09. Do not touch me!

13K 907 45
                                    

Nova versão

RAYRA SWAN

O dia de hoje estava ensolarado, os alunos se encontravam todos no pátio tomando sol, olhando a cena eu lembrei muito de um presídio. Eu estava com saudades do sol, o calor dele em minha pele.

— Vocês vão ver o jogo de amanhã? — Perguntou Jéssica com o corpo tombado para trás em cima da mesa.
  
— Eu não curto muito futebol americano. — Eu realmente não acho graça nessa modalidade, prefiro o clássico.

— Ué, vem ver os jogadores. Eu venho mais por eles do que pelo jogo de fato. — Argumentou e eu balancei a cabeça rindo.

— Não vai dar pra mim. — Angela disse à minha frente. — Marquei de ir para casa de Ben.

— Também não sei se venho. — Isabella falou.

— Credo meninas. Vamos animar gente! Vai estar lotado. — Jéssica disse levantando o óculos que estava em seu rosto para o  cabelo.

— Vou pensar. — Desci da mesa. — Vou ao banheiro, já volto. — Coloquei o celular no bolso traseiro da calça e atravessei o pátio indo para onde ficavam os banheiros. Minha menstruação está para descer e isso está me deixando paranóica quando sinto algo descer.

Entrei na cabine fechando a porta e verifiquei se havia descido, mas era somente alarme falso, aproveitei para fazer o xixi que eu estava segurando e depois de me secar saí da cabine indo lavar as mãos. A outra cabine do banheiro abriu e virei meu corpo rápido para trás.

— O que você está fazendo aqui? É o banheiro feminino! — Apertei as mãos na pia.

— Como se eu ligasse. — Sean revirou os olhos. Balancei a cabeça começando a andar em direção a porta de saída do banheiro que estava fechada, meus passos foram cessados com o garoto entrando em minha frente.

— Me deixa passar Sean. — Tentei me desviar dele e novamente entrou em minha frente. — Eu vou gritar.

— Ninguém vai vim te salvar, estão todos no pátio e os professores ficam do outro lado. — Deu um passo em minha direção, automaticamente dei um passo para trás.

— Sai da minha frente. — Falei entre dentes continuando a me afastar. Ficando encurralada na parede vendo que ele não pararia a aproximação, em desespero eu tentei gritar. — SOCO... — Ele tampou minha boca me prensando na parede.

— Cala a boca. — Rosnou em meu rosto. Seus olhos passaram por todo o meu corpo e em meu rosto molhado pelas lágrimas. — Tenho ótimas lembranças de você assim.

Eu preciso sair daqui.

Ele cheirou o meu pescoço e eu solucei. Começou a beijar o local e eu encolhi com nojo, no desespero de me afastar mordi a mão que estava em minha boca fazendo ele afastá-la xingando, o empurrei com os braços quando vacilou o aperto e corri para a porta girando a chave destrancando e saindo. Corri pelos corredores o mais rápido que pude e topei com alguém no meio do caminho.

— Rayra? — Era Tyler. O quase assassino da minha irmã. — Rayra, o que houve?

— Nada. — Tentei fazer com que minha voz saísse firme, mas ela vacilou chorosa enquanto eu limpava o meu rosto.

— Nada? Você está chorando e não aconteceu nada? — Se aproximou tocando em meu braço, o empurrei com força automaticamente.

— Não toque em mim! — Praticamente gritei. Ele levantou os braços em rendimento e depois as abaixou fazendo sinal para que eu ficasse calma.

— Eu só quero ajudar Rayra. — Ele pareceu me estudar por alguns segundos e a sua pergunta me deixou sem fala. — Foi aquele aluno novo? — Eu somente balancei a cabeça negando sendo incapaz de falar. — Qual é Rayra. Sempre que ele chega perto de você, você fica estranha. Estamos percebendo isso.

Puxei o ar profundamente, tentando colocar uma máscara tranquila na cara.

— Não foi ele, ok? Foi só uma coisa que eu vi que me deixou nervosa. — Ele pareceu não acreditar em minhas palavras e o meu álibi para sair dessa conversa foi o sinal tocando. — Vou para sala. Tchau Tyler. — Sai praticamente correndo de sua presença. Peguei minhas coisas no armário e aproveitei para limpar o meu rosto olhando o pequeno espelho pendurado na porta dele. Fui para sala onde teríamos aula de Espanhol.

(...)

— Oi Bernardo. — Me sentei na cadeira ao lado da maca. — Passei aqui rapidinho para te ver antes de ir embora. — Toquei em seus dedinhos encolhidos. — Você está se recuperando rápido, já já estará bem forte para brincar.

Fiquei ali por alguns minutos conversando com ele, até me despedir e sair do hospital sendo recebida pela lua brilhando no céu e por Carlisle.

— Vamos para casa? — Perguntou dentro do carro sorrindo, eu apenas assenti sem ânimo. Dei a volta no veículo e abri a porta me sentando no banco colocando o cinto de segurança. — O que aconteceu com você? Está diferente. — Girei minha cabeça em sua direção.

— Como assim?

— Está desanimada, parece triste, os olhos estão sem vida. O que aconteceu? — Balancei a cabeça olhando para frente sem capacidade de encarar, foi o que mais fiz hoje.

— Impressão sua Carlisle.

— Tem certeza que não aconteceu nada? — Insistiu.

— Absoluta.

Ao chegar em frente a minha casa, desprendi o cinto de segurança agradecendo a carona e peguei a bolsa me preparando para sair, como todos os dias, Carlisle se inclinou em minha direção para me beijar mas desviei abrindo a porta.

— Boa noite Carlaio. — Desci do carro fechando a porta, em seguida andei o mais rápido possível para dentro de casa soltando um suspirou ao chegar na sala. Percebendo uma movimentação na cozinha eu andei até lá cautelosamente vendo o meu pai escorado na pia comendo um sanduíche.

– Sanduíche não sustenta e você sabe disso. — Falo dando um pequeno susto nele. – Desculpa.

– Não estou com fome. —  diz Charlie dando mais uma mordida no sanduíche me fazendo cruzar os braços e o olhar séria.

– Pai, você vem trabalhando muito, não dorme, não come direito. — Suspiro. – Isso não está te fazendo bem, e você sabe. Já tem dias que estou vendo você nessa mesma rotina, a vida não é só trabalhar, cuide de você.

– Está exagerando, eu estou ótimo. — Responde indo até a geladeira pegando um copo de suco. – Não se preocupe. — Diz me dando um beijo na testa. Abri a boca para argumentar novamente, porém ele foi mais rápido em mudar de assunto. — Eu pensei da gente fazer uma noite de pizzas quando as coisas se acalmarem. Igual quando você e Bella eram crianças. — Suspirei me rendendo ao assunto.

— Eu acho uma boa ideia, faz tempo desde a última vez. — Concordou. — Bom, eu vou dormir. Boa noite pai.

— Boa noite Rayra.

Depois do banho, me deitei na cama para ver as mensagens, tinha várias mensagens de Renée, de alguns grupos e infelizmente de Sean que trocou de número novamente depois que bloqueei o outro.

Você não deveria ter feito aquilo, me aguarde".

Bloqueei a tela deixando o celular em cima da mesinha e desliguei o abajur ficando no escuro, eu deixei a janela aberta para entrar ar, então não me importei em deixar o sono chegar.

________

Estão desconfiaando. Vem coisa aí??

A Rayra está se apegando ao Bernardo! Que coisa lindaaa!

Até o próximo!

Lis Miller

Fire Goddess | Carlisle CullenOnde histórias criam vida. Descubra agora