𝖈𝖆𝖕𝖎𝖙𝖚𝖑𝖔 𝖉𝖊𝖟𝖔𝖎𝖙𝖔

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Alexander caminhava de um lado a outro em seu quarto, enquanto sua mãe tentava a todo custo o acalmar. Laura nem deveria estar ali, como mãe do noivo, duquesa da casa, sua obrigação era estar já na pequena tenda, já montada com flores no grande campo arrumado e enfeitado por seu caçula, com ajuda do mais velho. Todavia, esse serviço acabou sobrando para Malia, Kira e Theodore, no final.

— E se não der certo?

O ômega sussurrou de repente, os olhos castanhos tão iguais ao do falecido pai, arregalados, temerosos. Laura suspirou, aproveitando o momento de distração para o colocar sentado na cama e pegar a escova. Seria interessante tentar domar os cachos rebeldes de seu caçula uma última vez, enquanto solteiro.

— Há grande parte dos casamentos acabam dando certo no final. — murmurou, erguendo o queixo do filho e passando a escova pelos cachos da frente — Claro que existem seus altos e baixos, ninguém consegue viver 100% feliz e calmo para sempre. Acontece. Porém, não se pode apegar a isso, precisa sempre ver o lado bom das coisas também.

— E se não for o certo? — o ômega apertou os lábios nervoso — E se ele acordar um dia e perceber que nunca me amou? Que tudo foi uma jogada de ações vindas de mim.

— Se ele não amasse você, não teria feito todos os seus pedidos, querido. Não teria se mantido aqui. Não estaria fazendo um casamento enorme acontecer mesmo com apenas um mês desde o pedido, arriscando a moral de sua família.

— Como ele está arriscando sua moral?

— Você é um ômega, pequeno. Isso não é uma coisa ruim, mas considerando tudo na nossa volta, toda a polêmica envolvendo seu irmão. A corda sempre aperta para o lado mais fraco e, na nossa família, os ômegas tendem a ser os mais exigidos. Malia está casada, você estava solteiro. Somente do senhor Holloway ter vindo até nós já é uma coisa e tanto. E ninguém vem atrás de um casamento com uma família polêmica, sem ao menos gostar do pretendente.

— Se fosse a senhora, viria?

Laura ponderou, desistindo de passar a escova pelos fios finos do ômega ao perceber que apenas estava desmanchando os cachos. Optando por largar a escova e tentar os domar com seus próprios dedos mesmo, assim como na época que era criança.

— Se o seu pai tivesse uma família como a nossa, com essa moral atual, minha mãe nunca me deixaria sequer olhar na direção dele. — admitiu, vendo a perna do filho começar a tremer — Mas eu contestaria isso, não me preocuparia por ser deserdada. Não se isso significava poder viver todos os anos que tive com seu pai.

— A senhora sente falta dele?

— Mais do que achava possível. — um sorriso frágil, incomum, surgiu em seu rosto — Mas não devemos pensar nisso agora. Devemos pensar apenas em seu casamento. Seu lindo e grandioso casamento.

— Serei o sir Holloway. — sorriu o pequeno.

— Ainda não me conformo com o posicionamento do seu noivo em não querer colocar nosso nome como principal.

— Ele é o último da linguagem Holloway, mãe. É claro que não aceitaria assumir o Hale. Não quando levaria o seu sobrenome para a linha dos extintos, pelo menos nos Estados Unidos.

— Ao menos Derek e Stiles estão seguindo a nossa.

— Theodore também pode passar nosso nome.

— Não. — a mulher sorriu para sei caçula — Ele vai iniciar os Raeken's, já que quando casar pedirá para ser conhecido como "Duque Raeken", ele assume esse sobrenome.

— E ele como está com seus planos? Conversou com Isaac?

— Sim, ele acha que até a noite, os marqueses de Blaser irão o ajudar com seu ômega.

O Cortejo Do Marquês Raeken-Hale│𝓣𝓱𝓲𝓪𝓶Onde histórias criam vida. Descubra agora