𝖈𝖆𝖕𝖎𝖙𝖚𝖑𝖔 𝖉𝖊𝖟𝖊𝖘𝖘𝖊𝖙𝖊

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Isaac não aguentava mais.

Essa era a única coisa que o ômega sabia, enquanto estava trancado dentro do quarto disponibilizado a eles, esperando o esposo voltar com sua janta. Comida essa, que ele jurou poder descer para dividir com os outros, mas aparentemente seu marido discordava da sua palavra, pois o deixou no quarto olhando para as paredes.

Ele não sabia como descrever essa sensação de estar sendo cuidado por um propósito tão grande quanto um bebê. Scott o estava tratando como um boneco de porcelana, que pudesse quebrar ao mínimo contato. Ele não sabia explicar o quão irritado estava.

Assim que o marido do ômega entrou, ele não soube muito como reagir, nem como falar, pois logo atrás apareceu a figura imponente do marquês Hale, o marquês do café.

— Ele insistiu. — Scott murmurou, se justificando ao olhar julgador do marido.

— Posso...? — Theo sinalizou a cadeira próxima a saída.

— É sua, marquês.

— A partir do momento que foi disponibilizada a vocês, tudo dentro desse quarto são seus. — o marquês justificou, pegando a almofada, sentando-se a colocando em seu colo.

Isaac não respondeu nada, recebendo uma bandeja com seu jantar, uma taça de vinho e um pedaço de pão na lateral. Isso, sem esquecer, a fruta. Aparentemente seu marido desconhecia a palavra limite.

— Aposto que Scott comentou sobre nossa situação. — o ômega comentou, pegando um pedaço pequeno de pão.

— Oh! Sim! Meus parabéns aos dois! — sorriu o marquês, imaginando uma mistura do casal a sua frente.

— É! Vamos ver se dessa vez vinga.

A fala do ômega recebeu uma censura clara do marido, porém, mesmo assim, Isaac não pareceu se importar, estava tão acostumado a perder seus filhotes que sua ficha parecia não ter caído ainda. Scott respirou fundo, encolhendo os ombros para o marquês do café, ele não sabia o que fazer para ajudar seu esposo.

— Vingará, Isaac. — Theodore sentenciou — E vocês serão excelentes pais. Os melhores, sem sombra de dúvida.

Não era nem bajulação, Theodore tinha tanta certeza de suas palavras que chamou a atenção do ômega.

— O que deseja conosco, marquês? — Isaac questionou, pouco se importando com as regras de falar de forma indireta que os outros ômegas seguiam.

Theo não reclamou, muito menos olhou de forma julgadora o McCall, coisa que qualquer outro faria. Ele apenas se moveu na poltrona, apertando a almofada, antes de começar:

— Há boatos que não gosta do conde Argent.

— Existem muitos boatos na corte, marquês. Se seguirmos a todos, podemos acabar pagando nossos pecados por coisas que nunca fizemos.

— Então é apenas isso? Boatos? Não condiz com a realidade? — o marquês cruzou os braços, parte de sua estratégia era trazer seu, possível, cunhado para seu lado.

— Também não disse isso. — Isaac suspirou, encarando o marido, como se perguntando como agir — É uma situação complicada.

Scott não queria o cunhado longe, Liam era uma parte importante de sua família, ele era irmão de seu marido, criado nos últimos anos por si. Então é claro que não apoiava essa união do Dunbar-Lahey com o conde, principalmente porque o Argent desejava levar seu pequeno Liam para longe. Isaac compartilhava a mesma opinião, só não queria interferir. Não quando seu irmão parecia feliz com sua decisão.

— Gabe deseja levar Liam para longe de nós. — O marquês de Blaser entregou — Não deseja mais contato depois, vai o isolar para Liam ser apenas dele.

O Cortejo Do Marquês Raeken-Hale│𝓣𝓱𝓲𝓪𝓶Onde histórias criam vida. Descubra agora