RAYRA SWAN
— Me siga... se você puder. — Carlisle resmungou, cerrei os olhos em direção, sua expressão ficou repentinamente desafiadora, e começou a correr.
Ele era mais rápido que eu, contudo, eu era mais forte, e cada passo me equivalia a três dele. Então eu voei com ele pelas árvores, ao seu lado, não seguindo-o. Enquanto eu corria, não podia evitar de rir silenciosamente daquilo.
Eu podia finalmente entender porque Carlisle nunca acertava as árvores quando corria, uma pergunta que sempre foi um mistério pra mim. Era uma sensação singular, o equilíbrio entre velocidade e clareza. Embora o labirinto de árvores tenha se reduzido a uma mancha verde, eu podia ver cada folha em cada pequeno galho de cada arbusto que eu passei.A floresta era mais viva do que eu jamais soube, pequenas criaturas que eu jamais pensei que existem em abundância nas minhas proximidades. Os animais tinham uma reação muito mais sábia em relação ao nosso meio do que os humanos pareciam ter. Certamente, tinha o efeito oposto em mim, eu ainda esperava ficar sem fôlego, mas minha respiração era sem esforço, esperei que meus músculos começassem a queimar, mas minha força parecia crescer enquanto eu me acostumava com meus passos.
Os meus saltos ficaram mais largos, e logo ele teria que tentar me acompanhar. Eu ri de novo, exultante, quando ouvi ele cair lá atrás. Meus pés descalços tocavam tão pouco o chão que eu me sentia mais voando do que correndo.
— Rayra? — Chamou, me fazendo parar bruscamente e assim que fiz, parou ao meu lado sorrindo. — Você é rápida. — Sorri convencida.
— O que estamos caçando exatamente?
— Cervos. — Disse, colocando suas mãos suavemente nos meus ombros. A urgência da minha sede retrocedeu momentaneamente ao toque dele. — Agora feche seus olhos. — Murmurou. Quando eu obedeci, colocou suas mãos em meu rosto, acariciando. Eu senti minha respiração acelerar e esperei inutilmente ficar corada. — Se concentre. — Disse perto do meu ouvido.
— Com você sussurrando em meu ouvido? Eu duvido muito. — Ouvindo sua risada curta.
— Escute. — Instruiu. — O que você ouve?
Tudo, eu teria dito, sua voz perfeita, sua respiração, os lábios dele se tocando quando ele falava, o sussurro dos pássaros alisando suas penas com o bico no topo das árvores, os batimentos do coração deles, as folhas das árvores balançando, o barulhinhos das formigas seguindo umas as outras numa grande fileira no tronco de uma árvore próxima.
Mas eu sabia que ele falava de uma coisa específica, então eu deixei minhas orelhas abertas, procurando algo diferente, zumbido da vida ao meu redor. Havia um espaço aberto perto da gente, o vento fazia um som diferente na grama exposta e um pequeno córrego, com um leito rochoso. E lá, perto do barulho da água, havia o marulhar de línguas, e uma sonora batida de corações, bombeando correntes grossas de sangue...
— Ali. — Falei virando minha cabeça na direção onde o barulho vinha. Corremos mais uma vez em direção ao sul parando em cima de algumas pedras que davam uma ampla visão da família de Cervos. Uma fêmea e dois filhotes.
— Mas que porra. — Murmurei. Parecia que os dois filhotes estavam aprendendo a andar, pois a cada passo eles iam ao chão.
Eu ainda tenho sentimentos.
Suspirei balançando a cabeça erguendo o meu corpo prontamente para sair dali, mas congelei no lugar quando ouvi alguns passos pesados se aproximando. Voltei a minha posição anterior atenta aos arbustos, lá vi uma puma entre as moitas se preparando para atacar, esperei pelo seu ataque, e quando o fez, com um pulo rápido, eu zarpei pelo ar agarrando seu corpo no ar. Enlouquecida pela sede, eu ignorei as presas e garras amostra.
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Fire Goddess | Carlisle Cullen
Vampire+16 | Rayra Swan é a irmã gêmea ruiva mais nova de Bella por apenas 2 minutos. Com a insistência da Swan mais velha, ela acaba indo morar com seu pai em Forks, onde é envolvida no meio sobrenatural que paira sobre a pequena cidade. Vampiros, lobiso...