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@Majuzinha
Praia do Perequê, Ilhabela-sp

Choro cupidosamenhe enquanto estou encolhida no banheiro da casa de praia

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Choro cupidosamenhe enquanto estou encolhida no banheiro da casa de praia. Que ódio de mim mesma! A gente tava tão bem e eu estraguei tudo.

── Mamãe tá bem. ── murmuro aos dois bebês que estão ao meu lado lambendo meu rosto.

── Maria Júlia! ── escuto o grito do homem e respiro fundo.

Eu sou muito mole, e quando ele gritou comigo... meu mundo desabou.

── Porra, mô. ── diz aparecendo na porta ── Oque tu tá fazendo aqui no chão?

── Chorando. ── respondo o óbvio e logo volto a chorar.

── Oh mano. ── fala todo desengonçado e se senta do meu lado.

── Desculpa. ── peço em um fio de voz logo desabando no choro.

── Relaxa, preta. ── me abraça e o aperto cada vez mais ── Só não faz essas brincadeiras porque eu levo a sério.

Concordo com a cabeça apenas o abraçando e parando de chorar aos poucos. Nem vi quando Filipe me deitou na cama com a cabeça em suas pernas.

Beijo sua coxa e ele tira o olhar da televisão pra me encarar. Me mostra um sorrisinho lindo e toca em meu cabelo fazendo um carícia. Fecho os olhos sentindo o sono me consumir.

── Cheguei, amor! ── aviso entrando dentro de casa mas não escuto a resposta de Filipe.

Dou de ombros e entro em casa, deixo minha mochila no sofá vendo a porta do meu quarto fechada. Abro a mesma e o baque me atinge no mesmo instante.

Filipe transando na minha cama com uma loira. Meu coração se aperta e começo a fazer as comparações entre eu ela, ela branca e eu preta...

── Sai daqui Maria Júlia! ── grita comigo e me empurra pra fora  ── Some porra!

── Você tá no meu quarto, seu nojento! ── e na mesma hora sua mão alcançou meu rosto.

Me levanto tomando um baita susto. Abro os olhos vendo o quarto com apenas a iluminação da televisão. Olho para a janela o céu ainda escuto e pego meu celular vendo as horas.

Uma e meia da manhã.

Me levanto da cama e olho para Filipe que dorme tranquilamente, de boca aberta e com a mão aonde eu estava.

Saio do quarto e desço até a cozinha da casa. Me sento no banco da bancada e bebo a água lentamente.

Isso me fez lembrar do baile, aquelas garotas dizendo aquilo de mim... me quebrou.

── Maria Julia! ── escuto o grito e tomo um baita susto.

── Que isso, Filipe? ── pergunto baixo e ele escuta a minha voz e corre até mim me abraçando ── Oque....

Era Uma VezOnde histórias criam vida. Descubra agora