18 - Salte Para Fora.

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De frente ao espelho, com uma toalha enrolada em sua cintura. Já era o quarto dia desde que começou a tomar o remédio. Era Clorozopam administrado para ser tomado de 12 em 12 horas, e verdade seja dita, estava melhor do que há cinco dias atrás. Sentia-se menos esgotado e mais disposto para falar a verdade. Sabnock tinha razão sobre o que havia falado.

— Claro que tinha, estava esperando o que? — riu consigo mesmo balançando a cabeça negativamente.   

Vestindo suas roupas, cueca box, calça jogger quadriculada, um hoodie preto e um cachecol saiu para tomar café na rua. Teria mais dois dias de paz antes de voltar ao trabalho. Hoje é até o fim de semana não veria o Doutor, pois este estava trabalhando com seu pai, depois que Tony insistiu. Esse era um caso com Claude Delco, seu cunhado. Os três iriam para a Colômbia, pois havia indícios de um Quartel com traficantes que estavam envolvendo terrorismo no meio e um possível atentado aos Estados Unidos e algo que atingiria Miami que estava na rota de perigo.

Saindo de casa, resolveu ir caminhar pela cidade, tentando se desprender de velhos hábitos. A medida que passava próximo a uma quadra aberta em que alguns garotos jogavam basquete, a bola laranja parou em seus pés.

— Joga pra gente, tio. — disse o garoto pardo que não aparentavam ter mais que 16 anos.

— Aí está. — jogou com uma mão para o mesmo garoto.

— Valeu, tio. — respondeu voltando a correr e quucar a bola no chão.

Apenas balançou a cabeça e seguiu seu caminho. A medida que avançava parou em uma padaria afim de tomar uma vitamina quando seu celular tocou. Na tela o nome da Governadora estava em evidência quando atendeu.

— Alô, sra. Governadora. Ao que devo a sua ligação? — perguntou olhando para alguns pães e bolos.

— Alô, tenente McGarrett. Gostaria de falar com você pessoalmente. — falou em seguida.

Ângelo estranhou o tom aflito em sua voz e fez uma rápida análise. Por muitas vezes era tido como um gênio da análise criminal e havia um motivo para isso, não precisou de muito para saber que a Governadora tinha uma arma apontada para si.

— Estarei aí o mais rápido, possível. — afirmou passando a língua entre os lábios e respirou fundo guardando o objeto.

O gabinete não ficava tão longe e assim ele ele seguiu a pé. Puxando a colt da parte detras da calça ele andou cautelosamente, sempre de costas para alguma coisa para que não fosse pego de surpresa. O garoto percebeu que três dos seguranças estavam mortos e ainda mantendo-se atento checou os homens. O primeiro assim como o segundo e o terceiro tinham um tiro na região da cabeça, foi a queima roupa e por não indicar reação estava parecendo ser alguém conhecido no mínimo.

Pulando a janela que dava na sala da recepcionista, estranhou a ausência da mulher, em especial quando passava pelo balcão. Subindo pelas escadas de maneira silenciosa se locomoveu até a sala que estava entre aberta. Devagar verificou se alguém a mais estava na sala e o que o surpreendeu foi a mulher debruçada sobre a mesa com um buraco na testa sangrando. Sabia que em algum canto havia uma câmera e quando pensou em pegar a câmera ouviu passos e se virou arregala do os olhos.

— O QUE? Mas você, eu não...? — foi atingido por um golpe na cabeça que o fez desmaiar.

A pessoa de estatura mediana, colocou a 9mm em sua mão e em seguida saiu do local. Ângelo acordou com a chegada da SWAT e antes que pudesse pensar em algo Daniel tinha uma SMG apontada em sua testa, assim como mais dois homens.

— O que você fez? — Daniel falou entre os dentes surpreso pelo que estava vendo.

Ângelo levantou só nesse momento percebendo que havia uma 38 na sua mão e nesse momento entendeu tudo.

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⏰ Última atualização: Apr 16, 2022 ⏰

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𝐂𝐈𝐂𝐋𝐎 𝐃𝐄 𝐑𝐄𝐄𝐍𝐂𝐀𝐑𝐍𝐀𝐂̧𝐀̃𝐎Onde histórias criam vida. Descubra agora