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TaeHyung não conseguia pensar coerentemente, a cena que acabara de ver ficava se repetindo em sua mente num looping infinito e torturante.
Precisava sair dali agora.
Com seu coração batendo tão forte que parecia estar prestes à sair de seu peito, correu para o elevador e apertou o botão para ir ao estacionamento de forma desesperada. Quando as portas de aço fecharam em sua frente soltou tudo o que estava segurando; começou a chorar compulsivamente, soluçava e às vezes até se engasgava, tudo o que mais queria naquele momento era apagar sua memória, apagar Suho de sua vida, queria nunca tê-lo conhecido.
Mas infelizmente conheceu, infelizmente se apaixonou e infelizmente acreditou que seu sentimento fosse recíproco, TaeHyung se sentia um idiota por ter acreditado nas palavras de Suho, nas belas mentiras que ele contava. Devia ter desconfiado mas estava cego de amor, convicto de que aquele seria o homem de sua vida, estavam com a merda do casamento marcado. O que diria para seus familiares e amigos que haviam recebido o convite? Oh, sabe o Suho? Vi ele fodendo com a secretária, então não vamos mais nos casar.
TaeHyung não sabia o que fazer.
Quando as portas do elevador se abriram, correu para seu carro e entrou nele, caindo no choro mais uma vez enquanto tinha sua testa apoiada no topo do volante. Aquela dor que sentia não desejava a ninguém, aquela sensação de insuficiência, a dor da traição apertando seu peito, as mil e uma suposições que passavam em sua mente. Suho não estava pensando em TaeHyung enquanto metia na loira e gemia seu nome, não estava pensando em TaeHyung enquanto chupava os peitos dela, tudo isso na porra do banheiro da festa, onde qualquer um podia ver. Não queria acreditar que eram os gemidos de seu noivo, mas quando abriu a porta daquele banheiro que ficava mais afastado, não ficaram dúvidas. Era Suho.
— Merda, merda, merda! — bateu os punhos contra o volante, antes de novamente apoiar sua testa ali. — Eu quero morrer.
Sussurrou a última parte, sua garganta já se encontrava seca e sua cabeça latejava.
Estava tão imerse nos próprios pensamentos que sequer notou que tinha alguém batendo no vidro de seu carro, só percebeu quando esta pessoa bateu com muita força. TaeHyung deu um sobressalto, já havia parado de chorar mas seu rosto estava molhado então apenas o secou depressa com as mangas de seu blazer. Ajeitou seu cabelo e por fim, abaixou o vidro, suspirando ao ver quem era.
— Você está bem? — o de cabelos pretos perguntou.
— Eu pareço estar bem, Jeon? — respondeu, olhando para frente. O estacionamento estava vazio, a festa estava só começando então ninguém iria embora agora.
— Quer que eu te leve pra casa? Você não pode dirigir assim. — ofereceu, ignorando a resposta ríspida de TaeHyung de segundos atrás.
TaeHyung estava pronto para lançar um “me deixa em paz”, só que Jeongguk estava certo, não podia dirigir transtornado daquela forma.
Ficou em silêncio alguns segundos, se concentrando ao máximo para não voltar a chorar porque detestava demonstrar fraqueza na frente dos outros. Puxou ar para os pulmões e não fez contato visual com Jeongguk, que aguardava uma resposta ainda abaixado a altura da janela.
Ele soube que TaeHyung havia topado quando destrancou a porta.
Jeongguk se afastou para que ele pudesse sair e ele se manteve evitando contato visual, não disseram nada enquanto caminhavam até o carro de Jeon. Entraram no veículo de cor preta e colocaram os cintos, decidiu que não perguntaria nada a TaeHyung. Primeiro porque eles não tinham intimidade alguma, segundo porque ele provavelmente não ouviria já que estava perdido nos próprios pensamentos.
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34+35
Fiksi PenggemarTaeHyung sente seu mundo cair diante de seus olhos quando descobre a traição de seu noivo, ficando completamente desesperado sobre o que faria com o casamento de data marcada. O que ele não imaginava era que Jeongguk, seu colega de trabalho, fosse s...