34+35

13; crazy night

Assim que Jimin estacionou na frente da boate, TaeHyung já pôde ouvir de fora o música alta. Após saírem do carro e comprarem as entradas, TaeHyung sentiu-se nostálgico ao adentrar o ambiente escuro com algumas luzes coloridas e músicas sensuais e dançantes, pessoas flertando e bebendo, dançando com seus parceiros de um jeito bem erótico. O cheiro de álcool, tabaco e calor humano preenchiam o local, é como se você pudesse sentir de longe o tesão das pessoas.

Apesar de ter passado por algumas reformas, ainda era a boate que TaeHyung costumava ir com Jimin em seus dias de glória como adolescente e jovem adulto. Naquela época, TaeHyung era extremamente seguro de si, chegava nas pessoas de forma confiante, conseguia ficar com qualquer um que quisesse sem muito esforço – qualquer uma também. Aquele TaeHyung jamais choraria por conta de uma traição, ele provavelmente se vingaria fazendo mil vezes pior, não abaixaria a cabeça, mas a dependência emocional o corrompeu.

Quando dizem que relacionamentos tóxicos são graves é porque eles realmente são, TaeHyung perdeu sua própria essência. Na época estava tudo bem, mas agora que acabou, consegue enxergar que as coisas nunca estiveram bem de fato.

Era como se estivesse dentro de uma bolha e agora fora, podendo assim, ver tudo melhor.

— Está pronto, meu bem? — Suho adentrou o quarto, onde TaeHyung terminava de se arrumar.

— Sim, vamos. — se levantou da cadeira da penteadeira e ao se virar para Suho, viu sua expressão mudar.

— Você vai assim? — ele perguntou, embora seu tom fosse calmo, a pergunta foi muito rude. — Não acha que sua maquiagem está muito forte?

— O que há de errado? — franziu as sobrancelhas, se virando para o espelho. — Sempre usei sombra escura assim, me sinto bonito.

— Oh meu amor, você não precisa de tanta maquiagem para ficar bonito. Te dou dez minutos e você se ajeita, pode ser? — sugeriu Suho, TaeHyung ficou sem palavras.

Então, apenas balançou a cabeça em concordância.

Desde o início, Suho minuciosamente foi moldando TaeHyung, o mesmo nem percebeu nada, até terminarem e ver que o TaeHyung pós Suho não tinha nada a ver com a pessoa que era antes de conhecê-lo.

— Ei, acorda! — Jimin gritou, chamando a atenção de seu amigo que já estava imerso nos próprios pensamentos. — O que achava de começarmos com um shot de tequila? Só para esquentar o corpo.

— Só um? — o sorriso de Jimin cresceu.

— Você está voltando ao normal! — o garoto disse alto, como se pudesse ler os pensamentos anteriores de TaeHyung.

Pediram dois shots para cada e viraram sem cerimônias, depois disso, cada um pediu um drink. Viraram para a pista de dança e ainda encostados na bancada do bar, começaram a passar os olhos pelas pessoas que dançavam – especificamente, as que estavam desacompanhadas.

— Qual a sua meta? — perguntou Jimin, fazendo TaeHyung rir.

— Não somos mais dois adolescentes, Jimin. — o rapaz riu. — Eu nem sei mais flertar.

— Ah, para! Não se subestime, TaeHyung. — disse Jimin com um sorriso no rosto, procurando sua presa na pista de dança.

Um rapaz loiro de olhos azuis, de físico magro, alto, dançava sensualmente sozinho, aproveitando a música enquanto deslizava as mãos pelo próprio corpo. Ele imediatamente chamou a atenção de Jimin, que não perdeu tempo em abordá-lo.