A maluca da minha Tenente - Imagine Levi Ackerman

Festival

Lá estava eu mais uma vez arriscando minha vida pelos cadetes. Pois sou uma ótima tenente e todos me amam.

Me amam o caralho, sempre me jogam para a cova do leão, inclusive agora, estou em frente ao quarto do todo poderoso capitão Levi me preparando para ter uma conversa séria com ele sobre o festival que vai ter na cidade.

Os pirralhos ficaram me enchendo o saco pra pedir uma folguinha para poderem ir, e mais, pediu que eu arrastasse o capitão junto para que assim, eles pudessem ver quem sabe aquele anão dissimulado se divertir um pouco.

Eu estava usando meu pijama da sorte, consistia em um shorts molinho preto e uma regata branca com uma estampa de ursinhos que eu mesma fiz.
Respirei fundo e finalmente bati na porta do quarto do capitão. Alguns segundos depois, ele abriu a porta e nem deu muita importância a quem é que havia batido, visto que não tirou os olhos do livro que lia naquele momento.

- Levi. – O chamei com um tom mais sério e ele me encarou estranhando eu o chamar pelo primeiro nome.

Eu o chamava de capitão no dia a dia, preferia manter a formalidade em ambiente de trabalho, mesmo ele insistindo as vezes que eu fosse mais informal com ele. Mas eu acho que como ele me odeia, não posso agir com muita intimidade, se não, vou acabar tomando esporro de graça.

- O que quer S/n? – Ele dá um espaço para que eu entre no quarto e eu reparo como cada canto era organizado e minuciosamente limpo.

Apesar de as vezes me dar muita preguiça limpar as coisas, eu amava estar num ambiente tão limpo assim, por isso não reclamava muito quando ele exigia muito do esquadrão inteiro em uma faxina intensa.
Olhei para ele novamente notando que ele usava uma calça moletom cinza e uma camiseta branca para dormir, achei de certa forma fofo, estava acostumada em vê-lo apenas com o uniforme da tropa, os cabelos dele estavam um pouco bagunçados e me surpreendi em pelo menos uma coisas estar fora do lugar nele, mas confesso que ele é um gato de qualquer jeito.

- Preciso que você seja gentil pelo menos um pouquinho. – Peço fazendo um sinal com os dedos. – Os cadetes...

- Por que prevejo que é mais uma tentativa de você me convencer a algo que com certeza eu não quero fazer? – Ele questiona fechando o livro me encarando com as sobrancelhas arqueadas.

- Capitão me deixe falar primeiro, sim? – Ele aponta para que eu me sentasse em sua cama e eu o fiz. – Eles querem participar do festival que vai ter na cidade. – Ele já ia negar e eu o interrompi. – Sei que não concorda em dar uma folga a eles, ainda mais com os acontecimentos recentes, mas eles também perderam pessoas, acho que merecem um descanso, algum tipo de distração. – Sou sincera com aquilo. – Ainda são jovens, concordo que entrar para o reconhecimento foi escolha deles, e sabiam que não teriam lazer aqui. Mas eu acho que eles merecem pelo menos um final de semana de descanso. – Ele me encara por alguns segundos.

- Você é a grande defensora dos pirralhos não é? – Ele questiona com um tom irônico vindo até a cama e se sentou ao meu lado. – Você sabe que precisamos manter o foco para a próxima missão S/n.

- Levi por favor. – Pedi mais uma vez e ele suspirou pesadamente e olhou para a própria mão que estava apoiada no colchão. – Eles merecem ver mais do que os seus companheiros sendo desmembrados ou engolidos. – Ele me encara novamente.

- Tudo bem, mas apenas um final de semana. – Ele disse seriamente. – E você vai ficar me devendo uma.

- Estou te devendo uma fortuna de favores por conta dos pirralhos. – Digo rindo. – Mas não me importo, gosto de vê-los felizes.

- Eu sei. – Ele responde ainda me olhando fixamente.

- Ah para de me olhar assim que agonia. – Reclamo e ele revirou os olhos. – Por que você fica me olhando assim? Toda vez eu acho que tem uma sujeira no meu dente quando me olha assim.