Doce surpresa

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Quase todos os preparativos estavam prontos para a grande festa, comemorando mais um ano de paz no reino doce e Gumball queria que tudo fosse perfeito como açúcar de confeiteiro em cima de uma suculenta sobremesa, ele arruma perfeitamente seus cabelos rosa escuro, não poderia haver nem sequer uma mancha na sua pele chiclete, ele avaliava as roupas reais tendo certeza que estava certo, coloca o pente delicadamente na penteadeira, e se vira para falar com um dos seus guardas banana.


— Os preparativos já estão prontos? As massas estão arrumadas, o bufê? A musica? Quero que seja o melhor baile, nem a Lemongrab pode estragar as coisas. — O guarda olha para um lado e para o outro, sem responder qualquer uma das perguntas — conversei com o canelinha é melhor não darem algodão doce, você sabe o que aconteceu da ultima vez, então está tudo como o planejado?


— Eu fiz um desenho... é seu majestade. — O guarda entrega um desenho, com um guarda banana sorridente e um príncipe, boneco de palito, com uma enorme seta escrito "vosê" com s ao invés de c — aqui, onde tem escrito você...


— Bom trabalho, acho que você e os outros guardas merecem um descanso depois de tanto trabalho, pode ir. — O guarda abraça Gumball que fica desconcertado, não sabia lidar com contato físico muito bem — Boa noite dezesseis.


O guarda sai feliz, deixando Gumball sozinho como sempre, ele adorava os bananas, mas as vezes seria bom ter guardas que realmente guardassem alguma coisa, a noite estava fria e o príncipe fecha a janela, quando se lembra nitidamente que havia fechado no começo da noite, se virando e dando de cara com Marshall lee, soltando um gritinho mais fino do que gostaria.


— Meu Glob quase que você me mata. — Marshall apenas sorri mostrando suas presas, o príncipe se recompõe rapidamente — Pode me dizer o que faz no meu quarto? Não tenho tempo para o que quer que seja isso.


— Eu não posso só ter vindo pela festa? dizem que ano passado foi incrível o que algodão doce fez com o canelinha. — Gumball tenta apagar aquilo da memória, dava arrepios só de pensar, ele sabia que Marshall não estava ali por nada, ele nunca vinha em seus evento, muito menos visitava o reino doce — O pessoal daqui é bem bobinho, por isso não curto muito açúcar.


— Se só veio falar mal de meus súditos, e me insultar, pode sair — Marshall olha confuso quando o príncipe diz que ele o insultou, e Gumball diz um pouco envergonhado — Eu sou feito de açúcar...


— Eu não estava falando de você, se minha opinião importa tanto você é um doce que não me enjoa, um pouco ácido tenho que dizer... — Gumball estava quase saindo do quarto, mas ainda queria saber o motivo da visita, batendo o pé impaciente — Fionna me pediu para vir aqui, ela me contou que você usa essa festa de paz entediante para secretamente comemorar seu aniversário, sem que ninguém saiba, por isso eu trouxe os presentes delas, já que estão em missão agora.


— Como Fionna descobriu?.... só pode ter sido, mono! — Gumball grita da janela e em poucos minutos seu fiel amigo lorde monocrómicornio aparece com seu longo corpo negro — você contou meu segredo para a cake não foi?


"Amigos servem para isso" Mono não sabia falar por isso usava código de casco, poucas pessoas entendiam, por isso para alguns ele era calado demais, mas para Gumball ele era um tagarela "Pare de ser um estraga prazeres"


— O que você disse? Volta aqui mono! — ele diz mais algumas coisas, mas Gumball preferia não traduzir, o unicórnio vai embora deixando novamente Marshall e ele sozinhos — Certo, me dê logo esses presentes, mas só se nenhum de vocês mencionar meu aniversário de novo.


— Fionna sabia que você ia dizer isso e me disse que só ia aceitar se contasse quantos anos está fazendo. — Marshall entrega uma sacola com alguns pacotes — porquê depois de você rejuvenescer e envelhecer outra vez todos perdemos a conta.


— Eu também... faço dezoito, como ano passado, mas faz dois anos que eu tive quinze, e antes disso fiz dezoito de novo, se surpreenderiam com a minha idade, doces demoram para envelhecer — Marshall parecia curioso para saber a resposta, ele flutua até a cama de Gumball onde ele começa a olhar os pacotes – tenho 827 anos... surpreso?


— Eu tenho 1003 então continuo sendo mais velho, agora abra essas caixas ridículas ou eu vou completar 1004 esperando — Gumball pega o primeiro, um pacote azul com fita verde, abrindo ele encontra um pedaço de chiclete, mais especificamente seu cabelo, ele pega um pedaço e engole, ainda era bem doce como sempre — Isso é a coisa mais perturbadora que eu já vi.


— Quando se solta do meu corpo não é mais meu é só um doce e sei o que está pensando, não, não são pedaços dos meus súditos que eu ofereço nas festas, são apenas doces comuns. — Marshall ainda mantem uma cara de nojo, Era uma coisa que apenas o povo doce entendia, afinal quando se é feito de doce e só come doce precisa saber separar — Aqui tem uma carta " roubei de você porquê tava afinzona, mas agora tô em outra, então tó ai, assinado: Fionna" e tem um desenho incrivelmente musculoso do príncipe de fogo... Fionna sempre sendo um doce, vou mandar um cestas e um cartão depois.


— Não é nem um pouco estranho ela ter um pedaço do seu cabelo? Sério mesmo? — O príncipe não via mal algum, ela era uma boa amiga com hábitos controversos como todos em Ooo — Certo esse eu acho que é da cake.


Ele abre olhando um pouco seu conteúdo e fechando abruptamente com o rosto avermelhado, Marshall tenta espiar, mas o príncipe não deixa, dando uma explicação vaga.


— Acho que esse é pro mono. — Talvez devesse explicar o quanto aquilo era impróprio para cake, mas não sabia o que colocar na cesta no caso — Estou seriamente repensando se foi uma boa ideia.


Ele pega um ultimo pacote, preto sem qualquer identificação, Gumball olha para Marshall que desvia o olhar, abrindo com cuidado, dentro tinha uma camisa com dois doces empalados e uma enorme cobra, ele não conhecia, mas podia dizer que se tratava de uma banda de rock.


— Bem talvez a Cake tenha me contado a semanas e eu tenha te trazido um presente também. — Marshall dizia indiferente, mas seus olhos se mantinham em Gumball esperando uma resposta — Pode dizer você odiou, ela é muito... Eu.


— Acho que não é uma boa ideia dar uma camisa de doces mortos para o príncipe deles, mas... eu gostei.


Gumball abraça a camisa, ela era confortável ao toque, não apertada, ou era sufocante quanto suas roupas normalmente são, seu cheiro também não era doce, uma mistura de madeira e lavanda, um cheiro que nunca encontraria no reino doce, ao perceber que Marshall o encarava ainda mais ela diz um baixo obrigado colocando de volta na caixa, mesmo que fosse algo que ele nunca vestir, mas realmente era um gesto doce de Marshall algo que o príncipe nunca imaginou dele.

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