Andrew Narrando
HÁ DEZ ANOS ÁTRAS
- está vendo como se faz - falei com meu amigo imaginário
- o que está fazendo meu pequeno ?- perguntou minha mãe abrindo a porta
- eu estou conversando com meu amigo
- então, se despeça de seu amigo, vai almoçar- falou ela fechando a porta
arrumei todos os brinquedos que eu havia bagunçado, sai do quarto e desci as escadas, minha mãe estava servindo a mesa e meu pai estava sentado lendo o seu jornal de sempre. Puxei a cadeira e me sentei.
- o que você estava fazendo naquele quarto ?- perguntou meu pai me encarando
- e-eu estava brincando com meu amigo imaginário
- eu já não disse para você esquecer essa historia de amigo imaginário, por que você não pensa em seus estudos, ao invés de ficar imaginando coisas - falou ele brutalmente
- Lauro, eu já disse para você não se meter na imaginação dele
- Letícia, com a idade dele eu já trabalhava com meus pais na roça, quase não tinha tempo para essas coisas
- Lauro, você quer voltar na década de oitenta, o mundo muda, e as pessoas devem mudar junto com ele - falou minha mãe encarando meu pai
- não falo mais nada- foi apenas o que ele disse
ATUALMENTE
hoje com dezesseis anos, tento fazer de tudo para ajudar minha mãe com as coisas da casa, mas parece que a cada dia fica mais difícil a nossa situação. Por ter passado pelo luto da morte do meu pai, eu acabei esquecendo do meu amigo imaginário. depois do falecimento do meu velho, eu quase entro em uma depressão, por sorte comecei fazer um curso para espairecer a cabeça.
E foi lá que eu fiz muitas amizades, algumas delas me fizeram bem, mas outras só estava afim de debochar da minha cara, e isso acabava definindo o meu dia a dia. Minha mãe arrumou um emprego em um açougue, e um pouco pesado para ela, mas se ela não trabalhar, não comemos.
- Andy querido, eu estou indo, cuida da casa, quando for sair para a escola tranca tudo e leva a chave - falou minha mãe prestes a sair para mais um dia de trabalho
- ok mãe, bom serviço
- Ahh, muito cuidado com os assassinatos que esta tendo ai pela rua
- prometo que vou tomar cuidado- falei me aproximando e dando um beijo na testa dela
Ultimamente, estava tendo muitos corpos na minha cidade, isso acabou assustando as pessoas, que chegaram a fazer até quarentena, mas depois de um tempo todos acostumaram com a aparição de corpos.
escuto meu celular tocando peguei o mesmo, e havia algumas mensagens do grupo da escola, desbloqueie o mesmo e entre na aba das conversas
Mensagem 💬
Abelha rainha: pessoal, o professor disse que vamos ter que fazer um resumo na sala
Pequeno retardado: e sobre o que o resumo ?
A menina da grana: esse professor e um saco, só passa as coisa quando ninguém quer
Andrew: Lara, pode responder a pergunta do Moises
Abelha rainha: aí chato, então, ele disse que é sobre racismo ou bullyng, alguma coisa assim
Pequeno retardado: cadê o Beto, ele sabe disso
Dinossauro humano: oi, estou apenas observando a conversa
Andrew: ok, o que temos a fazer é nos preparar
Abelha rainha: falou e disse amigo
Pequeno retardado: vejo vocês na escola
Dinossauro humano: até mais cambada
💬Mensagem
coloquei o celular de lado, e fiquei assistindo a alguns desenhos, uma das dadivas de estudar de tarde, e que de manhã você pode fazer o que quiser, e eu realmente gostava disso, sentia uma liberdade quase inexistente.
Quando deu o horário, tomei um banho, logo em seguida comi alguma coisa, peguei minha mochila e sai de casa. A escola não ficava muito longe dava para ir a pé, também gostava de andar, mas com tudo que está acontecendo, volta e meia tenho que virar para checar se não estou sendo seguido.
AUTOR ON
nomes dos personagens que aparecem no grupo
Abelha rainha: Larissa (Apelido): Lara
pequeno retardado: Moisés
Dinossauro humano: Roberto
A menina da grana: Ester
VOCÊ ESTÁ LENDO
Paixão Fantasma
Non-FictionAndrew vive com sua mãe em uma pacata cidade, o pai do garoto acabou falecendo quando o menino tinha apenas seus seis anos de idade. Andrew doce e delicado, e desde criança cisma que tem um amigo imaginário, e assim ele cresce até que esse amigo des...