – respondo, ainda de olhos fechados.

— Ficaremos de olho. – fala – Os homens estão fazendo a ronda dentro da casa, quando derem o okay, vamos entrar e tomar um banho quente.

— Hey, banho quente? – brinco, sentindo seus beijos no meu pescoço.

— Do jeito que você preferir – aperta minha cintura, mordiscando meu pescoço sensível.

— Vão para o quarto! – Donatto passa por nós, com uma mão nos olhos – Essas coisas nojentas eu não preciso vê.