Gumball tinha um zelo gigantesco com a sua rotina, nunca se atrasava para um dos compromissos reais e sempre se preparava para muitas casualidades, mas alguns imprevistos eram inesperados até para ele, enquanto estava na prisão do castelo gelado esperava o tempo certo para Fionna aparecer, seria uma luta rápida e ele voltaria a tempo de um relatório de todos os guardas banana além de dar sorvete para todos.
— Oh sua bundona! Toma isso. — A rainha olha para a janela e uma onda de chamas destrói metade do castelo jogando a rainha longe, Gumball fita o príncipe de fogo que voa sem tocar no chão — Foi a Fionna que me ensinou isso... eu posso falar com você?
— Bem isso foi bem mais rápido do que eu esperava, vamos para um lugar menos... derretivel. — a estrutura iria desmoronar a qualquer momento por isso Gumball chama mono que chega rapidamente e os dois voam pelo céu sem ligar nenhum pouco com o reino gelado desmoronando — Vamos para o meu laboratório? É um lugar mais reservado.
— Ótimo, obrigado.
Gumball no caminho todo fica curioso pensando o motivo do príncipe de fogo querer conversar com ele, os dois se conheciam das inúmeras reuniões entre príncipes, mas não eram próximos para visitas, Gumball até tinha marcado aquela informação na sua agenda pessoal.
Os dois chegam no reino doce indo direto para o laboratório de Gumball, enquanto andava o cheiro de doce derretido se espalhava no ar, os pés do príncipe de fogo afundando alguns centímetros no chão, Gumball anota mentalmente para manter o garoto longe de coisas inflamáveis, no laboratório ele pede para o garoto se sentarem em uma cadeira de metal, tinha feito rapidamente os cálculos e acreditava que ele aguentaria o calor.
— Então o que você queria conversar? — O príncipe de fogo parecia nervoso com a aquela pergunta, e Gumball percebe que se trata de um caso particular, algo que estava incomodando o príncipe — É algo privado?
— É que... eu queria fazer uma pergunta já que você sabe tudo sobre ciência. — Gumball fica sério se era uma pergunta científica com certeza era algo realmente importante, ele pega sua prancheta pronto para ser extremamente profissional — Eu e a Fionna estamos juntos, mas... eu sempre queimo ela sem querer e eu queria saber se tem um jeito de ser mais próximo dela sem uma queimadura em qualquer parte do corpo...
— Contado físico de nível superficial ou... — O príncipe de fogo fica praticamente incandescente então Gumball fica nervoso pensando que entendeu o recado, um contato físico de nível profundo, sua mente não consegue parar de pensar no dia anterior com Marshall ali no laboratório — Um jeito de suas chamas não queimarem, mas mesmo assim o manter vivo...
— Eu sei que é um pedido impossível eu só... não quero desistir dela, você entende, não é? — Gumball fica um tempo pensativo e depois assenti, o príncipe de fogo podia não saber, mas Gumball estava passando pelas mesmas dúvidas — Humanos são delicados demais, se continuar do jeito que está um de nós vai ceder e não sei qual dos dois vai sentir mais.
— ... Talvez você não tenha. — Gumball vai até sua estante, ele precisava de um livro específico, ele lembrava de ter lido algo em algum experimento, ele encontra um dos livros vendo seu sumário — ... Aqui! Fogo que não queima, como prepará-lo, vamos testas em uma chama aparte e depois em você.
— Certo, o que eu tenho que fazer?
O príncipe parecia pronto para qualquer coisa, Gumball pede uma amostra do seu fogo analisando sua composição, além disso pediu um resumo do povo de fogo, seus corpos não eram de fogo, mas sim cobertos internamente e externamente aumentando suas temperaturas, ele podia diminuir e aumentar sempre com um limite máximo, se ficasse muito quente ia superaquecer e se fosse muito frio iria ficar fraco, sua dieta era basicamente carvão mineral e comidas queimadas, qualquer coisa que poderia ser usada como combustível dependendo do material dando mais ou menos combustível.
— Com esse princípio podemos dizer que sua habilidade de queimar depende da sua alimentação como uma chama comum. — Se esse princípio estivesse correto Gumball talvez pudesse ajudar, ele pega um pouco de algodão e álcool pedindo para o príncipe de fogo acender, com uma pequena fagulha a chama se tornando azul — Chama azul, considerada um fogo frio, os humanos podem tocar sem muito ardor, se minha teoria estiver correta...
— Se eu começar a comer certo combustível posso diminuir a força das minhas chamas? — Gumball sorri para o príncipe, não era uma solução perfeita, mas ele e Fionna podiam fazer funcionar — Acha que vai dar certo?
— Não sei... Mas vale a pena tentar, por precaução leva um carvão com você se precisar. — O príncipe olha para o algodão e álcool fazendo uma cara de desconforto, e Gumball o tranquiliza — Não precisa comer algodão eu sei o substituto perfeito, algodão-doce, uma especialidade o reino doce.
— Podemos testar? Talvez se você me apagar e eu me reabastecer com seu algodão doce possamos ver o resultado. — Gumball chama o mordomo menta pedindo os suprimentos que precisava, não tinham água então teria que servir — Eu estou nervoso.
— Vai funcionar e se não... sei que vocês vão arrumar um jeito...
O mordomo menta volta com tudo que era necessário para o experimento era a hora do resultado final, eles vão até a área de testes onde Gumball praticamente explodia coisas, o príncipe de fogo se senta no chão e Gumball fita ele esperando um sinal, o príncipe assenti e Gumball joga o balde nele fazendo todo seu corpo chiar e ele ficar fraco, suas chamas já passavam para um tom mais azulado, mas ele estava fraco demais para qualquer coisa, Gumball entrega para ele o algodão doce e um pouco de vinho seria a porcentagem boa de álcool para a reação química.
— É extremamente doce... mas não é tão ruim. — o príncipe respira fundo e suas chamas aos poucos aumentam ficando de um azul vivido, as partes da chamas que tocavam em seu corpo em um leve tom amarelado ainda — É estranho, eu estou com frio... mas também não é ruim.
— Sua temperatura é apenas um pouco maior que a de um humano comum, a Fionna não vai ficar seriamente queimada com um contato por longos períodos. — O príncipe de fogo abraça Gumball, talvez para agradecer ou para testar a teoria, provavelmente as duas opções — Tenha cuidado ainda, mas vai se sair bem.
— Obrigado, acho que não existe diferença que não possa ser superada quando se gosta de alguém afinal...
—... É ...talvez, melhor você ir para... ah... aproveitar a novidade, eu preciso voltar ao meu trabalho.
O príncipe de fogo se despede indo embora, Gumball olha o chão que agora só parecia um pouco amolecido onde o príncipe caminhava, Gumball tinha alguns minutos para o próximo compromisso, se corresse poderia chegar a tempo, mas fica ali pensando sobre o que o príncipe falou, fogo e carne... nunca deveriam se juntar e ainda assim... seria verdade que não há diferença maior que não possa ser superada? Ele torcia que sim, independente se tinha ou não Gumball ia se esforças como o príncipe de fogo, não ia desistir até achar um jeito, era o mínimo que podia fazer se gostava mesmo de Marshall.
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Agridoce
FanfictionPríncipe gumball tenta manter tudo o mais doce possível na sua vida, desde governar como um soberano bondoso até ajudar velhas balinhas a atravessar a rua, mas um coisa não é doce para ele, ou melhor alguém, marshall lee o príncipe vampiro consegue...