𝖈𝖆𝖕𝖎𝖙𝖚𝖑𝖔 𝖘𝖊𝖎𝖘

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O CAPÍTULO CONTÉM CONTEÚDO SEXUAL, SE NÃO SE SENTE CONFORTÁVEL PARA LER, PARE NA PARTE ONDE ISAAC ADMITE PRECISAR SER UM BOM MARIDO AO SCOTT E, SE QUISER RETORNAR, CONTINUE DEPOIS DE 22 PARÁGRAFOS.

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Theo sorria ao analisar os pedidos dispostos na mesa, mesmo que achasse errado precisar da autorização do alfa de sua família para que os casamentos do Vale do Café fossem feitos, gostava de saber que mesmo com todas as merdas, ainda existiam casais felizes. O alfa estava começando a duvidar disso ultimamente.

— Muita burocracia?— Laura, sua mãe, questionou entrando no escritório. Ela já havia desistido de toda formalidade a tanto tempo, admitia para todos que a volta do filho foi a melhor coisa nos últimos meses.

— Muitos casamentos. — o alfa murmurou, assinando mais um dos pedidos e largando o documento de lado, erguendo os olhos até sua mãe — Por quê? Não gosta de saber de nada, depois que chego em casa me entrega tudo.

Laura deu de ombros, puxando a poltrona da frente da mesa e encarando o filho. Theodore se mexeu incomodado, puxando mais um dos documentos do bolo, franzindo a testa ao ver uma flor amassada entre eles. Não era nada demais, certamente a pessoa nem reparou ao derruba-la, mas ali estava uma flor simples, amarela. Foi automático, a mente do alfa não precisou de muito para lembrar do ômega que estava confundindo sua mente no último mês.

Liam admitiu amar essas flores.

E, céus, ele ficou tão bonito com a coroa de flores amarelas na última vez que o viu. Ele estava radiante, mesmo com as bochechas coradas de vergonha e os passinhos pequenos. Theodore não saberia explicar a sensação que foi de colocar os olhos em cima dele, de o ver depois de toda aquela bagunça. Era revigorante. Foi, até o momento da tragédia. Aparentemente, todos os encontros dos dois seria rodeado de desastres. E ele começou com aquela dança.

— O que foi? — a voz de sua mãe o acordou do pequeno transe que havia se enfiado, o fazendo piscar algumas vezes antes de retornar os olhos a ela.

— Perdão, mãe. Falou algo?

— Você estava sorrindo ao olhar essa flor murcha. — pontuou a mais velha, mantendo o tom neutro, como se não tivesse ouvido a fala do seu filho caçula sobre o muito leve envolvimento de Theodore e o ômega Lahey — Lembrou de alguma coisa? Alguém?

Alexander não contou exatamente como tudo aconteceu, não falou do desastre do café da manhã, nem do quase abuso, muito menos da maneira como Liam parecia magoado com Theodore...

Alexandre só falou das partes boas.

Como o irmão e Liam fizeram uma brincadeira sobre noivado, como Theo parecia mais leve na presença do ômega, a maneira que agia com o menor, querendo o proteger, mesmo depois que assumiram a verdade, do encontro secreto que ajudou o irmão a ter com o Dunbar-Lahey. As partes boas, em resumo. Poucas, mas tinham.

— O que ele te contou?

Theodore não precisava de nenhum vidente para saber que Alexander o havia denunciado a mãe. Se tornando dispensável o motivo de ter quebrado a promessa pro alfa tão facilmente. Ele deveria ter lembrado que quando estava em casa, a responsável por Alec era sua mãe e não ele.

Claro que Alexander contaria tudo a sua mãe. Aquele pequeno fofoqueiro, ele iria precisar ouvir poucas e boas sobre contar segredos dos outros.

Laura o encarou, um sorriso pendente nos lábios, aqueles que as mães tem quando descobrem algo sobre os filhos. Algo bom.

— Que você parecia ter gostado do ômega, mesmo que não passasse de uma farsa.

Ela não usou um tom julgador, nem parecia irritada, fazendo o marquês entender que seu irmão não havia a confessado tudo. Laura não sabia as últimas notícias, as novas novidades, desde o escândalo de Derek, ao quase abuso da alfa Kali que ainda o deixava com o sangue fervendo.

O Cortejo Do Marquês Raeken-Hale│𝓣𝓱𝓲𝓪𝓶Onde histórias criam vida. Descubra agora