Para deserdar e recomeçar

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— E pelo poder a mim concedido eu vos declaro marido e esposa. — o cerimonialista falou. — Pode beijar a noiva.

Namjoon deu risada pelos gritos que nós, Los Puritanos, demos e puxou sua esposa para seus braços, enchendo-a de beijos.

— Esse é meu garoto! — Jin gritou.

No casamento de Namjoon, ele não convidou mais do que sua familia, a família de sua noiva e nós dos Los Puritanos e nossos acompanhantes.

Era um lugar lindo. Um salão em meio ao terreno verde de gramas altas, mas bem cuidadas. Cheio de árvores com frutos ou sem frutos, espalhando suas folhas por todo o salão por culpa do vento quente que esbarrava em todos os cantos.

Aquele lugar era romântico. Talvez fosse a proximidade com a natureza que sempre foi um fator essencial para o romance. Ainda mais com a vista do pôr do sol, e a vista do enorme lago degraus abaixo do salão.

Taehyung e eu tivemos a liberdade de ficarmos juntos durante toda a pré e pós cerimônia, porque ninguém ali parecia se importar em nos julgar por estarmos de mãos dadas ou cochichando no ouvido um do outro. Talvez fosse porque o casamento de Namjoon e Becky trazia aconchego demais para julgamentos alheios.

— Eles são tão lindos que me dá até vontade de casar. — Yumi comentou.

— Sério? — Jin a encarou de canto de olho.

— Não! Pelo amor... Ah! Parabéns, minha querida! — Yumi correu abraçar a noiva assim que os dois desceram do palanque.

— Obrigada! — a nova senhora Monroe retribuiu ao abraço com animação. — Ah, minha amiga, estou tão feliz!

Namjoon também se aproximou e ganhou vários tapinhas — leia-se tapões — nas costas vindos de Jin, parabenizando-o, Jungkook abraçou-o e eu dei um peteleco em sua nuca.

— Ok, agora, por favor, dispersem esse grupo, porque não aguento mais vocês! — Namjoon balançou os braços para nos afastar. — Vão comer, ver o lago, dançar, apenas saiam!

— Ingratidão! — Jin mostrou a língua e puxou Jungkook consigo para atacarem a mesa de comidas.

— O que acha de pegar um prato de comida e sumir daqui? — sugeri ao Tae.

Ele concordou de imediato. Então nós nos servimos dos salgados e doces que ali tinham e seguimos a escadaria abaixo até as beiradas do lago.

— Mal vejo a hora de ser a nossa vez. — Tae disse quando nos sentamos lado a lado abaixo de uma árvore nas beiradas do lago.

— Hum?

— De casar.

— Ah. — sorri bobo e comi um petisco para disfarçar. — É. Temos que marcar uma data.

— Temos. Mas você ainda não contou para seus pais.

— Desculpa. — fiz uma caretinha. — Eu disse que contaria em uma semana e agora já faz quase um mês. Você deve estar bravo.

— Está tudo bem, querido. — ele segurou a minha mão. — Não quero te pressionar. Depois da nossa briga daquela vez... Eu entendi o que quis dizer. Entendi o seu medo.

— Parece que alguém se tornou compreensivo. — brinquei. — Mas eu preciso vencer esse medo, porque também não é justo com você. Eu só estou tentando conciliar a ideia em minha cabeça. Sempre que tento pensar, entro em loucura.

— Bem, de qualquer forma, saiba que não vou sair do seu lado. — ele disse. — E se quiser contar comigo junto, estou disposto.

— Sei que está. Obrigado.

Greenaway ໒ kth + mygOnde histórias criam vida. Descubra agora