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"Uma alma sem respeito é uma morada em ruínas. Deve ser demolida para construir uma nova." - Código Samurai.
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Meus pés descalços tocam o chão frio e úmido da floresta, meu riso ecoa pela minha volta e minhas mãos seguram o vestido verde com girassóis estampados, no tempo em que minha mão esquerda segurava as sandálias de tiras.
Paro de correr para tomar fôlego e sorrio ao olhar a floresta ao meu redor.
Lindo.
Caminho lentamente, ouvindo o som de água batendo em pedras. Ouço algo caindo na água, mas ignoro, pois estava concentrada em pisar nas raízes das árvores.
Levanto meu olhar do chão e congelo o meu caminhar ao perceber um grupo de pessoas próximas a divisa, enquanto lobos do tamanho de cavalos estavam no outro lado da água.
- Oh, minha nossa. Eu vou te ajudar.- Digo, vendo um homem em meio a água, aparentemente ele havia caído, pois suas vestes se encontravan molhadas. Caminho até o grande homem e piso em uma grande pedra, esticando a mão esquerda.- Vem. Sem movimentos bruscos, lobos são muito sensitivos. Foram eles que te jogaram na água ou você se assustou?
- Ele me jogou!- O homem de músculos diz, apontando para um lobo específico. Com gentileza o homem pega a minha mão e fica em solo.- Obrigada por isso...
Concordo com a cabeça e sorrio para a pequena mulher que me encara com confusão.
- O que faz na floresta sozinha? Estamos na trilha a quase duas horas, é cerca de doze quilômetros da estrada.- A pequena mulher de cabelos pixie diz.
- Estou caminhando.- Digo simples e dou de ombros sorrindo. Olho para os lobos que ainda se mantinham no limite da divisa e encaro um por um.- É uma pena lobos serem selvagens, eles são tão bonitos...- Olho para o grupo de pessoas e aponto para a trilha que circundava a divisa.- É melhor irem por lá, não queremos incomodar os lobos em seu território.
- É claro, não vamos os incomodar.- O homem de aparência mais velha fala e olha para os meus pés.- Seus pés estão machucados, não quer dar uma olhada? Eu sou médico.
Olho para os meus pés, percebendo alguns arranhões e nego com a cabeça.
- Está tudo bem. São só arranhões.- Digo simples e aceno.- Tchau, tchau.
Desço a trilha em direção a floresta e me sento no chão, vendo a água desabar. Sons de passos se são ouvidos por mim e eu viro o olhar para quem vem.
