O Cortejo Do Marquês Raeken-Hale│𝓣𝓱𝓲𝓪𝓶

𝖈𝖆𝖕𝖎𝖙𝖚𝖑𝖔 𝖉𝖊𝖟𝖊𝖘𝖘𝖊𝖎𝖘

Liam não desceu de seu quarto para as apresentações do circuito da noite, nem para jantar junto a todos, muito menos pediu para os empregados o levarem um pouco de comida. O ômega simplesmente se fechou de uma maneira que nem Isaac sabia como desenvolver com ele. Theodore, diferente do ômega, não poderia fazer isso. Ele era o anfitrião, o marquês da casa, mesmo sua mãe ainda sendo a duquesa do café, era de conhecimento geral sua superioridade nos Campos do Café. Então, o alfa vestiu sua melhor cara de indiferença e se postou ao lado de seu irmão em todos os momentos, cuidando as ações do noivo do ômega loiro e as reações de Isaac quanto ao cunhado.

Na manhã seguinte, o Dunbar-Lahey não viu outra alternativa, se não sair de seu quarto e enfrentar a sociedade, entrando para tomar o café no grande salão sozinho, reconhecendo seu noivo e cunhado sentados em uma mesa na lateral. Theodore também estava presente, observou quando o loiro fez uma leve reverencia a sua família e seguiu para sentar ao lado de Scott, recebendo um beijo na bochecha de seu noivo. Aquilo fez o sangue do Raeken ferver. Ele que deveria estar fazendo esse movimento, não Gabe Argent, o conde Argent.

— Disfarce esse olhar de derrota, Theodore. — Laura sussurrou ao filho, ganhando um aceno de cabeça de Peter e a atenção de Derek.

— E não é exatamente onde estou? — os olhos verdes do marquês se estreitaram na direção daquela mesa — Eu o perdi! Ele deixou bem claro não me querer, mãe.

— Não entregue o jogo tão facilmente, primo. — Malia se intrometeu, cortando um pedaço de bolo e levando aos lábios — Você é um Hale. Hale nunca perdem.

— Aparentemente ser um Hale significava não poder o ter, querida prima. — Theo vociferou, os olhos em Derek — Não é atoa que estou pedindo para ser conhecido como um Raeken.

— Eu sinto muito, okay? — o duque das terras altas pediu, pela primeira vez, na frente de todos, entrelaçando os dedos com os de Stiles, buscando coragem para tal ato — Eu apenas achei que aquela seria a atitude correta, depois de ter pegado vocês sozinhos dentro de uma biblioteca, logo depois ouvir os empregados sobre um outro encontro em um dos meus escritórios, tudo.

— Não quero falar sobre isso com você, Derek. — Theo negou — Não depois do que acabou quase acontecendo com meu ômega no Baile das Flores.

— Ele não é seu ômega, Theodore.

— Não é por interferência sua. — o marquês bradou alto, batendo com a mão em cima da mesa, fazendo um barulho se espalhar pelo salão, chamando a atenção de todos.

— Será que vocês podem agir como dois seres humanos normais e terem essa conversa em um lugar privado? — Peter tinha sua voz afetada, não querendo chamar tanta atenção, enquanto Laura tinha se levantado e começado a política da boa vizinhança pelas mesas dispostas.

— Eu só acho engraçado que quando Stiles estava em jogo. — o ômega esperando um filhote ergueu os olhos de seu mingau, se atualizando somente agora do assunto — Eu fui a pessoa que apoiou o duque das terras altas a conquistá-lo e o torna-lo seu. Mas quando foi a minha pessoa, o senhor foi o primeiro a crucificar meus atos.

— Não compare o meu ômega com qualquer outro. — Derek rosnou para o primo.

— Por quê? O seu tinha uma reputação quase pior do que o meu, se não me engano.

— O quê? — Stiles perguntou, os olhos em cima do Theodore — Como assim, eu tinha uma reputação quase pior do que a de Liam?

— Você fala ou eu falo? — Theo questionou o primo.

— Assuntos do passado não devem serem levantados. — Derek replicou — Continue seu café.

— Existia boatos de que você era a vadia dos Hale. — Kira contou ao marido do duque, fazendo toda a mesa encará-la — Por isso não recebia propostas de casamento, você vivia na casa dos Hale com Malia e sempre com atitudes que estavam entre a falta de respeito e a ousadia de alguém despudorada.