Quantico - Virginia;
Unidade de Avaliação Comportamental;Ângelo McGarrett tentava desvendar o que havia acontecido naquele local e já se passavam horas. Passou a mão em seu rosto, o outro homem tinha seus afazeres e sua equipe estava pesquisando em campo. Aquilo significava que somente ele havia ficava do escrito na UAC. Levantando de sua cadeira foi até o armário pegando o whiskey na jarra bonita acompanhado de um copo onde depositou uma boa quantidade.
Colocando a mão em sua cintura ao deixar novamente a jarra no lugar, levou o copo consigo até estar na frente da janela. Olhava um ponto cego abaixo aonde ficava as cadeiras e mesas dos seus comandados. Acabando de perfilar o descon estava prestes a sair do escritório quando um barulho na parte de baixo da sede. Rapidamente saca a sua arma da cintura e começa a andar cautelosamente para ver quem estava lá, parou rente a cerquinha de metal olhando as mesas e a porta de entrada. Aparentemente tudo no lugar, estranhando o que havia acontecido desceu ainda segurando a arma na não até que seu telefone toca. O nome na tela indicando quem era.
- Ângelo ainda está no escritório? - A voz foi firme do outro lado da linha.
- Doutor, não é como se eu não tivesse nada o que fazer. - Seus olhos ainda estavam atentos ao lugar.
- Foi falado que não era para você estar trabalhando tanto. Não estou só falando como seu médico. - mais uma vez a voz soava seria e um tanto preocupado.
- De qualquer... - o barulho de uma caixa caindo se fez presente fazendo o jovem se virar em alerta.
- O que houve? - perguntou.
- Nada é só um gat- - Ângelo foi atingido na cabeça e apenas o baque do corpo se chocando no chão foi ouvido.
- Ângelo? - Nenhuma resposta foi escutada. - ÂNGELO??? - Falou mais alto.
Passos lentos foram escutados. Um aparentemente homem vestido em um terno branco andou até o celular no chão pegando ao reconhecer a voz.
- Sabnock, o Marques do Inferno. Não sabia que alguém como você tinha algo tão precioso consigo. - disse o homem enquanto olhava para o jovem no chão.
- Asmodeus! - Falou entre os dentes. - O que você quer com ele? - O rosnar veio estrangulado e meteria medo em qualquer outro demonio, mas esse não parecia ter medo algum.
- Você sabe. Sou o pecado da luxúria e ele bom... Me parece tão puro. - o riso maligno e malicioso foi ouvido nitidamente. - Sem falar de que ele tem um potencial de ser mais forte que o resto dos imprestaveis. Talvez eu o torne um de nós.
- Se tocar em um fio de cabelo desse garoto, eu vou te matar. Juro que eu mato! - Gritou Sabnock perdendo o controle que tanto tinha pela primeira vez em milênios.
- Minhas suspeitas estavam certas e as lendas também. - constatou curioso. - Sem ameaças, eu já toquei. - pegou pelos cabelos do jovem e tirou uma foto de seu rosto mandando para o outro em seguida. - Vou levá-lo e mesmo você sendo um Serafim vai demorar um pouco pra acha-lo. Tempo suficiente para que eu faça o que tenho de fazer. Até lá, adeus "mestre".
O tefeone foi deixado no chão e em um estalar de dedos já estavam no inferno, na sala do trono. Ângelo foi jogado no chão e Asmodeus ordenou que o deixasse amarrado em uma cela que ele iria cuidar desse pessoalmente. Sabia que os sigilos aguentariam tempo suficiente, mesmo ele sabia estar brincando com fogo.
No escritório na mansão do Serafim Caído, esse estava sentado na poltrona olhando fixo para a foto em seu celular. O doce garoto desacordo e a mão segurando seus cabelos daquela forma. Ódio e raiva se misturaram em seu interior e quando ele não sentiu a presença de Asmodeus ou que podia entrar no inferno facilmente, o grito estridente ecoou pela mansão. Em quem esse demonio de quinta estava confiando para ousar a confronta-lo? Não interessava agora e o que ele queria dizer com as lendas? Não viria ao caso agora, quanto antes forçar aqueles sigilos, mais podera estrangular o quarto dos pecados capitais.
Com o garoto pendurado pelos pulsos, era suficiente para deter um humano, em uma bandeja ao lado haviam de facas à agulhas. Os olhos cristalinos passeavam pelo ambiente escuro notando a bandeja, sua situação e o homem agora vestindo um avental de açougueiro. Engoliu em seco, isso não vai acabar bem para ele.
- Olha só quem acordou! - disse o homem caminhando contra ele com a faca pontiaguda em mão.
Passou aquele objeto pelo rosto fazendo um corte, a princípio superficial, fazendo sangue sair por ele, os olhos do menor se fecharam e o pânico se fez presente em si. Os lábios tremularam e fazer algum esforço foi instinto, mas tudo o que conseguiu foi ganhar um golpe atrás do outro. A medida que os cortes foram mudados de lugar, Ângelo prendeu os gritos de dor na garganta como pode.
- Por isso que você é um humano diferente. - Falou deixando a faca na bandeja. - Caindo nas graças do próprio Marques do Inferno. Evento único de se acontecer. - pegou outro tipo de faca.
- O que? - Os olhos se arregalaram. - Não, isso não...
- Ah! Você não sabia? - falou com falso arrependimento. - Uma pena. - lamentou falsamente chegando mais perto, o empalando com aquela lança pontiaguda.
Os olhos se arregalaram. A dor era descomunal. Já conseguia sentir o gosto do sangue em sua garganta, mas o grito foi contido. O rosto esquentou tamanha a força que fez para não gritar. Sua respiração ficou ofegante e quando levantou o olhar, não só o rosto como os olhos do homem estavam mudados, suas orbes brilhando em um dourado demoníaco. Aquilo não era possível.
[...]
Seaford - Delaware;
Praça;Enquanto isso, do outro lado da cidade. A loira estava sentada no encosto do banco, enquanto a morena estava deitada com a cabeça apoiada nos braços. O vento passou pela mesma e a filha do deus da morte sabia que algo estava acontecendo. Seus olhos fecharam por um minuto se concentrando nem tendo noção disso quando tomou um susto com a voz da loira.
- Kally e essa sua história foi para que mesmo? - olhos bicolores olhavam para baixo, nos ambares da menor.
- Foi você quem ficou curiosa com aqueles dois lá no Quantico. - piscou os olhos. - Aí eu contei a origem de tudo isso, do porquê de um "demonio" se apaixonar por um humano é vice e versa. - Levantou seus dedos para fazer aspas com os dedos, enquanto permanecia deitada.
Mandy olhou para Kally sem ter o que falar, afinal a amiga estava certa sobre isso. Então ela tratou de desconversar naquele momento.
- E por que essas aspas em demonio? - questionou a loira mudando descaradamente o foco da conversa.
A morena estalou a língua no interior das bochechas e franzindo o canto dos lábios respondeu por responder.
- Você sabe! Ele não é um demonio qualquer. - se levantou apoiando-se nos braços sustentados pelas mãos que estavam no banco. - Aquele é o senhor Serafim caído. Com sete asas, o próprio Marques do Inferno. - tirou as pernas do bando durando o corpo. - Vamos para um hotel. Eu cansei de ficar a verigua.
Caminhou contra o carro vermelho, esperando a outra que veio logo em seguida.

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𝐂𝐈𝐂𝐋𝐎 𝐃𝐄 𝐑𝐄𝐄𝐍𝐂𝐀𝐑𝐍𝐀𝐂̧𝐀̃𝐎
De Todo[McNock] [+18] Aonde Mandy pergunta a Kally como pode Ângelo McGarrett, o bondoso e gentil agente do FBI pode se apaixonar por um demonio, um anjo caído na verdade. A semideusa mais velha apenas a responde contando uma pequena história, do tem...