[McNock] [+18]
Aonde Mandy pergunta a Kally como pode Ângelo McGarrett, o bondoso e gentil agente do FBI pode se apaixonar por um demonio, um anjo caído na verdade. A semideusa mais velha apenas a responde contando uma pequena história, do tem...
No escritório da UAC, na parte de baixo. Algumas mesas estavam colocadas espalhadas, mas juntas. Uma grande tela ficava na parede e perto dela a mesa eletrônica. Francine carregava em suas mãos alguns arquivos, Dan e Kira, agora estavam a frente da mesa eletrônica e no piso superior, tendo vista do todo, com uma mão apoiada na cerca metálica estava Willen Harris vigiando tudo com sua carranca e o motivo tinha nome e sobrenome: Ângelo McGarrett.
Sim, ele não ia com a cara do jovem veterano de patente alta da equipe de SEALs. Lógico que por mais que o jovem tivesse seus méritos, muitas vezes sendo chamado de "Capitão América" da equipe 09. Por ser mais velho ele jamais admitiria que aquele garoto de aparência delicada estivesse naquela posição. Kira dizia que podia ser inveja da parente, mas o mais velho era responsável pela sede da UAC no Quantico. Assim como Tony McGarrett comandava a sede de Miami, mas ainda assim, ele pegava no pé do jovem líder da equipe.
Tudo começou quando Ângelo retornou da França. O garoto virou lenda para o mundo, não tinha quem não falasse de seu feito histórico. Aos trinta o atual, tenente-coronel havia pulado em cima de uma granada que fora jogada por inimigos no acampamento de sua equipe, mas bravamente o garoto usou seu corpo para proteger seus comandados e ainda assim não conseguiu salvar a todos. Para um gay assumido, aquilo foi a cereja do bolo para o resto de seus superiores e comandados o respeitasse. Aquilo causou seu aposento por TEPT e na época, lesões. Um milagre ele ter saído com vida e inteiro, fisicamente inteiro.
Em sua maioria, não havia quem não o conhecia ou tivesse ouvido falar no Franco-Americano. Sim, na visão de Willen, para piorar, McGarrett não era nascido nos Estados Unidos, embora fosse registrado. Ele era apenas um francês registrado como americano. E como se o destino odiasse ele, Ângelo quando retornou da França foi chamado a sala do governador. O homem quis que ele comandasse sua equipe, mas o garoto não quis de primeira, então ele falou que topava se pudesse escolher os membros.
Os primeiros foram Dan Guan Shan e Kira Ono. Indicados pelo comandante da força tarefa do Hawaii, eram primos e bons no que fazia. O jovem conhecia o comandante da força tarefa Cinco-0. Era seu primo de terceiro grau na verdade e assim como eles, os indicados também eram primos. A seguinte, era Francine Dusqueine. Ela era uma amiga de sua mãe que havia ingressado na academia de polícia, após um caso, o jovem a chamou de imediato e por último, o menos esperado. Com o Transtorno de Estresse Pós Traumático, seu pai havia indicado um psicólogo que era seu amigo fé longa data e isso porque o jovem estava se recusando a passar com qualquer outro psicólogo. E foi por causa de um caso, que ele foi escolhido como consultor, já que o mesmo recusou trabalhar diretamente.
Não entendia como aquele homem conseguiu em pouco tempo, o que ele não conseguiu em trinta anos de sua carreira. Olhava agora o mesmo homem que estava divagando sobre chegar, acompanhado do consultor doutor Sabnock. Kira comenta algo que arranca um sorriso do mesmo. Lamentou apenas o braço de McGarrett Júnior estar quebrado. Seria tão bom para ele se a notícia fosse de que Ângelo estivesse morto ou com uma crise que provocasse sua saída da UAC também. Com uma apertada forte na barra de metal da cerca, entrou em seu próprio escritório antes de seguir para a sala de autópsia.
O corpo da jovem menina ainda estava sobre sua mesa. O trabalho como legista era o seguinte: abrir a menina e ver o que foi feito com ela. Se bem que estava claro para ele, o que havia sido feito com ela. Agora vestido com o jaleco branco, já com as luvas postas, apoiou ambas as mãos na mesa metálica abaixando a cabeça. Ela era tão jovem e bonita, tinha a vida toda pela frente, para um maldito qualquer ir lá e acabar com a vida da jovem em questão de algumas horas.
Afastando-se por fim, pegou seu bisturi e verificou cada órgão. A jovem criança era saudável, não havia nenhum sinal de doença aonde quer que fosse e isso o deixou com raiva, mas o pescoço estava marcado, pareciam mãos ao seu redor, mas não havia sinal de digitais e a parte do reto final inchado e destruído, assim como sua genitalia confirmando suas suspeitas. O que essa menina não sofreu? Estava igual ao outro, confirmando ser um serial-killer.
Redijiu o laudo da autópsia e andou até o centro da sala. Francine passava as imagens do corpo do primeiro garoto e depois da segunda. O fator era mais ou menos sempre a mesma faixa etária e a mesma fisionomia. A loira explicava a situação entre aquelas crianças, havia mais imagens de meninos de sete a treze anos que sumiram no Oregon com esse mesmo padrão, ou seja, ele não era novo nisso e o último slide mostrava a foto da menina de seis anos que sumiu no parque a quase cinco horas.
- A forma como ele age é sempre a mesma. Enquanto comete seu ato de sodomia, ele asfixia a vítima com cordas. - começou Harris colocando os papéis do laudo sobre a mesa ao lado. - Seu padrão era sempre os meninos e sua marca era a asfixia por corda. As únicas excessões a regra foram essa garota, Melanie Antenora, e a pequena que sumiu McKenna Smith.
Francine, Kira e Dan prestavam a atenção no que ele falava diretamente. Os olhos de Ângelo estavam entre as imagens na tela e o que o legista explicava, para ele estava claro que era um fanático por John Wayne Gace. Sabnock apenas olhava aqueles papéis do laudo.
- Você tem algo a sugerir, sr. McGarrett? - o tom era o mesmo de sempre. Quase como um deboche ou falta de respeito de sua parte.
Se virando, o comandante olhou em seu rosto, agora notava que o jovem tinha um corte na bochecha que tinha quatro pontos e um do lado esquerdo que pegava do pé da orelha até a sobrancelha, tendo uns seis pontos. Como sempre aquele rapaz era impertinente, então olhou para ele antes de responder.
- John Wayne Gace.
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Notas da Autora:
Willen Jackson Harris:
Willen Harris é um ex General do exército e atual diretor e legista do FBI. Aos seus 62 anos está a frente da direção da UAC do Quantico. Ele possui uma visível rixa e preconceito com o comandante e líder da Unidade, achando que o garoto chegou aonde chegou por influência de seu padrasto. E isso só piora por ele ser jovem e bonito. Esse ódio é visível em momentos em que ele força Ângelo a trabalhar, mesmo quando acaba sendo machucado em campo, como aconteceu quando foi sequestrado.
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Lawrence Fishburne foi ótimo para representar esse personagem.