Scream and Love

Capítulo 01

Camila Cabello

Infelizmente as férias haviam acabado e os dias de acordar cedo para ir para a escola estavam novamente presentes, mas contados. Graças a o universo aquele era o ultimo ano do ensino médico. Não que o mesmo tenha sido ruim, na verdade eu aproveitei tanto quanto eu pude.

— MÃE VIU MEU CELULAR? – Gritei do meu quarto. Para variar eu estava a ponto de me atrasar e já entrando em desespero por não achar aquela droga de aparelhinho. Como eu fui perder a porcaria do meu celular? Eu nunca desgrudo dele e tenho a mais límpida lembrança de ter o colocado em minha mesinha antes de dormir. Durante a minha procura implacável pôr o bendito celular acabo pisando e quase escorregando em Orlando Bloum o bicho de pelúcia de Sofia. Sofia é a minha irmã mais nova, tem doze anos e sua motivação de vida é infernizar a minha vida. Um sinal acendeu em minha mente. "Aquela peste!" — SOFIA! — Exclamo indignada enquanto caminho a passos rápidos e pesados em direção ao quarto daquele projeto de satanás. Quando abri a porta a encontrei mexendo afobada em sua mochila. Assinando seu atestado de culpa. — Anda, devolve o meu celular. — O sorriso doce e meigo, altamente dissimulado, foi direcionado a mim enquanto a mesma tinha as mãos escondidas atras de suas costas.

— Eu não estou... —Começou a negar, mas eu a cortei.

— Anda, Sofia! — Falei em um tom de ameaça, estendi minha mão avançam em sua direção a fazendo dar dois passos para trás. — Sofia!

— Tá, toma essa droga! — Resmungou, tirando suas mãos de suas costas e estendendo o aparelho para mim que peguei imediatamente.

— O que diabos queria com o meu celular? — Perguntei curiosa.

— O meu quebrou ontem e eu precisava jogar uma partida com meus amigos. — Sofia era viciada em joguinhos online.

— Não mexa mais nas minhas coisas. – Joguei o Orlando em sua cama saindo do quarto pisando pesado.

— Achou o celular? – Minha mãe, Sinuh Cabello, perguntou quando passou por mim no corredor.

— Achei. – Resmunguei entrando em meu quarto rapidamente para pegar minha mochila e minhas chaves.

— Não corra nas escadas, Karla Camila. — Alejandro Cabello, vulgo papai, me repreendeu ao me ver fazendo justamente aquilo antes de entrar na cozinha. — Seu café da manhã. — Me entregou um saco de papel.

— Obrigada, papai. — Beijei seu rosto, gritando um bom dia para minha mãe antes de sair apressada. Daria carona para Hailee e ela me mataria pelo atraso.

Dei partida no meu Jipe e dirigi para a casa de Haiz, certa que ela já estaria me esperando não muito satisfeita com o meu atraso. Eram poucos quarteirões até a casa de Haiz, então não demorei muito para chegar, estacionei o carro e não demorou sequer dez segundos para que a figura conhecida por mim invadisse o meu carro sem qualquer cerimonia.

— Você está atrasada. – Foi a primeira coisa que falou ao bater a porta do carro, não parecia de bom humor e eu a conhecia bem e tinha prioridade para falar isso. Ainda sim ri.

— Bom dia para você também, Hailee. – Falei sarcástica sorrindo forçado enquanto ela mexia no som do carro.

— Bom dia para quem? As férias acabaram e estamos voltando para aquele inferno. Droga! — Uma música alternativa soou por todo o carro na radio sintonizada.

— Olhe pelo lado bom, é o nosso último ano e depois é adeus escola. — Falei com uma falsa empolgação tentando anima-la.

— Na verdade é "Olá, Universidade" e mais cinco anos presa entre livros, seminários e trabalhos inacabáveis, só para então ficarmos presas em um trabalho o qual em determinado momento vamos odiar e passar o resto da vida contando os dias para a aposentadoria. — Eu mais uma vez ri, hoje ela estava com um pessimismo inigualável. No entanto, pelo que conhecia de Hailee Steinfield aquilo não se dava apenas por estarmos voltando as aulas e minhas suspeitas foram confirmadas no minuto seguinte quando ela abriu o vidro do carro, colocou a metade do corpo para fora e gritou aos quatro ventos. — EU ODEIO ESTUDAR E TAMBÉM TE ODEIO PATRICK SEU ORDINARIO FILHO DA PUTA! — Respirou fundo voltando para dentro do caro e eu não conseguia evirar de rir.