"O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem."
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— É aqui.— Quilo chama minha atenção. Parando em frente uma casa rústica vermelha. Alguns homens musculosos, sem camisa e de pele parda, saem de dentro da casa. Verifico se minha arma de choque ainda está no meu bolso traseiro do jeans e desço do carro.— Meninos, essa é a Flora, viemos fazer um trabalho de escola.— Quill me apresenta e logo aponta para seus companheiros.— Esses são Jared, Embry, Seth, Paul e o dono da casa, Sam.
— Olá.— Aceno timidamente.— Achei que íamos fazer o trabalho na sua casa.— Sussurro ao garoto, com receio.
— Eu passo mais tempo aqui do que na casa dos meus pais... E eu quero comer os bolinhos da Emilly antes que não sobre nenhum.— Ele diz, me fazendo concordar levemente.
Era estranho estar rodeada de tanta gente, era desconfortável... Porém, me senti mais em casa quando vi os olhos brilhantes e sorriso largo da morena com cicatriz.
— Oi, querida. Eu sou a Emily. Sinta-se a vontade para sentar e comer.— Ela diz, me abraçando.
Sua cicatriz cobria metade do rosto. Ia por baixo do olho direito e descia em direção ao queixo, era como se garras houvessem arrancado sua pele.
— Agradeço pela sua hospitalidade, dona Emily.— Falo formal, vendo a morena gargalhar.— Eu sou a Flora.
— Dona não, querida. Só Emily.— Ela diz, me indicando a bancada, a qual Quill estava escorado.
— Certo, vamos fazer o trabalho.— Digo, tirando o computador da mochila.
Menos de vinte minutos depois e uma formada inteira de bolinhos... Quill desaba a cabeça sobre a bancada, resmungando.
— Que trabalho chato.— Ele reclama. Reviro os olhos, decidindo que não ia responder a sua reclamação e logo Emily me chama na cozinha.
— Flora, pode me dar uma mãozinha, por favor?
— O que precisa?— Pergunto atravessando o cômodo.
— O pano de prato na bancada, por favor.— Ela pede, segurando a forma de bolo com a mão encapada por uma luva de silicone. Alcanço o pano para a moça e saio da cozinha, após seu agradecimento.
— Quill, seu estúpido. Eu vou te matar!!— Uma mulher de cabelos curtos grita irritada. Ela está de costas para mim, mas de alguma forma eu sentia meu coração palpitar ouvindo sua voz irada.
— Flora, eu acabei os slides.— Quill fala, fazendo a mulher de costas se virar e me olhar.
Olhos castanhos brilhantes me cegam por alguns segundos. Lábios cheios e largos, e um leve sorriso de lado, me fez perder a firmeza de meus pés no solo. Sem noção dos meus atos, ponho a mão em meu peito, sentindo meu coração palpitar cada vez mais.
— Oi.— A mulher me cumprimenta, fazendo-me corar.
— Olá.— Eu respondo, tímida. Com o coração batendo freneticamente, me aproximo da mulher bonita e Quill.— Se já acabou, vou pegar minha bicicleta e ir pra casa. Você fica com o pendrive?
Quill de alguma forma parecia ter receio de algo. Meus olhos batem na moça e seus olhos tristes me pegam de surpresa.
— Porque não almoça aqui?— Emilly corta o breve silêncio. Penso em negar, porém ela emenda.— Quero te mostrar o meu marido e, bem, não acho que seja legal ir de bicicleta pra casa com a chuva que está a se formar.
— Eu agradeço muito, mas eu realmente tenho que ir pra casa... Eu acabei de me mudar e está tudo uma zona em casa.— Explico.- Talvez outra hora.
- Tudo bem.- Emily se dá por vencida.- Mas já está chovendo, então deixe a gente te dar uma carona.
Antes mesmo de eu poder negar novamente, a moça que fazia meu coração palpitar responde.
- Eu te levo.
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Flora.
FanfictionOnde Flora muda-se de estado após ter seu segredo revelado ou Onde Leah tem um imprinting?