Agridoce

De volta a realidade insípida

Gumball finalmente termina de se arrumar, seu rosto completamente vermelho só de pensar nas coisas que fez ele realmente devia ter ficado louco, só podia ser, se qualquer um do conselho soubesse minimamente sobre isso.

— Então alteza eu estava pensando que quando você estiver livre a gente pode...

— Eu preciso ir agora, tudo isso atrapalhou minha agenda completamente, Glob! Tenho tanta coisa para resolver — Gumball começa a pensar em todas as coisas que tinha agendado hoje a melhor forma de organizar para que nada atrase muito — Espero que de tempo, posso agendar algumas coisas para outro dia, mas a reunião sobre a pavimentação tem que ser hoje e...

— Se acalma PG vamos tomar café e conversar com calma depois pensamos em...

— Oh não, não, eu tinha uma reunião com príncipe negócios depois do café, estou completamente atrasado! Você tem que ir embora agora. — Marshall fica olhando para Gumball de um jeito que ele não sabia explicar — Isso séria um desastre.

— É tão ruim assim ser visto comigo? O mordomo menta já sabe que eu estou aqui, não precisa de tudo isso.

— Somos aristocratas! se nos virem juntos vão pensar que há algum envolvimento entre nossos reinos, isso poderia levar a uma guerra! — Marshall estava muito convencido, claro que ele entendia o que Gumball queria dizer, só era ruim a sensação de ser expulso daquele jeito depois de uma noite como aquele — Eu preciso ir e você tem que sair daqui... por favor...

— ... Tudo bem, só me diz que vamos nos ver em breve.

— Nós vamos, eu prometo... meus compromissos hoje são todos pela manhã, conversamos mais tarde.

— Okay, já vou... eu mereço ao menos um beijo?

— Marshall!

O vampiro sorri indo embora e Gumball... bem ele se sente um pouco mal por deixar o vampiro ir por isso ele vai até o maior e dá um leve beijo em sua bochecha antes de correr para seus compromissos sem olhar para trás, Gumball se sentia um adolescente apaixonado e isso era humilhante em comparação ao seu intelecto, sua mente em constante conflito pensando se isso era um declínio ou um avanço, Ainda mais com a falta de empatia de Marshall com os deveres reais de Gumball, ele achava mesmo que o garoto preferia passar o dia inteiro resolvendo problemas e mais problemas? Mas alguém tinha que fazer, ele tinha prometido ao seu povo.

— Príncipe Gumball... — Aquela voz era obviamente do príncipe negócios e parecia bem irritado o que era compreensível pela demora, ele estava sentado na mesa de café da manhã e menta estava parado ali provavelmente contando inúmeras mentiras para acalmar o príncipe — O problema no rio doce foi resolvido?

O príncipe negócios não era de um dos reinos mais conhecidos de Ooo, normalmente ele se recusava a participar de reuniões reais já que primeiramente odiava confraternização e preferia conversas sérias e debates, além disso ele tecnicamente não era um príncipe de nascença e sim ganhou seu trono com suas estratégias de negócios o que tornava seu reino um tanto neutro politicamente, por isso ele passou a ser quase um juiz sendo consultado quando dois reinos estavam em crise, só de olhá-lo dava para perceber sua neutralidade, usava um terno preto simples com uma gravata de mesma cor e óculos grandes, seu cabelos era puxados para trás, a única diferença dele para qualquer homem de negócios do seu reino era um clipe de outo na sua gravata, Gumball e outros já se confundiram ele inúmeras vezes com cidadãos comuns.

— ...Ah, sim... desculpe o atraso, foi um problema bem persistente. — Gumball assenti devagar, ele era péssimo com mentiras, ficava completamente nervoso e sempre era pego, por isso tenta mudar de assunto — Me desculpe pelo ambiente da nossa reunião, não pude tomar café ainda por causa do problema, sei que prefere ambientes mais formais, novamente peço sinceras desculpas.

— Quando cheguei o seu mordomo estava colocando dois pratos mesmo parecendo surpreso pela minha chegada... espero não ter atrapalhado qualquer plano seu.

— Ah isso... não é que — Gumball devia ter avisado sobre a reunião, mas ele tinha completamente esquecido por causa do... não importa, ele tinha que criar uma respostas que não pareça tão idiota — Eu tinha um café com o general banana... sobre o rio, mas ai eu lembrei da nossa reunião que estou muito curioso para saber o motivo.

— ... Certo, bem na última reunião dos príncipes você e Marshall saíram parecendo irritados, os outros ficaram com certo... medo, do que isso significava.

— Oh... eu não achei que tinha sido tão aparente. — é claro que ele sabia, mas não tinham comentado nada ainda, quase tinha esquecido daquele acidente, mas a verdade era que boatos deviam estar correndo o tempo todo — Não precisa se preocupar... Marshall e eu nos resolvemos, só foi uma discussão amigável, nenhuma questão política envolvida.

— Você sabe que a posição dele na união dos reinos é bem instável afinal ele não é o regente do reino dele, isso nos deixa em uma posição bem precária. — Gumball se encolhe, ele entendia tudo aquilo, foi o motivo de Marshall sempre recusar os convites para reuniões com os príncipes e nunca criar atrito entre os outros — Ele resolveu aparecer o que já é uma surpresa e depois vocês dois saem visivelmente irritado é óbvio que todos vão se perguntar, além disso aquela música....

— Então pergunte a ele sobre isso! Glob, se eu soubesse o que acontece naquela cabeça eu já teria enlouquecido com certeza. — Gumball já esperava a visita daquele príncipe era um mal presságio sempre — Nos tivemos uma desavença foi isso apenas, mas tudo foi resolvido, a menos que eu ouça mais murmúrios de príncipes chegando a você com preocupação infundadas, isso com certeza deixara as coisas mais complicadas para todos, entendido?

— ... Se sua majestade diz, manterei a calma entre todos, mas precisa fazer algo público para mostrar o que diz, palavras não param guerras, devia saber disso.

— Farei algo, se acabou sabe onde fica a saída.

O príncipe negócios se levanta tendo acabado, seus passos ressoam pelo Palácio enquanto Gumball surta, era isso que Marshall não entendia, tudo o que eles faziam tinha consequências para todos, cada passo era analisado por dezenas de pares de olhos, as relações que todos tinham eram frágeis demais e qualquer coisa podia destruir tudo.

— Quer que eu coloque seu café novamente majestade? Precisa se manter saudável, você parece bem pálido está manhã... e trêmulo.

— Não estou com fome, só me traga alguma daquelas porcarias magicas que você faz para energias ruins, se meus outros compromissos forem como esse será um dia daqueles.