ZOMBIE

Bônus: A decisão de Bruno

Bruno Narrando 

Eu estava ciente de que ainda estava apaixonado pelo Danillo, mas as coisas do passado estão me magoando muito, e se eu mexer com isso, vai acabar me deixando ainda mais mal. Depois que tudo aconteceu, nós todos fomos morar em uma casinha, era pequena, mas conseguia aguentar todo mundo. 

Para mim aquilo era um novo começo de vida, eu não tinha que fixar correndo atrás de cérebro, e isso era um tanto ótimo. Eu andei percebendo que Carlos estava um pouco pensativo esses dias, e acho que eu sabia o motivo. Estava sentado no banco que tinha no jardim da casa, Carlos se senta  ao meu lado e segura em minha mão que estava em meu joelho 

- o que tanto você tem pensado esses dias ?- perguntei curioso 

- e sobre o Danillo, quando nós estávamos no acampamento, ele me disse que ainda e apaixonado por você, e Bru, eu sei que você também e apaixonado por ele  

- Caca, eu não sei se consigo entrar nesse mundo novamente, eu me aventurei uma vez com o Danillo, e ele me magoou 

- Bru, não foi culpa dele, ele era um adolescente quase inocente, então para ele aquilo também estava errado, já que ele se considerava hétero - falou Carlos calmamente 

- Caca, eu não quero mexer com essas coisas agora 

- Bru, tenta resolver isso, sem você se magoar e sem magoar o Danillo, ele e uma boa pessoa e merece uma segunda chance - falou ele se levantando 

Eu não sei se estava pronto para iniciar novamente o que me magoou no passado. Mas em uma coisa Carlos tinha razão, Danillo e uma boa pessoa. Me levantei do banco e comecei a andar pela calçada, as pessoas estavam, uma reformando casas, outras reformando algumas lojas.

Perto de onde morávamos, adentrando um pouco a mata, tinha um lago, e eu gostava muito de ir lá para pensar nos meus problemas. E assim eu fiz, entrei no meio do mato, e logo cheguei ao lado, me sentei na beira e fiquei olhando para o horizonte 

- por que essas coisas sempre tem que acontecer comigo ?- perguntei para mim mesmo 

na mesma hora sinto uma pessoa se sentando ao meu lado 

- me desculpa estar te atrapalhando, mas e por que essa vista e extremamente linda - falou o homem me encarando 

- não tem problema, fique a vontade 

- o que um garoto tão lindo como você, faz aqui sozinho ?- perguntou ele olhando para a frente 

- as vezes eu venho aqui para pensar, e algumas vezes da certo

- fazia alguns meses que eu estava querendo falar com você, mas quase nunca você estava sozinho 

- como assim ?- perguntei confuso 

- eu sou o pai do Danillo 

nesse momento eu me levantei, e claro fiquei um pouquinho assustado 

- não se preocupe, quero apenas conversar - falou ele calmamente 

- mas você está morto

- Sim, eu estou morto, mas ainda não consegui alcançar a luz, por tanto eu fiquei penando aqui na terra, ainda tinha algumas pendencias para resolver, e a ultima que falta e sobre o Danillo - falou explicando lentamente

me sentei novamente, e continuei olhando fixo para a frente, logo depois de uma respirada ele começa 

- eu tenho que admitir que eu errei, não deveria ter separado você do meu filho, mas naquele momento para mim aquilo era errado, e eu queria a todo custo acabar com a felicidade de vocês dois 

- o Danillo me contou o aconteceu, mas eu estou com muita raiva dele, não consigo perdoa-lo - falei dando um meio sorriso 

- você deveria estar com raiva de mim, o Danillo resistiu muito quando eu levei aquela stripper para ele, mas eu acabei ameaçando ele, e aconteceu o que aconteceu. Bruno, eu sei que vocês são apaixonados um pelo outro, tenta dar uma chance para ele 

- eu não sei se consigo remexer novamente no passado - falei deixando uma lagrima cair 

- tente por favor, eu preciso sair desse mundo, e é apenas isso que me segura aqui 

- bom, eu vou conversar com ele, mas não garanto nada 

- já e um começo - falei ele dando um meio sorriso 

me levantei da grama e andei, quando me virei de costas já não havia mais ninguém ali sentado, entrei na mata, e logo já estava na cidade, andei um pouco e mais a frente estava a nossa casa, entrei na mesma, e na sala estavam Carlos, Edu, Isaac, Gael e Davi 

- cadê o Danillo ?- perguntei com uma certa pressa  

- ele está no quintal dos fundos - falou Gael apontando 

Carlos me deu um sorriso singelo, ele já sabia do motivo da minha procura por Danillo, retribui o sorriso e logo andei até o quintal do fundo. ele estava sentado na grama, cutucando a terra com um graveto. Me sentei ao lado dele e sorrindo ele me olhou

- podemos conversar ?

ele apenas sacudiu a cabeça afirmando 

- Dani, por muito tempo eu tentei te esquecer, depois do que você fez, eu achava melhor me afastar e assim eu fiz, mas você nunca saia da minha cabeça 

- Bru, eu não tive culpa no que aconteceu, eu te amava de verdade e o meu pai fez aquilo para separa nós dois, e eu acabei caindo feito um patinho - falou ele ainda olhando para o chão 

- Dani, você ainda me ama ? 

- Sim, eu tentei ficar com muitas mulheres, mas sempre me vinha você na cabeça 

-bom, vamos faze o seguinte, se eu pretender te dar mais uma chance, você promete que não vai me magoar de novo, por que eu não sei se suportaria - falei encarando ele 

- eu nunca mais vou fazer nada para te magoar, eu quero ficar com você 

aproximei lentamente nossos rostos, sentia a respiração dele, o seu perfume caseiro que era inalado pelo meu nariz, logo nossos lábios colocaram, e parecia que todas as memorias do passado, haviam se tornado lágrimas. 

Ao separar o beijo, notei uma pessoa a mais no local, olhei para trás de Danillo e lá estava o pai dele que apenas sussurrou um "obrigado", e logo se desfez numa luz que subia para o céu.

- ok, agora que vocês já se acertaram, não atrapalhar vocês, sejam felizes - falou Carlos saindo  

- Caca, espere, vamos conversar 

- Bru, você o ama, e eu já saia que isso poderia acontecer 

- Carlos, eu também te amo - falei chorando 

- eu também te amo Bruno, e muito, mas você não pode escolher nós dois 

- claro que posso, eu sei que você e o Danillo tem uma química muito forte, só que ainda não perceberam 

- Bruno, isso nunca vai dar certo - falou ele limpando meu rosto com o dedo 

- vai sim, apenas confie em mim - falei o puxando pela mão - se beijem - pedi assim que se aproximei de Danillo 

- tem certeza ?- perguntou Carlos confuso 

apenas balancei a cabeça afirmando, Danillo passou a mão pela cintura de Carlos, e logo os dois encostaram os lábios, dava para sentir a química perfeita que os dois,  e deu para perceber também, por conta das duas ereções que estavam presentes ai no momento. Me aproximei dos menino e me juntei fazendo um beijo a três. 

Depois de um tempo nós tivemos nosso primeiro sexo, e foi extremamente magnifico, eu pedi os garotos em namoro, já que eu sabia que era o único que iria ter a coragem para fazer isso. Passou mais um tempo, nós conseguimos um casa, e agora moramos sozinhos, as vezes temos umas brigas e desentendimentos, mas tudo logo se resolve.