E se as coisas fosse diferentes?

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-Marília Mendonça deu entrada no hospital aqui de Minas e está em estado grave, só sobreviveram três pessoas no acidente.

Ele diz e eu choro aliviada.

-Tudo bem, estaremos aí o mais rápido possível.

📱 Ligação off 📱-Marília tá viva, em estado critico, faça as malas, vamos pra lá agora. -Digo e Ruth corre pra arrumar as coisas e eu ligo pra Maiara que estava tão agoniada quanto eu.

📱 Ligação on📱

-Arruma as estaremos indo pra Minas Gerais agora, Marília tá viva mas em situação crítica, só três sobreviveram e eu não sei quem são os outros dois, vem pra casa da Ruth, agora Maiara.

📱Ligação off📱

Separo umas roupinhas pro Léo que dormia sereno, Ruth desce com o celular na orelha.

Ruth- Tá, ok, estamos a caminho. -Ela desliga e olha pra mim. -Os outros dois sobreviventes são o Bahia e Silveira. -Ela diz e eu choro, choro por saber que estão vivos e choro pela óbito do piloto e do copiloto.

Maiara chega e Gustavo descidiu ficar pra apoiar nas coisas por aqui. Fomos correndo pro jatinho particular e nos olhamos, minha mulher, mãe do meu filho acabou de sofrer um acidente de avião e a gente vai precisar entrar em um, com meu filho junto.

-Vamos? -Pergunto olhando pra elas.

Maiara- Precisamos. -Ela diz e olho pra dona Ruth.

Ruth- A gente precisa. -Diz e entramos.

-Deus está conosco. -Digo.

- Amém! -Falam ao mesmo tempo, Léo dormia no meu colo com sua naninha de leão e com sua chupeta, a mamadeira já estava feita pra quando ele acordar.

Fui rezando o caminho todo rezando pra que tudo desse certo, pra que minha mulher consiga, pra que Bahia e Silveira também conseguissem, pra que chegarmos em vida. Chegamos Léo acordou chorando e meio perdido.

-Shiii, calma filho, a gente já vai pousar, Shiii. -Digo fazendo carinho nele, era hora do mama, então peguei a mamadeira e ele foi tomando, o avião deu uma tremida.

Mai- AI MEU DEUS! -Grita ao se assustar, via pânico em seus olhos, Ruth e eu não estávamos diferentes, Léo se assusta.

-Calma irmã, calma, tá tudo bem. -Digo e Ruth vai segurar ela colocando o cinto.

Copiloto- Estão bem? -Pergunta.

-O que aconteceu? -Pergunto.

Copiloto- Não sabemos, já vamos pousar, estamos na pista, coloquem o cinto. -Ele diz e eu suspiro aliviada, Léo estava calmo brincando com minha mão enquanto mamava, ele tinha esse costume.

Pousamos todo bem, pegamos as coisas e o carro já nos esperava, eu tô com tanto medo, mas preciso ser forte, pra minha irmã, pra minha sogra e pra meu filho, fomos direto ao hospital, deixamos tudo dentro do carro e corremos a recepção.

-Precisamos de informações sobre Marília Dias Mendonça, Henrique Bahia e Silveira Dias Mendonça. -Digo

-Pode me dizer seu nome por favor e se é familiar. -A moça diz sem nem ter olhado para nós ainda mexendo no sistema atrás da Marília.

-Minha namorada, sou Carla Maraisa. -Digo e a moça olha pra mim, para Ruth, para Maiara e para Léo.

-Ai meu Deus. -Ela diz ao nos olhar mas logo se recompõe. -Perdão, sou muito fã de vocês, mil perdões. -Ela pede e continua. -Ela deu entrada, está na sala de cirurgia, Henrique Bahia o mesmo mas o estado não é tão grave, Silveira Dias está estavel mas também em cirurgia. -Ela diz e eu respiro fundo segurando choro.

Ruth- Mas ela vai ficar bem? -Pergunta.

-Eu não posso te responder isso dona Ruth, não tenho essa resposta. -Ela diz cabisbaixa.

Mai- Podemos falar com um médico?

-Vocês podem aguardar na sala de espera que logo ele vira falar com vocês.

Fomos pra sala de espera e Léo tava dengoso, passou vinte minutos e Léo já estava começando a ficar um pouco stressado.

-O que foi meu filho? calma meu amor. -Digo fazendo carinho no rosto dele que queria ir pro chão.

Mai- Acho que ele tá impaciente igual a mamãe, a titia e a vovó. -Diz.

Léo- Anda mama, anda. -Ele diz pedido chão.

Coloco ele no chão e ele quer andar.

-Não filho. -Digo e ele faz carinha de desapontado.

Mai -Vem, vamos passear meu amor, vamos explorar a cantina daqui. -Diz segurando a mão dele.

-Obrigada metade. -Digo beijando a testa dela.