XVIII

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──  Cê ta muito lindo, namoral

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──  Cê ta muito lindo, namoral. ── resmungo com Filipe e beijo seu queixo que tá com um pouco de barba, eu gosto.

── Papo reto, preta. Tu tá mais. ── sorrir envergonhada e beijo ele rapidamente.

── Tem muita mulher te olhando, não to gostando. ── resmungo e ele rir.

── Parça, tu não viu o tanto de macho que te olhou hoje. Minha mão coçou pra tirar a glock da cintura

── Pra que usar isso, Filipe? ── pergunto preocupada e ele da de ombros beijando minha cabeça.

── Vou no banheiro. ── Melissa avisa e sai praticamente correndo.

Vou atrás e chego a tempo de ver ela entrar na cabine do banheiro e vomitar na privada.

── Puta que pariu... ── resmungo e seguro o cabelo da loira para não o sujar.

── Não pode ser. ── resmunga e se senta no chão pondo a mão no rosto.

── Pode ser sim, quem sabe você não teve um descuido com ele.  ── toco em seu rosto e ela respira fundo já chorando.

Melissa passou um bom tempo chorando, mas se recompôs em seguida. Amanhã ela vai comprar os testes.

Ao voltarmos pra mesa percebi a diferença entre ela e o Lennon, pelas encaradas dele e Filipe, eles já sabem.

Filipe beija minha bochecha e morde levemente em seguida, rir e entrelaço nossos dedos.

Passamos a noite toda conversando e rindo, voltamos pra casa ainda mais alegres. Tô tão feliz que vou ter um tempo de folga da escola.

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Corro rapidamente pelas vielas da favela enorme, sinto meus pés até doerem pela velocidade que estou correndo e ainda com um chinelinho da havaiana que tá os cacos.

── A Maju desceu pra viela do Bahia! ── escuto o grito e atravesso a viela correndo ainda mais.

Pulo a pequena ponte de madeira e começo a subir a viela, meu, que favela louca.

── Faz isso não Ret! Tenha misericórdia de mim! ── escuto o grito e me escondo entre uma casa e outra.

Viro minha cabeça para o lado e vejo um homem ajoelhado, franzi o cenho vendo ele chorar e agora que percebo uma arma apontada pra ele.

Meu peito se aperta e pego meu celular mandando mensagem a Filipe.

Maju: Vida do céu, tem uns cara com uma arma apontada pra um cara na viela do Bahia

E em seguida o celular de um dos caras tocou. Não pode ser.

Viro a cabeça ainda mais pro lado e tomo um susto vendo que é Filipe que está com a arma apontada para o homem. Não, não, não.

Apago a mensagem rapidamente e me encolho na viela. Choro baixo para não me escutarem e em seguida o disparo, foi baixo porém matou o cara no mesmo instante.

Olho pro sangue que sai em abundância do meio de sua cabeça, Filipe é um monstro.

Me levanto da viela e saio correndo descendo ela novamente.

── Te achei! ── escuto o grito tomo um susto vendo Thiago.

── Não achou não! ── grito e subo novamente a viela correndo.

── Achei a Maju! ── Tico grita e volto a correr.

Sem saída, viro novamente a viela onde acabou de acontecer o ocorrido. Bato com tudo no corpo de alguém e tomo um baita susto.

── Perdão! ── falo rapidamente e olho pra cima dando de cara com um homem do dobro do meu tamanho.

── Relaxa patroa, Mv Bill. ── estende a mão.

── Maju. ── aperto sua mão.

── Qual foi, Mv Bill? ── a voz de Filipe soa e me arrepio.

Fecho os olhos tendo lembranças do ocorrido mas nego com a cabeça.

── Sua patroa aqui, chefe. ── Mv explica ── Falou, parceira. ── diz e sai.

Olho pra frente no mesmo momento em que Filipe fecha a jaqueta escura cobrindo a blusa debaixo que continha sangue. Engolir seco e o moreno me encara.

── Fazendo oque não viela, Maria Júlia?  ── pergunta se aproximando.

── Eu...

── Tá gaguejando por quê? ── se aproxima e dou passos pra trás logo encostando na parede de uma casa qualquer.

── Porque... ── engolir seco ── Eu preciso voltar a correr.

Ia saindo mas ele puxou meu braço, bato na sua mão com força fazendo ele me soltar. As mãos dele na munha mente estão sujas do sangue recém derramado.

── Tira a mão de mim! ── grito com raiva e ele me olha estranho.

── Oque eu te fiz, caralho!?

── A mim nada, mas e aquele homem!? ── aponto pra casa onde o homem estava.

── Mano, não se envolve nos meus b.o.

── Eu não quero saber, de porra nenhuma! ── esbravejo e logo a mão de Filipe vai em encontro ao meu rosto.

O mesmo aperta minhas duas bochechas com a uma mão, fecho os olhos esperando o pior mas ele apenas aperta mais e logo solta.

── Maju...

── Tira essa sua mão imunda de mim! ── grito com raiva ── Sai de perto de mim!

Choro e desço a viela correndo. Corro até em casa pegando um atalho e logo estou na minha casa, casa que era de meus pais.

Subo na laje de casa e me sento no chão de cimento. Fungo ainda chorando e vejo meu celular com dezenas de mensagens. Respondo Tico avisando que parei de brincar.

Análise

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Análise

11.06

Era Uma VezOnde histórias criam vida. Descubra agora